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sábado, 11 de janeiro de 2014

Crianças assassinas desafiam sistema judicial e psicólogos

Matador em série mais jovem de que se tem notícia tinha 8 anos quando matou três bebês em cidade indiana.

Paintsville (Kentucky), 18 de maio de 1929. Duas crianças brigam por um pedaço de ferro que seria vendido por centavos a um ferro-velho. É a antessala do Crack da Bolsa, evento que jogou a economia americana numa duradoura depressão. É, também, provavelmente o registro do assassino mais jovem da história.

Aos 6 anos, Carl Newton Mahan foi atingido no rosto pela tira de metal lançada pelo colega Cecil Van Hoose, de 8. Contrariado, Mahan foi até a sua casa, pegou a arma do pai e atirou em Van Hoose. O crime abalou a cidade, mas não houve polêmica no julgamento, que durou cerca de 30 minutos: o menino foi condenado a uma pena de 15 anos num reformatório, mas dias depois foi autorizado a ficar com os pais.

Crianças assassinas sempre suscitam, entre especialistas, discordâncias sobre se são vítimas ou culpadas. É o caso da britânica Mary Bell, que em 1968, cometeu dois crimes cruéis quando tinha 11 anos. Ela matou, no espaço de duas semanas, dois garotos (de quatro e três anos) - foi acusada ainda de tentar estrangular quatro garotas. "Qual é o problema, todo mundo vai morrer um dia?", disse ao ser detida.

Mary Bell era filha de uma prostituta que foi abusada sexualmente por clientes da própria mãe. Nunca soube quem era seu pai. É um exemplo clássico de criança nascida e criada num ambiente conturbado e sem valores em que cometer um assassinato, para muitos psicólogos, seria o menor dos problemas.
Crimes cometidos por menores muitas vezes também provocam "panes" no sistema judicial, que não sabe como tratar determinados casos, jogando-os num buraco negro jurídico. Isso ocorreu, de certa forma, no caso de Mary Bell - não havia jurisprudência em território britânico.

Descrita como psicopata, Mary cumpriu pena por 22 anos, até 1980, quando foi libertada e iniciou uma nova vida: a justiça lhe concedeu uma ordem de anonimato. Mary ganhou um novo nome e não pode ser fotografada. Sua história está no livro Gritos no Vazio, da jornalista Gitta Sereny, até hoje a única pessoa a entrevistá-la.

Matador-mirim

Em 2007, na Índia, o caso de Amardeep Sada é único porque se enquadraria no que se convencionou chamar de serial killer. Aos 8 anos, ele confessou ter matado uma irmã, de oito meses, e uma prima e outro bebê sem relações de parentesco, ambos de seis meses. Os dois primeiros crimes (cometidos por estrangulamento) foram mantidos em segredo pela família.

Enquanto era interrogado, Amardeep apenas sorria e pedia comida. Condenado por homicídio, está internado numa instituição para menores infratores, de onde deve ser libertado em 2017, quando completar 18 anos.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Dependência das redes sociais favorece o surgimento de novo distúbio mental


Psiquiatra israelense descreve casos de três mulheres que passaram a desenvolver alucinações relacionadas a conversas que mantinham via chats e redes sociais. Para o médico, a comunicação on-line favoreceu o surgimento de um novo tipo de distúrbio mental

Aos 45 anos, F.* entrou em desespero quando começou a receber mensagens cifradas. O problema se agravou a partir do momento em que foi ameaçada por pessoas que a espionavam e a perseguiam dia e noite. “Elas pareciam conhecer detalhes da minha vida que eu nunca havia revelado a ninguém”, relatou. Então, ela procurou ajuda especializada. Não em uma delegacia de polícia, mas na ala psiquiátrica de um hospital. Sem histórico de distúrbios mentais, perto de chegar à meia-idade, a mulher acabou diagnosticada com crise psicótica aguda. O que teria desencadeado o episódio seriam horas intermináveis no Facebook.


A dependência em internet já é um assunto bem discutido por psicólogos e psiquiatras, que consideram o vício semelhante ao de jogar ou beber. Agora, um artigo publicado na revista Israel Journal of Psychiatry and Related Sciences sugere que a rede mundial favoreceu o surgimento de um tipo específico de distúrbio mental, a psicose de internet. O psiquiatra israelense Uri Nitzan encontrou três casos de mulheres previamente saudáveis que tiveram surtos psicóticos depois de começar a frequentar redes sociais e salas de chat. Ele defende que pessoas sem muita intimidade com computadores e emocionalmente frágeis — F., por exemplo, cuidava de um idoso que morreu dois meses antes do surto — ficam mais suscetíveis a confundir realidade e ambiente virtual, a ponto de desenvolverem o grave distúrbio.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Inversão de valores, ou simplesmente mudança comportamental influenciada?

Que a globalização mudou o mundo, não restam dúvidas, mudou, e como mudou o mundo. Mas nem todas as mudanças propiciadas pelo progresso e a tal da globalização foram benéficas, ao menos a meu ver.

A tal da tendência da globalização corrobora decisivamente motivando os atos comuns principalmente entre os mais jovens, e as vezes nos nem tão jovens assim, mas, moderninhos. Estes últimos com certo esforço, não conseguem ser autênticos, tentam, ir na onda como dizem os verdadeiros moderninhos.

O resultado desta mudança de postura não autêntica, mais copiada, por vezes os coloca em situações embaraçadoras.

Não que seja o caso, pois a personagem que virá a seguir é uma autêntica jovem, e não se colocou em nenhuma situação embaraçosa, eu a tomarei como um simples exemplo para justificar talvez o título da postagem.

Pois bem, hoje recebi um conselho de uma jovem, destas jovens antenadas que participam dos fóruns na internet postando e comentando sobre assuntos mais diversos.

Comentando a mesma postagem de minha autoria pela segunda vez, essa jovem me fez um alerta para a desnecessidade do meu agradecimento a cada comentário feito. Transcrevo aqui na íntegra o comentário feito por ela:

“Dagmar, me desculpe o conselho, mas você não devia agradecer ninguém por comentar. A gente comentou porque se interessou pelo tema, é a lógica do Portal... Abs”.

E, antes que eu respondesse o comentário da jovem, outra participante deste mesmo fórum, com um diferencial por tratar-se de uma jovem senhora, escreveu como resposta ao comentário daquela o seguinte:

“.....eu acho que o Dagmar está certo. É questão de delicadeza com quem comenta no post que a gente coloca …. È tão bom ver comentários nos posts que se coloca, como acho que a pessoa que faz o comentário também gosta de se ver reconhecida....É o que penso.”.

Depois de ler os dois comentários, primeiro o da jovem e na sequencia o da jovem senhora, e responder a ambas (agradecendo ainda que desnecessariamente) comecei a refletir: Estaria eu ali presenciando que tipo de desencontro? Para logo na sequencia me vir na memória alguns fatos corriqueiros do nosso dia a dia.

Como se tornou comum vizinhos coabitarem o mesmo condomínio por décadas, e inexplicavelmente não conseguirem nutrir uma simples amizade, ou, ao menos terem a gentileza de desejar um simples bom dia mutuamente.

Gestos simples como segurar a porta do elevador são evitados, muitas das vezes finge-se não ver o outro para não correr o “risco” de dividir aquele espaço confinado com um “estranho”, no caso o “estranho” pode ser um vizinho de longa data, mas sabe-se lá, melhor evitar, vai que falta energia elétrica e você ficará obrigado a ficar ali enclausurado com um “estranho”. Nunca se sabe, na dúvida é bom evitar, como diziam os não jovens, é melhor prevenir.

Fiz uma experiência, sem embasamento científico, mas por pura curiosidade mesmo.

Acordei com o propósito de cumprimentar “quase” todos aqueles que estivessem ao alcance dos meus olhos, primeiro para praticar o hábito da boa educação, e depois para analisar a reação daqueles que eu me dirigia.

Logo cedo no caminho até a padaria, passei por uma senhora, esta foi a minha primeira “vítima”, ao cumprimentá-la com um cuidadoso bom dia, digo cuidadoso, pois, do jeito que as coisas estão ultimamente, não se sabe qual seria a reação, mas, não para minha surpresa, mas satisfação recebi como resposta um largo sorriso e, com uma voz baixa e gentil, a retribuição de um “bom dia”, seguido de um: “Como você está?” Foi impossível ignorá-la mantendo o ritmo dos passos, acabei acompanhando-a até à padaria.

Sempre mantendo o propósito da minha pouco comum caminhada matinal até a padaria. Passei a dividir minha atenção entre a senhora, e os cumprimentos aos transeuntes. Consegui com isso despertar sua admiração, num dos seus comentários elogiou minha atitude, dizendo ser raro ver pessoas comportando-se assim ultimamente, fato que era comum até alguns anos atrás (mau educadamente eu não revelei para ela que tudo aquilo tinha um propósito).

Observei as mais variadas reações. Houve aqueles que respondiam prontamente e sorrindo, alguns respondiam assustados, outros respondiam com as palavras entre os dentes, muito possivelmente pensando “quem será esse cara? Ele deve ter me confundido com alguém!”. Houve casos de algumas crianças que caminhando para o colégio acompanhados por suas mães, e ao verem suas mães respondendo ao meu cumprimento não conseguiam segurar o riso, outras ficavam sérias e seguiam seus trajetos, mesmo sem dizer nada continuavam voltadas para trás fitando-me, sabe-se lá o que passava naquelas cabecinhas. 

O cumprimento da moça da padaria foi normal, aliás, existem também este tipo de cumprimento, aquele obrigatório com o único objetivo de agradar o freguês, este é norma da casa.

Mais tarde, após ler o jornal e dar uma olhadela nas publicações e comentários feitos durante a madrugada nos grupos Documento Ditadura e no Consciência Política Razão Social no Facebook, (mais tarde voltarei a olhar os demais grupos e os blog que administro e alguns que sigo) voltei à minha “pesquisa”. Á esta altura já eram outros os transeuntes, agora muitos jovens e alguns adultos.

Agora sim pude presenciar a reação dos autênticos jovens influenciados pela “modernidade” da globalização.

Mas mesmo entre estes não existe unanimidade, pois foram variadas as reações, do tipo: “E aí véi beleza?”, “ dia como vai o senhor?”, “Olha o comédia rsrsrsr”, e por aí vai.

Mas, um detalhe em especial me chamou a atenção, os jovens tendem a serem menos receptivos, chegando algumas vezes a partir para o deboche, e infelizmente até para a ofensa verbal, quando estão em grupo, ou dupla. Quando sós, tendem a ser educados, mostrando que determinado comportamento não é natural, mas provocado pelas circunstâncias. Neste caso a preocupação deles está em, o que o meu amigo pensará caso eu seja educado? Certamente não se encaixará no perfil desta nova geração, onde, ser educado, as vezes pode ser interpretado pejorativamente.

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

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