A investigação da Polícia Federal sobre a denominada 'Abin paralela' avança, agora centrada no possível monitoramento ilegal de uma assessora do senador Confúcio Moura (MDB-RO). Alessandra Maria da Costa Aires, lotada no gabinete do senador, teria sido alvo de espionagem pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) por meio de uma ferramenta israelense que rastreava a localização de celulares. A conexão entre o monitoramento e as posições críticas do senador em relação ao governo Bolsonaro, incluindo votos desfavoráveis e oposição a nomeações, levanta questões sobre a instrumentalização da Abin para fins políticos. O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, já solicitou acesso à lista de parlamentares que foram alvos de monitoramento, enquanto a Abin afirma colaborar com as investigações para esclarecer eventuais irregularidades ocorridas entre 2019 e 2021.
sábado, 3 de fevereiro de 2024
PF investiga 'Abin paralela': Assessora de senador do MDB pode ter sido alvo de monitoramento ilegal
Investigação da Polícia Federal aponta para envolvimento de Jair Bolsonaro em esquema de espionagem ilegal na Abin
Dag Vulpi
A Polícia Federal (PF) teria identificado indícios que apontam para o ex-presidente Jair Bolsonaro recebendo informações do esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), conhecido como "Abin paralela", durante a gestão de Alexandre Ramagem. Segundo fontes do portal UOL, elementos da investigação foram apresentados à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). A PF alega que dossiês e documentos produzidos pela Abin paralela foram entregues no Palácio do Planalto durante o governo Bolsonaro.
As recentes descobertas da Polícia Federal revelam um possível envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro em um esquema de espionagem ilegal operado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), conhecido como "Abin paralela". Sob a gestão de Alexandre Ramagem, a PF teria apresentado elementos de investigação à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Dossiês e documentos produzidos pela Abin paralela, que teriam sido entregues ao Palácio do Planalto durante o governo Bolsonaro, agora estão sob escrutínio da polícia. As suspeitas se somam a inquéritos anteriores que apontaram interferências da família Bolsonaro na PF durante o mandato de Jair Bolsonaro como presidente. A defesa do ex-presidente ainda não se manifestou sobre as acusações, enquanto novas provas são aguardadas a partir de buscas nos endereços de Ramagem e do filho de Bolsonaro, Carlos Bolsonaro.
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