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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Samarco admite que duas barragens podem se romper em Mariana


Representantes da Samarco, mineradora responsável pela barragem que se rompeu em Mariana (MG) no dia 5, disseram nessa terça (17) que há riscos de rompimento das represas de Santarém e de Germano, que ficam próximas à primeira. Eles afirmaram ainda que a de Santarém não se rompeu, diferentemente do que a empresa vinha informando até agora.

“Tem o risco e nós, para aumentarmos o fator de segurança e reduzirmos o risco, estamos fazendo as ações emergenciais necessárias”, disse o gerente-geral de Projetos Estruturais da Samarco, Germano Lopes.

“O monitoramento dessas barragens está sendo feito de forma online. Todos os dias os fatores de seguranças são reportados. A gente não percebeu ainda nenhuma movimentação nessas barragens. Existe uma plano de ação montado [caso haja rompimento da barragem]”, completou o diretor de Operações e Infraestrutura da empresa, Kléber Terra.

Segundo Terra, o fator de segurança na barragem de Santarém é 1,37. Na de Germano, o dique Celinha, uma das estruturas, tem índice de 1,22, o menor em todo o complexo. Esse índice vai de 0 a 2. O nível mínimo de segurança recomendado por lei é 1,5.

De acordo com os técnicos, estão sendo feitas obras emergenciais nas duas barragens, com a colocação de blocos de rocha de cima para baixo para reforçar a estrutura. Nesta semana, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais divulgou imagens feitas por drones da corporação que mostram uma rachadura na barragem de Germano.

“Nós estamos com aproximadamente 90 dias para transportar todo o material lá pra baixo, fazermos o preenchimento da erosão na margem direita, nivelamento da crista da barragem, de forma a aumentar o nível de segurança da estrutura e permitir o tratamento da água dentro do reservatório de Santarém”, disse o engenheiro e geotécnico da empresa José Bernado.

Nesta terça-feira, os representantes da empresa explicaram que a única barragem que se rompeu foi a de Fundão, diferentemente do que a própria Samarco informava desde o dia da tragédia. A empresa dizia que, além de Fundão, Santarém havia se rompido. Segundo os técnicos, 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos desceram, provocando erosão em Santarém.

Para o Kléber Terra, “não é o caso de pedir desculpas” à população pela tragédia. “Nós somos profissionais orgulhosos dessa empresa. Não acho que seja o caso de pedir desculpas. É o caso de verificar claramente o que aconteceu. Nós somos parte de um processo que foi muito sofrido para tudo mundo”, afirmou o diretor de Operações e Infraestrutura da Samarco. Ele disse ainda que "não está poupando recursos" para investigar as causas do rompimento.

O rompimento da barragem de rejeitos da Samarco, que tem como acionistas a Vale e a BHP Billiton, criou uma onda de lama que destruiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana. A lama atingiu outros municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo e chegou ao Rio Doce, causando a morte de animais e prejudicando o abastecimento de água. Doze pessoas permanecem desaparecidas. Sete mortos foram identificados e quatro corpos aguardam identificação.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Rejeitos diminuem velocidade, mas continuam avançando pelo Rio Doce


Uma equipe do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) está monitorando em tempo real, por meio de estações instaladas na calha do Rio Doce, a movimentação dos rejeitos após o rompimento das barragens Santarém e Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, município de Mariana, na região central de Minas Gerais.

A previsão é que após a passagem dos rejeitos pela barragem da Usina Hidrelétrica de Mascarenhas, o deslocamento até o município de Colatina, no Espírito Santo, seja de aproximadamente um dia. Depois de passar por Colatina há uma mudança de declividade no trecho até Linhares (ES), o que deverá reduzir a velocidade do escoamento. Com isso, a previsão é de maior deposição dos rejeitos, aumentando o tempo de chegada a Linhares.

Nos próximos dias, podem ocorrer mudanças na previsão, em decorrência da deposição de sedimentos no reservatório e das chuvas previstas para a região.
Segundo o CPRM, o avanço dos rejeitos não causará enchentes nos municípios localizados às margens do Rio Doce.

Até agora, o número de vítimas em consequência do rompimento das barragens continua o mesmo: há sete corpos identificados e quatro aguardando identificação. Doze pessoas continuam desaparecidas, sendo nove funcionários da Samarco e três moradores. Na tarde de ontem (16), a Polícia Militar de Belo Horizonte retirou três pessoas da lista por não serem moradores da região.

Rio Doce terá processo de decantação para evitar rejeitos na sua foz


A mineradora Samarco vai lançar floculantes de origem vegetal no Rio Doce, para decantar os rejeitos de mineração e evitar que eles cheguem à sua foz, depois do rompimento de barragens na cidade de Mariana (MG). A medida foi acordada pela empresa com o governo federal, após análise de técnicos, que chegaram à conclusão que a medida não trará impactos ambientais.

Os floculantes são usados em tratamento de água e fazem com que os sólidos suspensos se aglomerem em grandes flocos e precipitem para o fundo do rio ou do reservatório. Geralmente, eles são usados em reservatórios, antes de passar pela estação de tratamento de água. As cidades ao longo do Rio Doce já estão usando floculantes vegetais para restabelecer o abastecimento de água tratada.

“Diante do desastre ambiental ocorrido, a Samarco adquiriu uma grande quantidade de floculantes para fazer esse uso e tentar, ao máximo, que ocorra essa decantação da lama ainda no reservatório de Aimorés, a fim de minimizar o impacto ambiental na foz do Rio Doce”, explicou a presidente do Ibama, Marilene Ramos.

O Ibama, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e a Agência Nacional de Águas (ANA) se reuniram com representantes da Samarco e autoridades locais no domingo (15) para avaliar medidas para reduzir os danos ambientais. Marilene Ramos afirmou que navegou no Rio, do município de Candonga (ES) até a região afetada. “Em Candonga, ainda há muitos materiais suspensos [na água], o que indica a necessidade de outras ações”, afirmou.

A Samarco também se comprometeu com o governo a construir 20 quilômetros de diques de filtração, para diminuir a quantidade de sólidos carregados pela água. As barreiras flutuantes terão como prioridade proteger áreas ambientais mais sensíveis, como manguezais e áreas de reprodução de espécies ameaçadas de extinção.

A presidente do Ibama não descarta a aplicação de outras multas à mineradora Samarco, além dos R$ 250 milhões já anunciados. “Sendo apurados outros danos, poderão ocorrer outras multas”, afirmou. Ela disse ainda que a prioridade da aplicação dos recursos será para projetos na região afetada, sejam ambientais, de saneamento ou de reestruturação da cidade.

Entre as medidas avaliadas como necessárias do ponto de vista ambiental estão a dragagem dos resíduos sólidos do Rio Doce, o reflorestamento das margens do rio e a reintrodução de animais. “São mais de 600 hectares de áreas de proteção ambiental nas margens dos rios cuja cobertura vegetal foi totalmente perdida” e a fauna foi totalmente dizimada, segundo Marilene Ramos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

MP faz acordo de R$ 1 bi com Samarco para cobrir prejuízos socioambientais em MG


O Ministério Público (MP) de Minas Gerais informou hoje (16) que fechou um acordo com a Mineradora Samarco para pagamento de caução socioambiental de R$ 1 bilhão por conta do rompimento de duas barragens de rejeitos de mineração em Mariana (MG).

No dia 5, as barragens da Samarco, empresa controlada pela Vale e pela BHP Billiton, se romperam, formando uma onda de lama que destruiu o distrito de Bento Rodrigues e chegou a outras regiões de Minas Gerais e do Espírito Santo. A lama alcançou o Rio Doce, impedindo a captação de água e prejudicando o ecossistema da região.

Até agora, sete corpos foram identificados, quatro aguardam identificação e 12 pessoas permanecem desaparecidas. Mais de 600 ficaram desabrigadas.

Segundo o MP, o dinheiro deve ser usado para garantir custeio de medidas preventivas emergenciais, mitigatórias, reparadoras ou compensatórias mínimas.

Em nota, o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto informou que os valores necessários para as ações poderão ser maiores.

“Porém, o termo estabelece uma garantia jurídica concreta, que não existia até então, de que os valores iniciais emergenciais estão resguardados.”

De acordo com o MP, quem vai gerir e aplicar os recursos em ações é a própria Samarco. Mas o termo estabelece que os gastos deverão ser auditados por empresa independente escolhida pela promotoria.

Samarco anuncia construção de poços artesianos em Colatina, no Espírito Santo


A Samarco, responsável pelas duas barragens de rejeitos de mineração que se romperam em Mariana (MG), informou hoje (16) que começou construir poços artesianos em Colatina (ES). A lama formada após o rompimento chegou ao Rio Doce, impedindo a captação de água para municípios mineiros e capixabas.

Segundo a Samarco – empresa controlada pela Vale e pela BHP Billiton –, a perfuração dos poços é feita no trajeto do Rio Doce, perto das estações de tratamento de água. “A expectativa é perfurar seis poços na cidade para possibilitar que o fornecimento de água não seja interrompido”, informou a empresa, em nota.

Em Baixo Guandu (ES), a mineradora informou que instalou três adutoras para possibilitar que o fornecimento de água à cidade não seja interrompido.
A Samarco informou que frentes de trabalho vão limpar o Reservatório de Candonga, responsável por alimentar a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, a 100 quilômetros de Mariana. Segundo a mineradora, nos próximos dias, as operações devem ser normalizadas.

Sobe para 11 o número de corpos encontrados em razão do rompimento de barragens


O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou que quatro corpos – encontrados em áreas afetadas pelo rompimento das barragens Fundão e Santarém, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, região central de Minas Gerais – estão no Instituto Médico-Legal da capital mineira para serem identificados. Sete vítimas foram identificadas. Com isso, sobe para 11 o número de corpos encontrados em razão do rompimento das barragens, ocorrido em 5 de novembro último.

Há 15 pessoas desaparecidas, sendo nove funcionários da mineradora Samarco e seis moradores.

Segundo a corporação, as buscas continuam. No total, 185 famílias perderam as casas ou tiveram o imóvel afetado pelo rompimento das barragens. As famílias foram levadas para hotéis e pousadas da região.

Máquinas continuam auxiliando na retirada de entulhos e detritos.

Mariana "fecha as portas" sem a mineração, diz prefeito


Após duas barragens de rejeitos de mineração se romperem em Mariana (MG), o prefeito Duarte Júnior disse que defender o fim da mineração no município é “fechar as portas” da cidade. “Dizer que não pode mais haver mineração é afirmar que serviços básicos terão de ser parados e que 4 mil pessoas vão perder seus empregos”,  comentou Duarte Júnior em entrevista à Agência Brasil.

“A mineração representa 80% da nossa arrecadação. A gente tem a preocupação, para não haver um colapso total da cidade. Tenho que ser realista e dizer que a nossa cidade não trabalhou na diversificação econômica”, acrescentou.

No último dia 5, duas barragens da mineradora Samarco - empresa controlada pela Vale e pela BHP Billiton - se romperam, formando uma onda de lama que destruiu o distrito de Bento Rodrigues e chegou a outras regiões de Minas Gerais e do Espírito Santo.

A lama foi parar no Rio Doce, impedindo a captação de água e prejudicando o ecossistema da região. Até agora, sete corpos foram identificados, quatro aguardam identificação e 15 pessoas permanecem desaparecidas. Mais de 600 ficaram desabrigadas.

Para o prefeito de Mariana, a responsabilidade pela tragédia é da Samarco, mas é inviável dizer que não pode mais haver mineração na cidade. “Nós somos dependentes da mineração. Defender o fim da mineração é defender o fechamento da prefeitura. Isso me preocupa muito porque a cidade precisa continuar a seguir seu rumo. Querendo ou não, a vida vai seguir”.

Segundo Duarte Júnior, a multa aplicada pelo governo federal à Samarco, de pelo menos R$ 250 milhões, não vai ajudar as famílias atingidas e nem a reconstrução das áreas destruídas. “É preciso que se crie um fundo, de R$ 500 milhões, R$ 1 bilhão, para reconstruir o que foi perdido, reconstruir a vida das pessoas”, defendeu. O prejuízo material, até agora calculado pela prefeitura de Mariana, é R$ 100 milhões.

Prefeitura de Mariana suspende temporariamente recebimento de donativos


A Prefeitura de Mariana informou que suspendeu temporariamente o recebimento de donativos. A prefeitura pretende fazer levantamento da quantidade dos itens doados para saber se são suficientes para atender às necessidades da população atingida pelo desastre em Bento Rodrigues. A principal preocupação da prefeitura é evitar o desperdício dos suprimentos já doados.

A prefeitura alerta no entanto que o trabalho voluntário ainda é de extrema importância para triagem das doações já recebidas e destaca que vai continuar recebendo as doações em dinheiro em contas abertas para essa finalidade. As contas são vinculadas à Prefeitura de Mariana e um conselho gestor com representantes de diversos setores da sociedade civil será criado para gerenciar o dinheiro e dar total transparência à ação. Os interessados em fazer doações poderão entrar em contato por meio do e-mail 

sábado, 14 de novembro de 2015

Cidades suspendem abastecimento de água após lama atingir o Rio Doce


Em Governador Valadares (MG), cidade mais afetada pela interrupção no abastecimento de água depois que a lama proveniente do rompimento das barragens em Mariana chegou ao Rio Doce, a população faz filas para comprar água mineral e reclama da falta de uma solução para o problema.

A cidade, que fica a 300 quilômetros do município onde as barragens se romperam, tem 280 mil habitantes e a água precisou ser cortada após o fluxo de lama com rejeitos de mineração atingir o rio, que é a principal fonte de abastecimento local. O município decretou estado de calamidade pública.

Moradora de Governador Valadares, a dona de casa Denise Cruz comprou dez galões de água, cada um com 5 litros, para as necessidades básicas da família. “Fiquei mais de duas horas esperando para comprar. Tive muita sorte. Essa água vai dar apenas para beber e cozinhar. A gente está sem rumo, sem saber quando vai ter água normal de novo".

Com 65 anos, o aposentado José Monte sempre morou na cidade. Para ele, Governador Valadares vive o pior momento de sua história. “Ninguém sabe quando a água vai voltar. Ninguém sabe o que vai fazer”, afirma. “Todos nós fomos pegos de surpresa, apesar de muita gente saber do rompimento das barragens. Mas a cidade não se preparou e agora o jeito é estocar e usar apenas para o essencial”.

Nessa quinta-feira (12), moradores protestaram contra a Vale, que junto com a mineradora BHP controla a Samarco, responsável pelas barragens que se romperam em Mariana. Eles bloquearam a linha férrea usada pela mineradora, pedindo uma solução para a falta de abastecimento.


A prefeitura de Governador Valadares informou que fez um projeto para captar água de outros rios. Enquanto isso não ocorre, 38 caminhões-pipa percorrem cidades da região, para encher os tanques, e retornam a Valadares para, prioritariamente, abastecer hospitais e estabelecimentos como escolas e creches.

A Samarco informou que enviou ao município mais de 2,5 milhões litros de água para ajudar no abastecimento, além de 13 mil litros de água potável, e que a partir de hoje enviará 2,4 milhões de litros por dia.


Rio Doce
Segundo o fotógrafo e ambientalista Leonardo Merçon, após a chegada da lama, a água do Rio Doce “parece um achocolatado com cheiro de ferrugem”. Ele coordena a organização não governamental Últimos Refúgios, que trabalha com preservação do meio ambiente, e foi a Governador Valares ver e fotografar a situação.

“É possível ver peixes morrendo asfixiados, camarões indo para as pedras quentes para fugir da lama”, disse. “Todos os seres vivos do Rio Doce que precisam da água para respirar morreram”, acrescentou.  

Segundo Merçon, muitos moradores da região não têm a dimensão do que está ocorrendo. “As pessoas estão comendo esses peixes mortos, que não se sabe se têm doenças. Outros estão recolhendo para vender. Mas muita gente já reclama que os peixes começam a ter mau cheiro e diz que a situação está ficando insuportável. Ninguém sabe quando vai se normalizar”.

Espírito Santo
Neste fim de semana, a lama deve interromper o abastecimento de água nas cidades capixabas de Baixo Gandu e Colatina. “Nosso foco é Colatina, que tem mais de 120 mil habitantes, Com a chegada da lama, todo o abastecimento vai ser suspenso. A cidade fica incapacitada de captar água no Rio Doce”, disse à Agência Brasil o secretário do Desenvolvimeto do estado, João Coser.

Segundo ele, o governo trabalha com alternativas para ficar “semanas sem abastecimento. Agora, queremos garantir abastecimento paras as pessoas. Temos quantidade de carros para abastecimento. E vamos colocar algumas caixas d'água em pontos da cidade”, acrescentou Coser.

Governo multará mineradora Samarco em R$ 250 milhões, afirma Dilma


Após sobrevoar a região devastada pelo rompimento há uma semana de duas barragens, na região de Mariana, em Minas Gerais, a presidenta Dilma Rousseff disse que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vai aplicar multas à mineradora Samarco de R$ 250 milhões por danos ambientais. “Várias legislações, entre elas federais, foram descumpridas”, afirmou, em entrevista à imprensa em Governador Valadares.

“As multas ambientais preliminares que estamos dando, que montam a R$ 250 milhões, são por causar poluição de rios provocando danos à saúde humana; tornar área urbana ou rural imprópria para a ocupação humana; causar poluição hídrica que leve à interrupção de abastecimento público de água; lançar resíduos em desacordo com os padrões de qualidade exigidos em lei e provocar emissão de efluentes ou carreamento de materiais que provoquem dano à biodiversidade”, disse.

Segundo Dilma, essas multas são preliminares e outras poderão ser aplicados. A presidenta disse também que cabe ainda indenização à União, aos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, às prefeituras e às pessoas atingidas.

Dilma afirmou ainda que o governo está empenhado em responsabilizar os culpados pelo desastre em Mariana. “Quem é o responsável? É uma empresa privada, Samarco, uma empresa grande, que tem como sócios a Vale e a BHP Billiton. As empresas têm de ser responsabilizadas por várias coisas: primeiro, pelo atendimento emergencial da população; segundo, pela busca de soluções mais estáveis, mais perenes; e terceiro, pela reconstrução e pela capacidade de resolver os problemas da vida de cada um afetado por esse desastre”.

Mais cedo, a presidenta do Ibama, Marilene Ramos, havia informado que o órgão aplicaria duas multas à mineradora Samarco alcançariam R$ 100 milhões. Uma de R$ 50 milhões, pelo lançamento de rejeitos em rios próximos em decorrência do rompimento das barragens; e outra – no mesmo valor – em razão dos prejuízos causados à biodiversidade.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Ibama aplicará multas de R$ 100 milhões à mineradora Samarco


O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vai aplicar multas de R$ 100 milhões à mineradora Samarco, informou a presidente do órgão, Marilene Ramos. 

A empresa é responsável pelas barragens Fundão e Santarém, que se romperam há uma semana, causando uma enxurrada de lama que inundou casas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, em 5 de novembro último.

No total, o Ibama aplicará à Samarco duas multas: uma de R$ 50 milhões, pelo lançamento de rejeitos em rios próximos em decorrência do rompimento das barragens; e outra – no mesmo valor – em razão dos prejuízos causados à biodiversidade.

Segundo Marilene Ramos, o Ibama continua analisando a situação ambiental  da área atingida pelo desastre. De acordo com o Ibama, o rompimento das barragens lançou 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos em áreas vizinhas.

Marilene Ramos informou que, nos testes realizados até o momento, foram verificadas alterações nos padrões de qualidade da água em rios próximos, inclusive no Rio Doce, que passa pelos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Para a presidente do Ibama, as alterações de qualidade não significam, porém, a presença de substância tóxica na água. 

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou que, até o momento, seis mortes foram confirmadas em razão do rompimento das barragens. Dois outros corpos foram encontrados e aguardam identificação.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Donas da Samarco criam fundo de assistência às vítimas da tragédia em Mariana

As mineradoras Vale e BHP Billiton, que controlam a Samarco, anunciaram hoje que vão criar um fundo para ajudar as vítimas e recuperar o meio ambiente das áreas atingidas pelo rompimento de duas barragens de rejeitos em Bento Rodrigues, zona rural de Mariana, em Minas Gerais.

O rompimento das barragens, na última quinta-feira (5), liberou uma onda de lama, que destruiu o distrito de Bento Rodrigues e chegou ao Espirito Santo. Até agora, o Corpo de Bombeiros confirma seis mortes na tragédia e 20 desaparecidos. O número de desabrigados chega a 637 pessoas, representando 185 famílias. Todas estão em hotéis e pousadas de Mariana e cidades próximas.

“É nossa intenção trabalhar com as autoridades para fazer esse fundo funcionar o mais breve possível. A Vale e a BHP Billiton mantêm neste momento especialistas em saúde, segurança, meio ambiente e geotecnia apoiando as ações da Samarco no local”, diz o comunicado conjunto das empresas.

O diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi. o presidente da Vale, Murilo Ferreira, e o da BHP, Andrew Mackenzie, foram hoje a Mariana.

Barragem de Germano
A Samarco e o governo de Minas Gerais negaram que a barragem de Germano, em Mariana, corra o risco de se romper. A empresa informou que “todos os seus mecanismos de controle não apontam qualquer indício de abalo na estrutura”.

O governo do estado, no entanto, confirmou que haverá uma intervenção no dique da barragem, mas sem detalhar as ações. “Durante esse período será realizado um replanejamento das buscas e que possivelmente algumas famílias, por medida de segurança, serão realocadas”, diz o governo em nota.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Abalos sísmicos atingem região onde ocorreu rompimento de barragens


A região de Ouro Preto (MG) registrou hoje (10) um abalo sísmico de 2,1 graus na escala Richter. O tremor pode ser percebido também na cidade vizinha de Mariana, onde duas barragens se romperam na quinta-feira (5).

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou que o abalo não alterou a rotina de trabalho das equipes de busca e salvamento de vítimas no distrito de Bento Rodrigues, que foi atingido pela lama das barragens.

De acordo com a corporação, o pequeno tremor também não causou qualquer alteração na estrutura das barragens de Germano e Santarém. Segundos os bombeiros, a empresa Samarco Mineração, por precaução, instalou hoje três sismógrafos em pontos estratégicos das barragens.

O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) também registrou, na madrugada de hoje, dois tremores na região de Bento Rodrigues. Conforme o observatório da UnB, o primeiro tremor, de magnitude 1,5, foi registrado às 4h17. O segundo, de 1,8 graus, foi percebido pela univerisdade às 5h46.

Os bombeiros informaram ainda que uma equipe da Polícia Ambiental de Minas Gerais fará um sobrevoo esta tarde para avaliar os danos ambientais causados pelo rompimento da barragem. A avaliação será incluída no boletim de ocorrência feito no dia do acidente.

Neste momento, a Coordenadoria de Defesa Civil de Minas Gerais realiza, em Mariana, uma reunião com familiares de pessoas desaparecidas na tragédia.

Rompimento de barragens ameaça vida marinha do Espírito Santo, diz biólogo


Milhares de quilômetros do litoral do Espírito Santo serão contaminados pelos metais tóxicos liberados pelo rompimento de duas barragens de rejeitos no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG). A afirmação é do biólogo André Ruschi, diretor da escola Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi, em Aracruz, Santa Cruz, no Espirito Santo.

“Esses dejetos do Rio Doce serão sugados por uma corrente giratória, que é o criadouro marinho, exatamente onde os peixes grandes como baleias, tubarões, arraias e tartarugas se reproduzem”, afirmou. 

“São alguns quilos de cada tipo de metal pesado e, com os anos, isso vai se acumulando na cadeia alimentar, pois não é eliminável pelo organismo. O pH desse material é como se fosse uma soda cáustica. Se você cair dentro dessa lama, se queima”.

O acidente ocorreu na quinta-feira (5) na barragem da Mineradora Samarco, que tem como principal acionista a empresa Vale. Pelo menos três pessoas morreram e dezenas estão desaparecidas. 

De acordo com o biólogo, a lama tóxica que desce no Rio Doce atingirá cerca de 10 mil Km2 do litoral norte da região litorânea do Espírito Santo. A área compreende três unidades de Conservação Marinhas: Comboios, Área de Proteção Ambiental Costa das Algas e Refúgio da Vida Silvestre de Santa Cruz, que somam cerca de 200 mil hectares no mar.

Segundo André Ruschi, o acidente pode representar o "assassinato" da Bacia do Rio Doce, a quinta maior bacia hidrográfica do país.

“Toda a vida no rio está sendo eliminada praticamente em 100%. As espécies endêmicas desse rio estão extintas a partir de hoje”, acrescentou. A concentração dos metais na cadeia alimentar pode levar até 100 anos para se dissipar, informou o biólogo. Dos minerais mais tóxicos e que foram despejados no rio, ele citou o cádmio, arsênio, mercúrio e cromo.

Professor de geotecnia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maurício Ehrlich disse que, por terem sismicidade baixa, os tremores na região na ocasião do acidente não seriam suficientes para causar a queda da barragem.

“Infiltração de água também não é o caso, pois estamos em estiagem desde o ano passado. Se alguma falha houve, ela pode estar relacionada ao comportamento mecânico do material usado na construção da barragem. Talvez possa ter ocorrido um erro na estimativa da resistência do material. Outra possibilidade seria um alteamento mal feito da barragem."

terça-feira, 10 de novembro de 2015

MP recomenda que Samarco pague um salário mínimo a desabrigados em Minas


A mineradora Samarco, responsável pelas duas barragens de rejeitos de mineração que se romperam em Mariana (MG), tem até sexta-feira (13) para responder a recomendação do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) para que adote medidas imediatas de garantia dos direitos das vítimas. Entre as ações propostas, está o pagamento de um salário mínimo mensal a cada família atingida "para atender às necessidades imediatas dessas pessoas”, diz o documento, entregue dia 8.

O promotor Guilherme de Sá Meneguin lembrou que o distrito de Bento Rodrigues foi totalmente destruído pela lama de rejeitos que invadiu o local na quinta-feira (5). Acrescentou que as cerca de 600 pessoas que viviam no local necessitam de meios para garantir a sobrevivência. O promotor explicou que o documento propõe cinco ações para a mineradora Samarco, controlada em parceria pelas empresas Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, que estão entre as maiores do mundo no setor.

“É preciso identificar todos os atingidos e saber onde eles estão, identificar as necessidades de cada família em relação a saúde, alimentação e estabelecer um cronograma para tirar essas pessoas de hotéis e colocá-las em casas ou apartamentos e o fornecimento de remuneração para que as famílias atingidas possam pagar suas contas”, disse Meneguin.

O documento do MP também pede a apresentação de um plano de ressarcimento integral das vítimas, seja por meio de reassentamento ou de indenização. De acordo com o promotor, caso a Samarco não adote as medidas, o Ministério Público entrará com ação na Justiça para cobrar o cumprimento das exigências.

Procurada pela Agência Brasil, a mineradora Samarco não se manifestou sobre o documento até a publicação da matéria.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Vilarejo que restou após rompimento de barragens lembra cidade fantasma


Poucas ruas e casas do distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), resistiram ao rompimento de duas barragens da mineradora Samarco na última quinta-feira (5). Em meio ao cenário de muita lama, barro e destruição, o que restou lembra uma cidade fantasma. É possível escutar, em meio à desolação, apenas o canto dos pássaros e o barulho das máquinas que abrem acesso para as equipes de resgate.

Na parte alta da comunidade, uma das poucas casas com movimentação é a de Edirleia Marques, 38 anos, e Marcílio Ferreira, 41 anos. A dona de casa e o operador de máquinas moravam na região com os dois filhos, de 10 e 2 anos, e tem voltado ao local desde sexta-feira (6) para auxiliar bombeiros e homens da Defesa Civil e do Exército nas buscas.

A antiga moradia do casal agora funciona como um ponto de apoio para as equipes que trabalham em Bento Rodrigues. Numa rápida volta pela residência, é possível ver um velotrol e um cavalinho de madeira do filho caçula. Na sala, o sofá e a televisão permanecem no mesmo lugar onde foram deixados, assim como a mesa de seis lugares da família.

Há pelo menos três dias, Edirleia e Marcílio ajudam os homens do resgate a se localizar no que restou da comunidade. Na memória de cada um, permanece fresca a lembrança de onde viviam vizinhos e moradores do distrito que seguem desaparecidos. "É ruim ir embora. A gente quer acreditar que está tudo como antes. Ainda me sinto confortável aqui", contou Edirleia.

No momento em que a lama atingiu Bento Rodrigues, os filhos do casal estavam em casa. A mãe estava na parte mais baixa da comunidade, devastada pela lama e pelo barro, mas voltou correndo para retirar a família do local. "Meu filho mais novo me pergunta muito sobre a casa. Já o mais velho, que sempre foi calado, não fala muito. Mas ele viu a coisa toda. Viu as casas sumindo, as pessoas correndo", lembrou a mãe.

Apesar do trauma, marido e mulher garantem que estarão de volta à casa nos próximos dias para auxiliar as equipes de resgate - e também numa tentativa de se apegar ao local onde nasceram, cresceram, se conheceram e começaram uma família. De mãos dadas, eles caminhavam pelas ruas e observavam em silêncio a devastação que tomou conta do local.

"Vamos voltar sempre que possível. Quero estar aqui de novo no dia seguinte. É muito difícil sair de um lugar onde a gente se sentia tão bem", disse Marcílio, em um dos poucos momentos em que conversou com a equipe de reportagem.

"Esperança vai diminuindo" em encontrar sobreviventes, diz governador de MG


O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel , disse ontem (8) que a prioridade é buscar as 28 pessoas desaparecidas por causa do rompimento das barragens de rejeito da mineradora Samarco, mas que as chances de serão encontradas com vida estão diminuindo. “A gente pode, quem sabe, localizar alguém que fugiu que ficou perdido em alguma localidade, que não foi encontrado. Não quero tirar a esperança de ninguém, pode ser que a gente consiga achar alguém com vida ainda, mas a medida que o tempo vai passando a esperança vai diminuindo”, afirmou em entrevista à imprensa em Mariana (MG). O rompimento das barragens destruiu o distrito de Bento Rodrigues, que fica na zona rural de Mariana.

Dos 28 desaparecidos, 13 são funcionários de empresas que prestam serviços à mineradora Samarco, e 15 são moradores do distrito. Entre eles, um bebê de 3 meses e um homem de 70 anos. Até o momento, há confirmação de uma morte.

A causa do rompimento das duas barragens, segundo o governador, ainda não foi esclarecida. A barragem de Fundão, ressaltou, estava licenciada e não apresentava nenhuma falha aparente nesse aspecto. O governador reconheceu que é preciso melhorar os protocolos de emergência, com a exigência dos alarmes sonoros que lembrou não são obrigatórios de acordo com legislação vigente. As barragens concentravam resíduos do processo de mineração.

A ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, também está na região. Ela visitou famílias desabrigadas que foram levadas para três hotéis de Mariana e discutirá com os municípios envolvidos e com governo do Estado o cumprimento das orientações do Protocolo Nacional Conjunto para Proteção Integral a Crianças e Adolescentes, Pessoas Idosas e Pessoas com Deficiência em Situações de Riscos e Desastres, lançado em 2012. O documento traz diretrizes e orientações para a garantia plena de direitos para essas pessoas em situações de desastre como, por exemplo, garantias a benefícios socais e, no caso de crianças e adolescentes, que eles continuem frequentando a escola.

Passagem da lama
Segundo boletim divulgado hoje pelo Serviço Geológico do Brasil, primeiro indício da mudança do nível do Rio Doce na estação de monitoramento de Governador Valadares (MG) foi verificado às 11h30. A próxima estação de monitoramento a ser atingida pela onda de cheia é Tumiritinga (MG), que fica a 400 quilômetros de Bento Rodrigues. Esta onda de cheia, porém, não irá causar enchentes nos municípios que estão localizados na margem do Rio Doce, segundo as autoridades.

Mineradora monitora no Espírito Santo efeitos de rompimento de barragens em MG


A mineradora Samarco, responsável pelas duas barragens de rejeito que se romperam na última quinta-feira (5) em Mariana (MG), divulgou nota hoje (8) na qual afirma que está atenta a qualquer repercussão no Espírito Santo e em constante contato com as autoridades competentes em função do acidente ocorrido nas barragens de Fundão e Santarém. O rompimento das barragens de rejeito (que concentra os resíduos do processo de mineração) destruíram o distrito de Bento Rodrigues, que fica na zona rural da cidade mineira. A lama oriunda do acidente está sendo levada pelo Rio Doce, aumentando o nível do rio e pode provocar enchentes, por exemplo. 

“A expansão da mancha [de lama] que avança no Rio Doce está sendo permanentemente monitorada pela empresa. A Samarco está tomando todas as providências possíveis para mitigar os impactos ambientais gerados e, em caso de necessidade, auxiliar prefeituras e as comunidades em eventuais ocorrências. A coleta de amostras de água nos trechos impactados já foi iniciada e terá continuidade até a normalização da situação. É importante mencionar que a empresa está, no momento, concentrando seus esforços no atendimento às pessoas atingidas”, diz o documento.

Ainda segundo a mineradora, as operações da empresa na Unidade de Germano (MG) estão paralisadas. Na Unidade de Ubu, em Anchieta (ES), as operações industriais serão paralisadas ao final dos estoques de minério. O mesmo acontecerá com as operações de embarque, que serão interrompidas ao término dos estoques de produtos.

Segundo o último boletim divulgado dia (7) às 13h pelo Serviço Geológico do Brasil, que monitora 24 horas a cheia do Rio Doce provocada pelos rompimentos das barragens, na tarde deste domingo a previsão é que o pico da onda de cheia chegue nas estações de monitoramento de Governador Valadares (MG). Esta onda de cheia, ainda segundo os técnicos que monitoram a região, não irá causar enchentes nos municípios localizados na margem do Rio Doce.

Após temporal, equipes retomam buscas por desaparecidos em Minas Gerais


Os trabalhos de busca e resgate no distrito de Bento Rodrigues, na zona rural em Mariana (MG), começaram por volta das 6h de hoje (8), após o temporal que caiu na região durante a madrugada. Homens do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, do Exército e da Defesa Civil do estado buscam 28 pessoas que continuam desaparecidas após o rompimento de duas barragens da mineradora Samarco.

Em entrevista à Agência Brasil, o major Rubens da Cruz, do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, explicou que o ideal é que o tempo fique mais firme para que a lama no local fique mais sólida e facilite o deslocamento na região.

"Mesmo com tempo fechado, nós vamos continuar", disse. "Não há previsão para parar. A população tem medo que se interrompa as buscas, mas não existe essa possibilidade", ressaltou.

A previsão, segundo ele, é que, ao longo do dia, as equipes de busca se desloquem para outros distritos de Mariana também afetados pelo rompimento das barragens, como Paracatu, Rio Doce e Barra Longa. "Vamos descendo, seguindo o leito do rio", explicou.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Mariana recebe doações e voluntários para ajudar vítimas de desabamento

Após o rompimento de duas barragens em Bento Rodrigues ontem (5), diversas entidades e voluntários se mobilizam para receber donativos e acolher as vítimas, que passam de 500. De acordo com a prefeitura de Mariana, as prioridades são doações de materiais de uso pessoal como escovas de dente, toalhas de banho, copos, talheres e pratos descartáveis, além de água potável.

Para doações fora do município, a prefeitura de Mariana disponibilizou uma conta bancária no Banco do Brasil através do CNPJ: 18.295.303/001-44, Agência: 2279-9, Conta Corrente: 10.000-5. Moradores da cidade podem levar os donativos durante todo o dia ao Centro de Convenções Alphonsus Guimaraens, na Rua Avenida Getúlio Vargas, s/n, Centro.

Para as famílias da região que estiverem dispostas a acolher desabrigados, é necessário preencher um cadastro de voluntários que está sendo feito na Arena Mariana, na Avenida do Contorno, no centro.

Em Ouro Preto, cidade vizinha a Mariana, doações estão sendo recolhidas na Câmara de Vereadores. A prefeitura da cidade disponibilizou veículos para buscar as doações de moradores de Ouro Preto e encaminhar até Mariana. O telefone para contato é 31 3552-8500.

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