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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Dois dias após completar 69 anos, morre cantor britânico David Bowie


O cantor britânico David Bowie morreu, aos 69 anos, após uma batalha de 18 meses contra o câncer, informou hoje (11) a BBC, acrescentando que a informação foi confirmada pelo filho do músico.

Na conta oficial de David Bowie no Twitter, a última entrada, data de 10 de janeiro de 2016 e diz que o músico “morreu pacificamente, rodeado por sua família, após uma corajosa batalha de 18 meses contra um câncer”.

“Enquanto muitos de vocês vão partilhar esta perda, pedimos que respeitem a privacidade da família neste momento de dor”, acrescenta a mensagem.

David Bowie lançou na última sexta-feira (8), dia do seu 69° aniversário, o álbum Blackstar, o 25º da carreira, onde se apresentou como um roqueiro que busca surpreender, ao enveredar por alguma experimentação de jazz.

Provocador, enigmático e inovador, construiu uma das carreiras mais veneradas e imitadas da indústria do espetáculo, que o colocou no pedestal das lendas da música.

Nascido David Robert Jones, em 8 de janeiro de 1947, em uma família modesta de Brixton, bairro popular do sul de Londres, a lenda do rock viu o primeiro sucesso chegar em 1969, comSpace Oddity, uma música que se tornou mítica e conta a história de Major Tom, um astronauta que se perde no espaço.

A essa altura, já tinha operado a primeira de muitas reinvenções, ao se batizar David Bowie quatro anos antes, para evitar confusão com Davy Jones, vocalista dos The Monkees, banda rival dos Beatles.

Nos anos 1970 dominou o panorama musical britânico e conquistou os Estados Unidos da América com uma série de álbuns de sucesso.

Bowie, que estudou budismo e mímica, se revelou como uma das figuras de maior relevância durante mais de cinco décadas. Multifacetado, também foi ator, produtor e venerado como ícone da moda, pela tendência para provocar com as roupas que usava.

Autor de álbuns aclamados como Heroes (1977), Lodger (1979) e Scary Monsters (1980), o artista, radicado em Nova Iorque há anos, chegou ao topo da indústria em 6 de junho de 1972 com The Rise and Fall of Ziggy Stardust and The Spider From Mars.

Este disco, que relata a inverosímil história do personagem Ziggy Stardust, um extraterrestre bissexual e andrógino transformado em estrela de rock, reuniu duas das obsessões do cantor: o teatro japonês kabuki e a ficção científica.
Contudo, essa excêntrica personagem foi apenas uma das muitas personalidades que adotou ao longo da carreira, como os outros alter egos da sua produção criativa: Aladdin Sane ou Duque Branco.

Em 1975, chegou o primeiro êxito nos Estados Unidos, com o single Fame, que coescreveu com John Lennon, e também graças ao disco Young Americans.
Mais tarde, em 1977, chegou o minimalista Low, a primeira de três colaborações com Brian Eno, conhecidas como a Trilogia de Berlim, que entraram no Top 5 britânico.

Também chegou ao topo do ranking musical na Inglaterra com Ashes to Ashes, do álbum Scary Monsters (and Super Creeps); colaborou com o Queen no sucesso de Under Pressure e voltou a triunfar em 1983 com Let's Dance.

Em 2006, anunciou um ano sabático e, desde então, muitos fãs lamentava sua ausência prolongada, que deu motivos também para o surgimento de todo o tipo de rumores sobre sua saúde.

Esse retiro musical foi quebrado esporadicamente, como com a aparição surpresa num concerto de David Gilmour (Pink Floyd) no Royal Albert Hall de Londres, nesse mesmo ano, ou com a colaboração no álbum de canções de Tom Waits que a atriz norte-americana Scarlett Johansson publicou em 2008.
Após anos de silêncio, David Bowie reapareceu em 2013, aos 66 anos, com The Next Day, um disco produzido pelo veterano Tony Viscontti, o seu homem de confiança que agradou a crítica com típicos elementos ‘bowinianos’.

Um ano depois, lançou a antologia Nothing Has Changed, com a qual celebrou meio século de carreira.

O magnetismo e inesgotável força comercial de Bowie, que vendeu aproximadamente 136 milhões de discos em todo o mundo, lhe valeram um espaço no museu londrino Victoria & Albert, que lhe dedica uma extensa exposição, em que se explora a sua influente carreira através de 300 objetivos seus, selecionados de entre mais de 7 mil.

David Bowie, que lutava há 18 meses contra um câncer, era casado desde 1992 com a modelo somali Iam, com a qual teve uma filha, Alexandria Zahra Lexi Jones. Tem outro filho, Duncan Jones, fruto do seu primeiro casamento com Angela Bowie.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Jovem paquistanesa morre queimada depois de recusar pedido de casamento


Uma jovem paquistanesa morreu hoje (3) em decorrência de queimaduras causadas pelo homem com quem se recusou a casar-se, informou um médico do hospital de Multan, no Paquistão.

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Durante sua internação, desde final de outubro, Sonia Bibi, com 20 anos, informou à polícia que o seu ex-companheiro Ahmed Latif, de 24, cobriu seu corpo com petróleo e ateou fogo às suas roupas depois de ter se recusado a se casar com ele.

Os médicos haviam inicialmente estimado que a jovem estava fora de perigo, mas um médico do hospital de Multan disse à agência francesa France Presse que as queimaduras foram infeccionando, o que causou a morte da paciente.

Aproximadamente de 40% a 50% da superfície do corpo de Sonia Bibi foram queimados, informou o médico Naheed Chaudhry.

O incidente ocorreu numa vila remota do distrito de Multan, na província de Punjab, tendo a polícia detido o jovem suspeito do crime.

A investigação policial demonstrou que o acusado tinha ateado fogo às roupas da mulher depois de ela “ter recusado o pedido de casamento”.

Todos os anos no Paquistão centenas de mulheres são mortas por parentes devido à violência doméstica ou a crimes cometidos em nome da "honra da família".

Segundo a Fundação Aurat, que faz campanha para melhorar a situação das mulheres no Paquistão, mais de 3 mil foram vítimas de ataques semelhantes desde 2008.

Afegã é apedrejada até a morte por cometer adultério


Uma jovem afegã foi apedrejada até a morte por talibãs e chefes de guerra por tentar fugir com o seu amante, informaram hoje (3) as autoridades do Afeganistão.

Um vídeo do incidente, confirmado como verdadeiro pelo governo provincial, circula nas redes sociais e foi divulgado na televisão.

O apedrejamento ocorreu “há cerca de uma semana” em Ghalim, área montanhosa e de deserto na província de Ghor, informou à agência France Press (AFP) a governadora Sima Joyenda, uma das duas mulheres que governam províncias do Afeganistão.

No vídeo, vê-se uma jovem de pé, em um buraco aberto no chão, apenas com a cabeça de fora, enquanto um homem vestido de preto pega uma pedra e atira em sua direção. Em seguida, três homens atiram pedras. Um deles sugere à jovem que recite a shahada, a profissão de fé muçulmana.

Abdul Hai Katebi, porta-voz da governadora, assegurou à AFP que as imagens são autênticas.

A vítima “foi apedrejada até à morte por talibãs, por clérigos e chefes de guerra irresponsáveis”, reagiu Sima Joyenda, acrescentando que a jovem tinha entre 19 e 20 anos e foi casada contra a sua vontade.

“Tinha fugido com outro homem da sua idade”, explicou.

A governandora condenou a morte e pediu ao governo central de Cabul que liberte a região do controle dos talibãs.

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Dag Vulpi

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