Mostrando postagens com marcador #Lula. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #Lula. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 23 de julho de 2025

BRICS 2025 no Brasil: O Avanço da Desdolarização e o Fim da Hegemonia Global dos EUA?

[Murat Gök/Agência Anadolu]

Dag Vulpi - 23/07/25

Na cúpula histórica do BRICS no Rio, Lula, Dilma e líderes do Sul Global consolidaram uma nova fase de desdolarização, ampliaram alianças e mostraram que a ordem unipolar liderada pelos EUA está cada vez mais enfraquecida. Saiba por que Trump teme tanto o avanço do BRICS e como este movimento pode mudar seu dia a dia.

A cúpula do BRICS de 2025, realizada no Rio de Janeiro, foi mais do que um encontro diplomático: foi um marco na transição do mundo unipolar, hegemonizado pelo dólar e pela dominação militar dos EUA, para uma ordem multipolar baseada na cooperação e no respeito à soberania entre os povos do Sul Global.

Líderes como Lula e Dilma Rousseff reafirmaram o compromisso do Brasil com a desdolarização e com o fortalecimento do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), que sob a liderança de Dilma amplia financiamentos em moedas locais, reduzindo a dependência do dólar. O banco recebeu a adesão histórica da Colômbia sob Gustavo Petro, rompendo décadas de submissão automática aos EUA e fortalecendo a autonomia regional.

Enquanto isso, Trump e parte da elite norte-americana intensificam ameaças tarifárias e ataques políticos ao Brasil e aos países do BRICS, temendo o enfraquecimento do poder imperial do dólar. Em resposta, Lula reafirmou a soberania brasileira, lembrando que o Brasil possui alternativas comerciais com a China e os países do BRICS e não aceitará ser submisso às pressões de Washington.

A China e a Rússia, embora presentes de forma simbólica nesta cúpula, mostraram que o BRICS não é dominado por potências isoladas, mas representa uma coalizão do Sul Global e parceiros estratégicos, retomando o espírito do Movimento dos Não Alinhados e da Conferência de Bandung de 1955. O BRICS atua hoje como a voz da maioria global, lutando contra o imperialismo e promovendo o direito ao desenvolvimento soberano.

Além do NDB, o BRICS fortalece o Arranjo Contingente de Reservas (CRA), alternativa ao FMI, para apoiar países em dificuldades sem imposições políticas. Iniciativas como a Nova Plataforma de Investimentos (NIP) buscam alternativas de investimento para superávits comerciais fora dos títulos do Tesouro dos EUA. Também avança a criação de mecanismos de pagamentos interbancários e transfronteiriços que dispensam o SWIFT, sinalizando a construção de um sistema financeiro global mais justo.

Dilma lembrou que a desdolarização não ocorre de um dia para o outro, mas os acordos entre Rússia, China, Irã, Índia e entre países da ASEAN já demonstram que esse processo está em curso, reduzindo gradativamente a hegemonia do dólar no comércio, nos investimentos e nos fluxos de capital globais.

A proposta de Lula de uma nova moeda de reserva global para o BRICS é ambiciosa, mas a verdadeira revolução está na prática: no fortalecimento de relações bilaterais em moedas locais e na independência econômica dos países do Sul Global frente à chantagem de sanções e ao controle financeiro exercido pelos EUA.

O BRICS, com a força do Sul Global e aliados estratégicos, caminha para construir uma nova ordem global verdadeiramente democrática, sem a imposição de vetos de potências coloniais, sem guerras de agressão e sem a ditadura do dólar. Um mundo onde o Brasil e outros povos podem levantar a cabeça e dizer: “Nós escolhemos nosso caminho.”

O avanço do BRICS é um alerta ao império norte-americano e uma esperança para quem defende um mundo multipolar, justo e livre da opressão imperialista.

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Tentativa de Golpe: Supremo avança nas investigações com novas testemunhas-chave

Foto: Gustavo Moreno/STF

Dag Vulpi - 18/07/25 (com informações do site oficial do STF)

O Supremo Tribunal Federal realizou nesta semana novas oitivas de testemunhas no âmbito do núcleo 2 do inquérito que apura supostos atos golpistas após as eleições de 2022. Os depoimentos buscam esclarecer ações de militares e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro que teriam planejado impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

O STF avança nas investigações sobre o suposto golpe de Estado de 2022 com a oitiva de novas testemunhas do núcleo 2 do inquérito. As apurações focam em ações de militares e apoiadores de Bolsonaro que teriam articulado para impedir a posse de Lula. O caso, relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, já resultou em diversas prisões e medidas cautelares contra investigados.

O STF cumpre seu papel constitucional ao investigar atentados contra a democracia. Em um Estado Democrático de Direito, nenhum cidadão - muito menos autoridades públicas - pode ficar acima da lei. As investigações sobre os eventos pós-eleições de 2022 são fundamentais para preservar nossas instituições e evitar que ataques à soberania popular se repitam.

A história mostra que golpes começam com pequenos ataques às instituições que são negligenciados. O STF está agindo para evitar que o Brasil repita erros do passado. Investigar os eventos de 2022 não é perseguição política, mas proteção da Constituição. Democracias fortes exigem Justiça atuante.

As investigações do STF devem ser apoiadas porque tentativas de golpe custam caro ao povo brasileiro: desestabilizam a economia, dividem a sociedade e mancham nossa imagem internacional. Responsabilizar os envolvidos não é vingança, mas garantia de que não haverá repetição. Democracia se defende com leis e instituições fortes.


Sobre o Blog

Bem‑vindo ao Blog Dag Vulpi!

Um espaço democrático e apartidário, onde você encontra literatura, política, cultura, humor, boas histórias e reflexões do cotidiano. Sem depender de visões partidárias — aqui prevalecem ideias, conteúdos e narrativas com profundidade e propósito.

Visite o Blog Dag Vulpi