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domingo, 1 de dezembro de 2013

A repetição da insanidade



A repetição da insanidade
No estágio atual do capitalismo país nenhum cederá grana e posição em troca do futuro da vida no planeta
  • ministério meio ambiente

    Por Rui Daher

    Blog Dag Vulpi - Se você se preocupa com as catástrofes ambientais que irá deixar para as gerações futuras, relaxe. Cientistas, porta-vozes dos governos de países industrializados e de federações empresariais tratam de dar um jeito de absolvê-lo.

    Não somos os responsáveis por essas traquinagens. Para o banco dos réus deverão ir os processos que correm há bilhões de anos neste mundão, explosões solares, ou coisas de Deus, para os criacionistas, e das conjunções astrais, para os astrólogos.

    Penso sobre isso, parado no trânsito junto ao rio Pinheiros, em São Paulo, percebendo odor insuportável. Fico calmo. Afinal, a culpa não é minha nem de quem me circunda. Passo, então, a sorrir simpaticamente a todos, inocentes.

    No dia seguinte, folhas e telas cotidianas voltam a tirar-me a paz. O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês), braço científico da ONU, divulga relatório que nos devolve a culpa. Pior: se antes o IPCC jogava o calor apenas nas emissões de gases efeito estufa, seu novo estudo põe a Federação de Corporações Brasil no placar.

    Mudanças no uso da terra contam. Áreas desmatadas de florestas intensificam radiações que contribuem com o aquecimento, mesmo sem emitir os tais gases.

    “Mas nós ainda temos milhões de quilômetros quadrados de florestas; e eles que acabaram com tudo? Só pode ser interesse comercial!”, diz o patriótico defensor do novo Código Florestal.

    Paciente, concordo e sussurro: “Mas, e daí? Se o deles já era vamos repetir a mesma insanidade”?

    A Amazônia tem 5,5 milhões de quilômetros quadrados cobertos por floresta tropical. Para chegar aos 7 milhões, devemos incluir as bacias hidrográficas. Mais de 60% de tudo isso no Brasil.

    Até o início da década de 1970, o desmatamento esteve estabilizado, ligado a atividades extrativistas das populações locais. A partir de 1978, com a abertura da Transamazônica, o processo acelerou. Em dez anos, cresceu à taxa de 1,7% ao ano. De 170 para 377,7 mil km². A grande devastação, no entanto, ocorreu de 1988 a 2003, quando o total atingiu 648,5 mil km².

    A partir de 2004, instituídos aparelhos de controle e identificação e ações punitivas, como suspender a concessão de crédito rural, permitiram um bom alívio. Até 2012, o desmatamento caiu 84%. De agosto de 2012 a julho de 2013, porém, segundo o Ministério do Meio Ambiente, houve um aumento de 28% no corte raso de árvores. Foram desmatados 5.843 km² em um ano. Piscamos os olhos?

    A ministra Izabella Teixeira, diz que nada mudou no nível federal e critica as administrações locais. É pouco. Precisaria reconhecer no desmate novos ares e fins.

    Caem os motivos agropecuários e crescem os especulativos: a valorização de terras próximas às construções de estradas, hidrelétricas e projetos mineratórios. Acrescente-se o afrouxamento trazido pelo novo Código Florestal. Liberação e anistia de áreas antes protegidas. Segundo o MMA, 60% dos desmatamentos ocorreram em áreas menores de 25 hectares e durante o inverno amazônico, quando a detecção por satélite é mais difícil.

    Contar com as sucessivas tentativas mundiais, como agora em Varsóvia, é frustrar-se. No estágio atual do capitalismo país nenhum cederá grana e posição em troca do futuro da vida no planeta. O capitalismo mudou sua face. As transferências, antes preferencialmente coletivas, passaram a individuais.

    Lembro-me do professor Antônio Cândido em entrevista sobre o fracasso do socialismo. Algo assim: “Fracasso? Sucesso! Quantos avanços do capitalismo não vieram pela pressão do socialismo?”.

    Hoje em dia, aparelhos de controle do Estado, mesmo os mais eficientes, não são capazes de se impor ao rentismo arraigado no topo da pirâmide; as iniciativas privadas, além de tópicas, cedem ao primeiro vermelho contábil; os grupos ambientalistas são apontados como meios de interesses comerciais.

    Nos países pobres, a contingência de sobreviver danifica o ambiente rural, e as administrações públicas deixam soltos os setores industriais e de serviços urbanos.

    Convivem na Amazônia 2.500 espécies de árvores e 30 mil de plantas. Seus rios despejam no mar 175 milhões de litros de água por segundo. Povos locais ali fazem a vida e preservam uma biodiversidade que logo valerá mais do que o capital que, dizem, hoje em quase nada agregamos.

    Aumentar o desmatamento na Amazônia, como no último ano, significa fazer o que loucos não fazem. Rasgar dinheiro.
  • Por: Rui Daher

    Fonte: www.cartacapital.com.br

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Trabalhadores reféns em obras bilionárias na Amazônia


Por Bruno Fonseca e Jessica Mota
Mortes no Maranhão, trabalhadores forçados por soldados da Força Nacional a permanecerem em canteiro de obras em Belo Monte. Acusados de violar direitos trabalhistas, megaempreendimentos recebem financiamento do BNDES

“Nós fomos se alojar no meio da Amazônia, sem parente, sem transporte. Sem nada. O transporte que nós tínhamos era da empresa. Mas quando há uma greve, eles fechavam logo o transporte. Ninguém entrava, ninguém saía na portaria. Se saísse, era tomado o crachá, como aconteceu com a gente, e era mandado embora”, diz Adailson Silva, ex-apontador na obra de Belo Monte.

A hidrelétrica de Belo Monte, em construção, fica a cerca de 70 km da cidade de Altamira, no município Vitória do Xingu, no estado do Pará. O canteiro da obra pública mais cara e controversa do Brasil é formado por quatro sítios, Belo Monte, Canais e Diques, Pimental e Bela Vista. Ali, formam-se quase cidades paralelas, com transporte e alimentação fornecidos pelo Consórcio Construtor Belo Monte e comércio dentro dos canteiros.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Organização Mundial da Saúde classifica poluição do ar como cancerígena

Genebra – A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a poluição do ar como cancerígena para os seres humanos, anunciou hoje (17) o Centro Internacional para Pesquisa do Câncer (Iarc, da sigla em inglês), uma agência especializada da organização.

“O ar que respiramos se tornou poluído com uma mistura de substâncias causadoras de câncer. Sabemos hoje que a poluição é, não só um risco importante para a saúde em geral, como também uma das principais causas das mortes por câncer”, afirmou Kurt Straif, da Iarc, em uma conferência de imprensa em Genebra.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Cientista alemã alerta para processo de acidificação dos oceanos

Estudo de cientista alemã mostra que o processo de acidificação dos oceanos, em decorrência da dissolução de dióxido de carbono (CO2) na água, poderá acentuar o aquecimento global ao diminuir a emissão de gases de origem marinha. A pesquisa da alemã  Katharina Six, do Instituto Max Planck, foi publicado na revista especializada Nature Climate Change. Para comprovar sua tese, a pesquisadora fez simulações.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Nasce o filhote da peixe-boi que foi resgatada grávida


Um peixe-boi fêmea, que foi resgatada com ferimentos graves pela equipe do SeaWorld , deu à luz um filhote saudável. Nascido, entre 3h e 6h da madrugada de terça , o bebê está sendo amamentado pela mãe. A equipe de tratamento do SeaWorld está 24 horas presente cuidando da mamãe e seu bebê, e ambos passam muito bem.

Resgate

A equipe de resgate animal do SeaWorld viajou ao Sykes Creek em Merritt Island, na Flórida, para resgatar um peixe-boi de 3 metros. Ela tinha ferimentos graves na nadadeira direita, causada por uma armadilha de caranguejos. Havia também linhas de pesca amarradas em suas duas nadadeiras frontais.

O animal, que pesava cerca de 630 quilos, foi Transportado pela equipe ao SeaWorld Orlando para tratamento e exames intensivos. Após avaliação, sua nadadeira frontal foi amputada. O peixe-boi recebeu antibióticos, teve os ferimentos tratados, e sua saúde continuou a melhorar.


Por conta de seu tamanho, os veterinários do parque suspeitaram que ela pudesse estar grávida. Depois de realizar um ultrassom, a gravidez foi confirmada e, seis semanas depois, o filhote nasceu.  Só neste ano, o SeaWorld Orlando já resgatou 12 peixes-bois.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Falta de saneamento básico, de mata ciliar e de hábitos dos brasileiros ameaça rios


Milhões de reais destinados à despoluição de rios nas cidades poderiam ser economizados se os governos tivessem investido efetivamente no tratamento de esgoto e a sociedade brasileira mudasse padrões culturais, na avaliação da bióloga Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica.
O alerta será uma das bandeiras do Encontro Nacional pela Mata Atlântica, conhecido como Viva a Mata, que ocorrerá às vésperas do Dia Nacional da Mata Atlântica, em 27 de maio. As palestras e debates da nona edição do evento, organizado para sensibilizar as pessoas sobre a importância da floresta, terão como foco os direitos e deveres ambientais no país.

Apesar de queda da devastação, especialistas temem pressões sobre a Mata Atlântica


Em pouco mais de duas semanas, deve ser divulgado o novo levantamento sobre a situação da Mata Atlântica. O monitoramento é feito anualmente pela Fundação SOS Mata Atlântica a partir de imagens captadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
As imagens mais recentes do bioma (2010-2011), que abrange 17 estados, mostram a redução da devastação, incluindo o desmatamento e as queimadas. Apesar da tendência de queda, especialistas temem que as pressões exercidas sobre essas florestas alterem essa trajetória.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Excesso de poluição pode mudar frequência cardíaca do corpo


Uma pesquisa feita pelo fisioterapeuta Daniel Alveno no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) revelou que a poluição pode alterar a frequência cardíaca das pessoas. O efeito é mais intenso em trabalhadores expostos à poluição durante um período de tempo maior, como funcionários da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e taxistas da cidade de São Paulo.

Senado aprova plantio de cana-de-açúcar em áreas de Cerrado e da Amazônia Legal



A Comissão de Meio Ambiente do Senado aprovou hoje (14) o projeto de lei que autoriza o plantio de cana-de-açúcar em áreas alteradas de Cerrado e da Amazônia Legal. O cultivo, pelo projeto, terá que respeitar os dispositivos previstos no Código Florestal aprovado em 2012 pelo Congresso.

Como tramitou em caráter terminativo, o projeto de lei segue para apreciação na Câmara. O relator Acir Gurgacz (PDT-RO) destacou que os plantios só poderão ocorrer em 20% de áreas, autorizados pelo Código Florestal.

Segundo o senador Gurgacz, existem no país 64 milhões de hectares em todo o território nacional prontos para o plantio de cana-de-açúcar, ocupados atualmente pela pecuária de baixa produtividade.

Agência Brasil

terça-feira, 7 de maio de 2013

Alertas de desmatamento e degradação da Floresta Amazônica diminuem


O número de alertas sobre desmatamento e degradação da Floresta Amazônica diminuiu em 37% entre março e abril deste ano na comparação com o mesmo período de 2012. As imagens de satélites usadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pelo Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), mostraram que em março as áreas possivelmente devastadas chegaram a 28 quilômetros quadrados), enquanto, em abril, a derrubada de árvores foi registrada em 147 quilômetros quadrados.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ventania deixa bairros sem luz, ruas obstruídas e provoca uma morte no Rio


A ventania que atingiu a cidade do Rio de Janeiro na manhã de hoje (6) deixou vários bairros sem luz, ruas obstruídas com a queda de árvores e o trânsito bastante congestionado nas principais vias. O motorista de uma van, identificado como Ronaldo Gonçalves Fontinhas, de 37 anos, morreu ao ser atingido por uma árvore. Ele dirigia pela Rua Marechal Floriano, no centro, quando a árvore tombou sobre o veículo. Ronaldo ainda foi levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, mas não resistiu.

Desmatamento na Amazônia atinge área de 175 km² entre março e abril


O desmatamento e a degradação de florestas na Amazônia atingiram uma área de quase 175 quilômetros quadrados (km²) nos meses de março e abril deste ano. O levantamento de alertas foi divulgado hoje (6) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pelo Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real, conhecido como Deter. No mesmo período de 2012, o sistema detectou desmatamento de 292 km² – quase o dobro da área identificada este ano.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Petrobras conclui limpeza de praias em Caraguatatuba atingidas por vazamento de óleo


São Paulo – A limpeza das três praias de Caraguatatuba atingidas por um vazamento de óleo, após acidente no píer do Terminal Almirante Barroso (Tebar), já está concluída, informou a Petrobras Transporte (Transpetro), por meio de nota divulgada no começo da tarde de hoje (8).
O vazamento, que ocorreu no final da tarde da última sexta-feira no litoral norte de São Paulo atingiu primeiro as praias de São Sebastião. Lá, a limpeza das praias Deserta, Pontal da Cruz, Ponta do Lavapés e Olaria foi concluída ontem. Já as praias Cigarras e Ponta do Arpoador continuam sendo monitoradas.
Em Caraguatatuba, as três praias atingidas – Capricórnio, Massaguaçu e Cocanha, devem permanecer também sob monitoramento para que sejam dispersados eventuais resíduos trazidos pela maré.
De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), o vazamento ocorreu em uma linha do Tebar, em São Sebastião, durante operação de abastecimento de um navio no píer. “O problema ocorreu numa válvula em uma tubulação, que apresentou defeito. O óleo vazado, de consistência densa, em volume ainda não estimado, é conhecido como marine fuel 380, utilizado como combustível em navios”, diz a nota da companhia.
 Agência Brasil

Vazamento de óleo em São Sebastião atinge também praias de Caraguatatuba


Além de São Sebastião, o vazamento de combustível naval detectado na última sexta-feira (5) atingiu pelo menos três praias de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. A Petrobras Transporte (Transpetro) informou, por meio de nota, que cerca de 100 pessoas foram mobilizadas para o recolhimento das pelotas de óleo, que foram vistas nas praias de Capricórnio, Massaguaçu e Cocanha, em Caraguatatuba.
De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), o vazamento ocorreu em uma linha do Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião, durante a operação de abastecimento de um navio no píer.
“O problema ocorreu numa válvula em uma tubulação, que apresentou defeito. O óleo vazado, de consistência densa, em volume ainda não estimado, é conhecido como marine fuel 380, utilizado como combustível em navios”, diz a nota da companhia.
Segundo a Transpetro a operação de limpeza da Praia de Cigarras, em São Sebastião (SP), já foi concluída e equipes de contingência ainda monitoram eventuais resíduos trazidos pela maré. Após sobrevoo feito ontem, a Cetesb e a Transpetro concluíram que as praias Deserta, Pontal da Cruz, Ponta do Lavapés e Olaria, além da região do píer, em São Sebastião, já estavam limpas e não necessitavam mais de monitoramento.
Agência Brasil

Mineradora brasileira recebe prêmio de pior empresa do mundo


A mineradora Vale - antiga Companhia Vale do Rio Doce - foi eleita a pior empresa do mundo por causa do seu histórico de violações dos direitos socioambientais, credenciais que a colocam no status de "Inimiga Número Um da Humanidade" e verdadeiro tsunami ambiental do planeta.

Por Antonio Carlos Lacerda
O prêmio Public Eye Awards foi entregue pessoalmente ao presidente da Vale, Murilo Ferreira, pela Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale, pelas numerosas violações dos direitos socioambientais que a Vale promove nas regiões onde estão instalados seus projetos, bem como acusações de evasão fiscal e dívidas bilionárias.

A Vale foi indicada e ganhou o prêmio de pior empresa do mundo por violar direitos fundamentais no Brasil e em mais 39 países, provocando danos aos seres humanos e ao meio ambiente. Ela teve 25.043 votos, no site da Public Eye Awards, concorrendo com as empresas Tepco - responsável acidente nuclear de Fukushima - (24.245), Sansung (19.014), Barclays (11.107), Syngenta (6.052) e Freeport (3.308).

Ao receber o prêmio, o presidente da Vale afirmou não considerar a premiação, por envolver organizações estrangeiras, que, na opinião de Murilo Ferreira, "querem bloquear o desenvolvimento do Brasil".

Ao ser questionado sobre a participação da Vale nas violações cometidas por Belo Monte e TKCSA, Murilo Ferreira se desresponsabilizou das acusações, alegando que embora as reconheça - as violações - a Vale não teria controle sobre esses projetos. "TKCSA e Belo Monte estão fora do meu controle. Somos sócios minoritários. Dentro da TKCSA só podemos ir ao banheiro, quando podemos".

A entidade afirmou que Murilo Ferreira se omitiu diante das questões levantadas sobre a duplicação da estrada de ferro Carajás, violação dos direitos trabalhistas e sobre a preservação dos recursos hídricos. No caso da Serra da Gandarela, o presidente da Vale informou que o projeto Apolo está parado por falta de recursos, mas sua assessora confirmou que a Companhia continua realizando prospecções e pesquisa na última serra intacta de Minas Gerais.

Ele disse ainda que são infundadas as acusações de envolvimento da Vale nos assassinatos de trabalhadores, na Guiné. Quanto a Moçambique, o presidente da Vale se limitou a reconhecer que haveria problemas com os assentamentos de Moatize e não especificou que medidas a empresa vem tomando para solucioná-los.

Murilo Ferreira se omitiu diante as questões levantadas sobre a duplicação da estrada de ferro Carajás, violação dos direitos trabalhistas e sobre a preservação dos recursos hídricos.

Denúncias
Em Piquiá, no município de Açailândia, no Maranhão, a população sofre com vínculo ambíguo e predatório da Vale com as guseiras, envolvidas em trabalho escravo, desmatamento e poluição. Há indícios de um aumento significativo no número de mortes devido a câncer nos pulmões na região.

Em Minas Gerais, no quadrilátero ferrífero, a Vale já destruiu a maior parte das áreas de cangas ferruginosas que, associadas à formação geomorfológica, protegem os mananciais de água. A atividade predatória põe em risco a segurança do abastecimento público de água, no Estado.

Foram apresentadas também denúncias de práticas antissindicais da Vale e o descumprimento do Termo de Acordo de Conduta (TAC), junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT), na unidade de Araucária, no Paraná.

No Estado do Espírito Santo, Sudeste do Brasil, além da poluição que inclui a emissão de material particulado, inclusive de gases cancerígenos, a Vale é acusada de despejar minério no mar, formando uma jazida de 150 mil metros cúbicos no mar de Camburi, litoral da capital, Vitória, contaminando a região.

No Sul do Estado, em Anchieta, a empresa se esforça para retirar da localidade de Chapada do A 73 famílias descendentes de indígenas para construir a Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU).

Em âmbito internacional, a Vale é responsável pelo processo de expropriação e deslocamento compulsório de mais de 1300 famílias em Moçambique, segundo a Justiça Global. " Recentemente, seis pessoas foram assassinadas em uma mobilização de operários que reclamavam a falta de cumprimento da Companhia de acordos trabalhistas. Lideranças locais acusam a Vale de ter fornecido veículos usados para reprimir os manifestantes".

O prêmio internacional Public Eye Awards é conhecido como o Nobel da vergonha corporativa mundial, e concedido a empresas com graves passivos sociais e ambientais por voto popular. O prêmio foi anunciado durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Reivindicações
Dentre as reivindicações da Articulação estavam a solicitação de que as obras de duplicação da ferrovia Carajás aconteçam, como previsto em lei, somente após a realização de audiências públicas em todos os municípios afetados pela construção, e com a consulta prévia das comunidades tradicionais diretamente impactadas.

Também foi solicitado que a empresa se retirasse do consócio de Belo Monte. Em Altamira e na região do Xingu, as populações indígenas e ribeirinhas têm sofrido diversas violações de direitos por conta da construção da hidrelétrica. Além disso, a região sofre com a intensificação do tráfico e exploração sexual e violência de mulheres, crianças e adolescentes.

Vale e TKCSA
 A Vale é sócia da TKCSA e fornecedora exclusiva do minério de ferro. Desde 2010, os moradores do entorno da TKCSA são obrigadas a conviver e respirar partículas derivados do funcionamento da empresa que até hoje funciona sem licença de operação. São muitos os relatos de problemas dermatológicos e respiratórios (constatados em relatório da Fiocruz.).

Esses mesmos moradores convivem com o barulho frequente dos trens, rachaduras nas casas pela trepidação e a poeira de minério deixada pelos trens. Além disso, os pescadores estão proibidos de pescar desde 2006, por conta das áreas de exclusão de pesca criadas com o funcionamento do porto.

Internacional
 Em âmbito internacional, a Vale é responsável no processo de expropriação e deslocamento compulsório de mais de 1300 famílias, em Moçambique. Recentemente, seis pessoas foram assassinados em uma mobilização de operários que reclamavam a falta de cumprimento da Companhia de acordo trabalhistas.

Lideranças locais acusam a Vale de ter fornecido veículos usados para reprimir os manifestantes.

Public Eye Awards
Em 2012, a Vale venceu o prêmio internacional Public Eye Awards, conhecido como o Nobel da vergonha corporativa mundial e concedido a empresas com graves passivos sociais e ambientais por voto popular. O prêmio foi anunciado durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. A Vale foi a vencedora com 25.041 votos, ficando à frente da japonesa TEPCO, responsável acidente nuclear de Fukushima.

Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale
A Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale é composta por populações e comunidades atingidas, movimentos sociais, organizações e centrais sindicais de diversos países que sofrem violações de direitos cometidos pela Vale.

Estiveram presentes: a Sociedade Paraense de Direitos Humanos, o Sind-Química-PR, Pacs, Justiça nos Trilhos, Movimentos pelas Serras e Águas de Minas e Justiça Global.

Fonte de informações: 

Pravda.ru


terça-feira, 26 de março de 2013

Comissão do Senado convidará Gurgel para esclarecer compra de tablets

Brasília – A Comissão de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle do Senado aprovou hoje (26) convite ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para que esclareça supostas irregularidades em pregão eletrônico  para aquisição de 1.226 tablets. No requerimento, o senador Fernando Collor (PTB-AL) argumenta que o processo de licitação, feito no dia 31 de dezembro de 2012, apresenta "indícios claros de direcionamento para que a empresa vitoriosa fosse a Apple".



Segundo Collor, o edital do Ministério Público da União (MPU) cita a empresa diretamente uma vez e três vezes indiretamente. O senador lembrou que a Lei de Licitações determina que marcas não podem ser citadas em editais de compras públicas. Como se trata de um convite, Gurgel só comparecerá à audiência pública caso queira.
Momentos difíceis têm marcado as relações entre o senador e o procurador. Na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, em 2012, Collor apresentou uma série de requerimentos para que Gurgel comparecesse à comissão. O senador chegou a entrar com pedido de impeachment contra o procurador-geral.
Em 22 de fevereiro, Fernando Collor conseguiu aprovar em plenário requerimento para que o

quinta-feira, 14 de março de 2013

Prefeitura retirou 65 toneladas de peixe morto da Lagoa Rodrigo de Freitas

Rio de Janeiro -  Pelo terceiro dia seguido, a Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, amanheceu coberta por peixes mortos. De acordo com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smac), uma conjunção de fatores levou à falta de oxigênio na água, provocando a mortandade. Foram recolhidas no local, desde terça-feira, 65 toneladas de peixes.

O coordenador de Recursos Hídricos da Smac, Alexandre De Bonis, disse que quatro fatores afetaram a qualidade ambiental da lagoa nos últimos dias e provocou o desastre ambiental: as fortes chuvas, que levaram óleo e matéria orgânica para a água; a desova de uma espécie de peixe que habita o local; o forte calor que expulsa o oxigênio dissolvido na água; e a maré baixa.
“Quando está com a maré alta, as comportas são abertas para entrar água oxigenada na lagoa, para melhorar a qualidade da água. Mas nós temos tido marés baixas e tem entrado pouca água na lagoa”, explicou. Segundo ele, “fevereiro e março é o período de desova da savelha, que corresponde a 95% dos peixes da lagoa e é a espécie suscetível a essa falta de oxigênio”.
O último Boletim da Lagoa, com os dados de ontem (13), mostram que cerca de 70% da lagoa estavam impróprios para atividade recreativa, e a qualidade da água estava em estado crítico. O nível de oxigênio dissolvido estava de crítico a estado de alerta. Segundo De Bonis, a Lagoa Rodrigo de Freitas é monitorada 24 horas por dia, mas nem sempre é possível evitar problemas como esse.
“Nós temos um programa de gestão, um plano de contingência, que é sempre acionado quando chega um momento crítico, só que, infelizmente, às vezes a gente não consegue atender a certas coisas. Tudo está sendo feito realmente para evitar isso, tanto que a última mortandade de peixes foi em 2009. Mas essa soma de fatores trouxe esse clímax negativo para a lagoa”.
De acordo com o coordenador, os pescadores informaram que foram pescados na lagoa 280 quilos de peixe no dia 11, 480 quilos no dia 12 e 2,8 toneladas ontem, já que os peixes grandes estavam na superfície, onde é maior a concentração de oxigênio. Mas, segundo De Bonis, a savelha não é pescada porque não tem valor comercial. “Estamos vendo a possibilidade de eles serem remunerados para pescarem a savelha, mas ainda não chegamos a um acordo”.
A hipótese de esgoto despejado na lagoa foi negada pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). Segundo a empresa, a prática foi abolida em 2007, com a implantação do plano de ação de contingência e investimentos de R$ 148 milhões em infraestrutura de saneamento no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas. De acordo com a Cedae, o sistema passou por uma vistoria ontem, após o aparecimento dos peixes mortos, não sendo encontrada nenhuma avaria.
Agência Brasil

Fóssil de baleia azul com quase 2 mil anos pode ajudar a evitar extinção da espécie

Um fóssil de baleia azul (Balaenoptera musculus) com aproximadamente 1,8 mil anos, encontrado na praia do Leste, no município de Iguape, litoral sul paulista, poderá ajudar a evitar a extinção da espécie. "Nós encontramos ossos da coluna vertebral e pegamos a bula timpânica, que é equivalente ao ouvido. [Isso] vai permitir que eu possa identificar com certeza a espécie", explica o professor Francisco Buchmann, coordenador do Laboratório de Estratigrafia e Paleontologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp).



Parte do crânio do animal foi encontrado por um morador local, em agosto do ano passado. Ewerton Miranda de Souza entrou em contato com a Sociedade Brasileira de Paleontologia que indicou o laboratório da Unesp para remover e avaliar os ossos. Nesta semana, a idade do osso foi atestada após análise de um laboratório americano especializado em datação por meio do carbono 14. Estima-se que a peça tenha entre 1,8 mil e 1,9 mil anos.
Buchmann destaca que, atualmente, existem apenas entre 100 e 200 baleias dessa espécie no mundo. "Normalmente, fala-se que a [população de] baleia azul está crescendo, mas [com essa descoberta] vai ser possível provar com certeza que sim ou que não. [Será possível dizer]: eu não acho que é uma baleia azul, eu tenho certeza que é uma baleia azul", explica.
Na avaliação do professor, a espécie continua bastante ameaçada, pois a pesca é intensa, especialmente em países como a Noruega e o Japão. "A pressão é muito grande. Esses animais levam, às vezes, dez, 20, 30 anos para fazer um filhote. Se eu matar três quartos [da espécie], para ter esses três quartos de novo vou ter que esperar 50 ou 100 anos para recuperar e não dá tempo, porque no ano que vem vão continuar matando", apontou.
Além de contribuir para a conservação da espécie, a descoberta vai permitir estudos sobre a variação do nível do mar. "Inicialmente, eu pensei que o fóssil teria 6 mil anos, porque foi quando teve uma grande variação do nível do mar", explica. Depois de constatada a idade dos ossos, Buchmann concluiu que a fossilização ocorreu em virtude de um grande evento natural, como por exemplo uma tempestade.
"[Ocorreu] algo que encalhou esse animal na praia e rapidamente esse mesmo evento soterrou o animal. Ele ficou pelo menos parcialmente soterrado e isso favoreceu a fossilização", explicou. De acordo com o pesquisador, "todo organismo tem grande potencial de se tornar um fóssil, mas se ele cair na rua, por exemplo, ele apodrece. Agora, se um animal for soterrado, ele fica isolado do oxigênio, então ele não apodrece, ele fossiliza. As condições do ambiente favoreceram isso", esclareceu.
A praia onde os ossos foram encontrados tem rápida erosão, segundo o pesquisador, e foi isso que possibilitou a descoberta dos fósseis. "Em 2011, a distância do mar para onde a baleia foi encontrada era 700 metros. Isso quer dizer que, em 11 anos, o mar invadiu 700 metros, caíram várias casas, ruas inteiras desapareceram. Debaixo de uma das casas que caiu, apareceu essa baleia", relatou. Desde que ossos foram descobertos, o mar já avançou mais e agora a área está sob a água.
Agência Brasil

quarta-feira, 13 de março de 2013

Governo brasileiro proíbe pesca de tubarão galha-branca e tenta ampliar o controle no comércio internacional


A pesca e a comercialização do tubarão galha-branca estão proibidos no Brasil. Instrução normativa publicada hoje (13) no Diário Oficial da União proíbe a pesca direcionada, o armazenamento, o transporte e a comercialização dessa espécie, conhecida cientificamente como Carcharhinus longimanus.
Há alguns anos, as autoridades ambientais tentaram incluir o tubarão galha-branca na lista de espécies ameaçadas do Brasil, mas as pressões do setor pesqueiro impediram a manutenção da espécie nessa lista. Especialistas na área afirmam que as barbatanas desse tipo de tubarão estão entre as mais valiosas no mercado internacional.
A barbatana de várias espécies de tubarão é usada para produção de alguns alimentos e iguarias populares, alertam autoridades norte-americanas responsáveis pela preservação da vida selvagem no país. A estimativa dos Estados Unidos é que, apenas no ano 2000, quase 600 mil tubarões galha-branca oceânicos tenham sido vendidos globalmente no comércio de barbatanas.
No Brasil, o governo conseguiu, por enquanto, controlar a exploração dessa espécie. Com a regra publicada hoje, além de proibir a pesca e a comercialização do galha-branca, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) definiu que os animais capturados de forma incidental também sejam, obrigatoriamente, devolvidos inteiros ao mar, mesmo que estejam mortos.
As regras não valerão apenas para as capturas com fins de pesquisa científica, autorizadas pelos órgãos ambientais. O governo alertou que vai suspender os cadastros, as autorizações, inscrições, licenças, permissões ou os registros da atividade pesqueira de embarcações, pescadores profissionais ou amadores e de indústrias de pesca que desrespeitarem a proibição.
Em Bangkok, na Tailândia, onde, há uma semana, ocorre a Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites), o Brasil mantém os esforços para manter a aprovação do item que prevê maior controle no comércio internacional de algumas espécies de tubarões e arraias, incluindo o galha-branca.
A proposta apresentada para evitar a extinção desses animais foi aprovada por mais de dois terços dos votos das mais de 100 delegações presentes. Ainda assim, negociadores brasileiros relatam que alguns países que têm mais interesse nesse comércio tentam reabrir as votações. É o caso da China e do Japão, por exemplo.
O impasse, em nível internacional, deve ser concluído ainda esta semana, quando terminam as negociações sobre o comércio internacional de espécies ameaçadas. 
Agência Brasil

quarta-feira, 6 de março de 2013

Outdoor é fonte de água potável em Lima


A cidade de Lima, capital do Peru, sofre hoje em dia com escassez de água potável.

Para chamar a atenção para esse problema, uma agência de publicidade chamada Mayo DraftFCB resolveu instalar um outdoor capaz de gerar água limpa.

Isso porque mesmo sendo localizada em uma área de deserto, a cidade de Lima tem uma média de umidade do ar que chega a 98%. Então, a agência se juntou a pesquisadores da Universidade de Engenharia e Tecnologia de Lima, e criaram esse mecanismo que filtra a água do ar.

O sistema conta com um tanque que armazena até 95 litros de água. No poste de base do outdoor tem uma torneira, e qualquer pessoa pode passar e encher uma garrafinha.
 
 
 
Via Blog Território Eldorado

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