Dag Vulpi - 27 de junho de 2024
O "MERCADO FINANCEIRO" é frequentemente visto como uma entidade misteriosa e poderosa que reage negativamente a muitas políticas governamentais, especialmente quando estas beneficiam os menos favorecidos. Mas quem é realmente esse "mercado" e por que suas previsões e reações têm tanto impacto na economia?
O "MERCADO FINANCEIRO" é uma força que parece sempre reagir mal às decisões do governo que reduzem suas margens de lucro ou beneficiam os menos favorecidos. Por exemplo, em 4 de junho de 2024, foi divulgado um levantamento mostrando que o Brasil teve o 17º maior crescimento no 1º trimestre entre 53 nações, e que ultrapassou a Itália, tornando-se a 8ª maior economia do mundo. Esses dados, divulgados pela Austin Rating, não geraram uma reação positiva do "MERCADO FINANCEIRO".
Além disso, o "MERCADO FINANCEIRO" também não respondeu favoravelmente quando O Globo noticiou em 4 de junho de 2024 que o IBGE divulgou que a economia brasileira voltou a crescer, com um aumento de 0,8% no primeiro trimestre.
Outro aspecto curioso é a habilidade premonitória do "MERCADO FINANCEIRO". Ele previu que a taxa Selic encerraria 2024 em 10,5% ao ano. Mesmo com todos os indicadores mostrando crescimento econômico e estabilidade da inflação, permitindo um corte de 0,25% na Selic previsto na última reunião do COPOM, o "MERCADO FINANCEIRO" acertou novamente. O presidente do BC decidiu não fazer o corte e, na reunião mais recente do COPOM, em 18 de junho de 2024, manteve a taxa Selic em 10,5%.
Embora pareça que não seja o caso, dá a impressão de que quem determina se haverá ou não redução na taxa Selic é esse tal de "MERCADO FINANCEIRO", e não os resultados econômicos concretos.