Por Felipe
Araújo
Conhecido em
Cuba como "el bloqueo", o embargo dos Estados Unidos em relação a
Cuba consiste em uma interdição de caráter econômico, financeiro e comercial
imposta pelos EUA ao governo cubano no ano de 1962. Posteriormente, o bloqueio
tornou-se lei no começo dos anos 90.
O então
presidente Bill Clinton, no ano de 1999, aumentou a proibição comercial entre
as duas nações ao limitar as comercializações de filiais estrangeiras de
empresas americanas com Cuba em setecentos milhões de dólares por ano. Com a
ampliação do esquema de interdição, o embargo a Cuba é considerado um dos mais
longos do mundo contemporâneo.
Porém, o
embargo não impede completamente que os EUA relacionem-se com a economia
cubana. A partir do ano de 2000, a exportação de alimentos norte americanos
para Cuba teve autorização com a condição de que o pagamento fosse realizado
sempre à vista, sendo que os produtos deveriam ser pagos antes que as
embarcações saíssem dos portos dos Estados Unidos. Desta forma, os EUA
tornaram-se o 7º exportador de produtos alimentícios para Cuba, levando-se em
consideração a ajuda humanitária.
Na comunidade
internacional, o embargo dos Estados Unidos a Cuba é um assunto bastante
delicado e gera controvérsias, além de não ser apoiado pelas Nações Unidas. Em
2007, na Assembleia Geral das Nações Unidas, o embargo dos Estados Unidos a
Cuba foi condenado pela décima sexta vez. Na ocasião, os países que se
demonstraram favoráveis ao embargo foram os seguintes: EUA, Ilhas Marshall,
Palau e Israel. Com este resultado, a Organização das Nações Unidas pediu pela
"finalização do embargo financeiro, comercial e econômico dos EUA em
relação a Cuba da forma mais rápida possível". Porém, apesar de
influenciar a opinião pública em escala mundial, a proposta da ONU não pode ser
legalmente imposta contra os Estados Unidos, tornando-se mais uma ação teórica
e sem aplicação da ONU.
A interdição
sofre críticas até mesmo dos que são contra o regime socialista cubano. Para
eles, o embargo mais ajudou Fidel Castro do que qualquer outra coisa, pois lhe
proporcionou uma desculpa para os reais problemas da ilha. Homens de negócios e
empresários afirmam que, ao coibir as relações comercias entre Estados Unidos e
Cuba, outros países podem levar vantagens caso o embargo seja suspenso,
justamente por já conhecerem melhor o funcionamento da economia cubana . Outra
razão alegada pelos contrários à medida é que, ao isolar Cuba, as relações dos
EUA com as nações latino-americanas são prejudicadas, podendo endossar a
criação de um bloco contra os Estados Unidos.
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