A mineradora
Samarco, responsável pelas duas barragens de rejeito que se romperam na última
quinta-feira (5) em Mariana (MG), divulgou nota hoje (8) na qual afirma que
está atenta a qualquer repercussão no Espírito Santo e em constante contato com
as autoridades competentes em função do acidente ocorrido nas barragens de
Fundão e Santarém. O rompimento das barragens de rejeito (que concentra os
resíduos do processo de mineração) destruíram o distrito de Bento Rodrigues,
que fica na zona rural da cidade mineira. A lama oriunda do acidente está sendo
levada pelo Rio Doce, aumentando o nível do rio e pode provocar enchentes, por
exemplo.
“A expansão da
mancha [de lama] que avança no Rio Doce está sendo permanentemente monitorada
pela empresa. A Samarco está tomando todas as providências possíveis para
mitigar os impactos ambientais gerados e, em caso de necessidade, auxiliar
prefeituras e as comunidades em eventuais ocorrências. A coleta de amostras de
água nos trechos impactados já foi iniciada e terá continuidade até a
normalização da situação. É importante mencionar que a empresa está, no
momento, concentrando seus esforços no atendimento às pessoas atingidas”, diz o
documento.
Ainda segundo
a mineradora, as operações da empresa na Unidade de Germano (MG) estão
paralisadas. Na Unidade de Ubu, em Anchieta (ES), as operações industriais
serão paralisadas ao final dos estoques de minério. O mesmo acontecerá com as
operações de embarque, que serão interrompidas ao término dos estoques de
produtos.
Segundo o
último boletim divulgado dia (7) às 13h pelo Serviço Geológico do Brasil, que
monitora 24 horas a cheia do Rio Doce provocada pelos rompimentos das
barragens, na tarde deste domingo a previsão é que o pico da onda de cheia
chegue nas estações de monitoramento de Governador Valadares (MG). Esta onda de
cheia, ainda segundo os técnicos que monitoram a região, não irá causar
enchentes nos municípios localizados na margem do Rio Doce.
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