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sexta-feira, 25 de julho de 2025

FMI: A Agiotagem que Quebra Nações



Dag Vulpi - 25/07/25 

Quando um país recorre ao FMI, não recebe apenas dinheiro, mas um pacote de regras cruéis que travam seu futuro. O resultado? Dívidas eternas, austeridade que destrói vidas e a submissão aos interesses de quem lucra com a miséria alheia. Está na hora de entender que o FMI não salva: ele aprisiona. 

Sempre que um país recorre ao socorro de um empréstimo do FMI, quando concedido, esse “ajuste” vem acompanhado de uma série de condições que mais se parecem com correntes. São regras criadas ainda na época de Bretton Woods, e que, até hoje, seguem engessando países com imposições perniciosas que jamais produzem os efeitos prometidos por quem as impõe. 

Muito pelo contrário, seguir a cartilha de quem detém o poder e o dinheiro global só garante que aqueles que recorrem ao FMI pela primeira vez, seguindo suas “dicas”, dificilmente deixarão de comparecer, repetidas vezes, com o pires na mão. 

O FMI é a agiotagem em sua pior versão, garantindo que seus “clientes” nunca deixem de tocar sua campainha, gerando dependência eterna em vez de desenvolvimento autônomo. Precisamos romper essa lógica que mantém nações inteiras reféns de dívidas impagáveis, abrindo espaço para políticas econômicas que coloquem a dignidade e o bem-estar dos povos acima dos interesses de uma minoria que lucra com a crise e a fome.

quarta-feira, 23 de julho de 2025

BRICS 2025 no Brasil: O Avanço da Desdolarização e o Fim da Hegemonia Global dos EUA?

[Murat Gök/Agência Anadolu]

Dag Vulpi - 23/07/25

Na cúpula histórica do BRICS no Rio, Lula, Dilma e líderes do Sul Global consolidaram uma nova fase de desdolarização, ampliaram alianças e mostraram que a ordem unipolar liderada pelos EUA está cada vez mais enfraquecida. Saiba por que Trump teme tanto o avanço do BRICS e como este movimento pode mudar seu dia a dia.

A cúpula do BRICS de 2025, realizada no Rio de Janeiro, foi mais do que um encontro diplomático: foi um marco na transição do mundo unipolar, hegemonizado pelo dólar e pela dominação militar dos EUA, para uma ordem multipolar baseada na cooperação e no respeito à soberania entre os povos do Sul Global.

Líderes como Lula e Dilma Rousseff reafirmaram o compromisso do Brasil com a desdolarização e com o fortalecimento do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), que sob a liderança de Dilma amplia financiamentos em moedas locais, reduzindo a dependência do dólar. O banco recebeu a adesão histórica da Colômbia sob Gustavo Petro, rompendo décadas de submissão automática aos EUA e fortalecendo a autonomia regional.

Enquanto isso, Trump e parte da elite norte-americana intensificam ameaças tarifárias e ataques políticos ao Brasil e aos países do BRICS, temendo o enfraquecimento do poder imperial do dólar. Em resposta, Lula reafirmou a soberania brasileira, lembrando que o Brasil possui alternativas comerciais com a China e os países do BRICS e não aceitará ser submisso às pressões de Washington.

A China e a Rússia, embora presentes de forma simbólica nesta cúpula, mostraram que o BRICS não é dominado por potências isoladas, mas representa uma coalizão do Sul Global e parceiros estratégicos, retomando o espírito do Movimento dos Não Alinhados e da Conferência de Bandung de 1955. O BRICS atua hoje como a voz da maioria global, lutando contra o imperialismo e promovendo o direito ao desenvolvimento soberano.

Além do NDB, o BRICS fortalece o Arranjo Contingente de Reservas (CRA), alternativa ao FMI, para apoiar países em dificuldades sem imposições políticas. Iniciativas como a Nova Plataforma de Investimentos (NIP) buscam alternativas de investimento para superávits comerciais fora dos títulos do Tesouro dos EUA. Também avança a criação de mecanismos de pagamentos interbancários e transfronteiriços que dispensam o SWIFT, sinalizando a construção de um sistema financeiro global mais justo.

Dilma lembrou que a desdolarização não ocorre de um dia para o outro, mas os acordos entre Rússia, China, Irã, Índia e entre países da ASEAN já demonstram que esse processo está em curso, reduzindo gradativamente a hegemonia do dólar no comércio, nos investimentos e nos fluxos de capital globais.

A proposta de Lula de uma nova moeda de reserva global para o BRICS é ambiciosa, mas a verdadeira revolução está na prática: no fortalecimento de relações bilaterais em moedas locais e na independência econômica dos países do Sul Global frente à chantagem de sanções e ao controle financeiro exercido pelos EUA.

O BRICS, com a força do Sul Global e aliados estratégicos, caminha para construir uma nova ordem global verdadeiramente democrática, sem a imposição de vetos de potências coloniais, sem guerras de agressão e sem a ditadura do dólar. Um mundo onde o Brasil e outros povos podem levantar a cabeça e dizer: “Nós escolhemos nosso caminho.”

O avanço do BRICS é um alerta ao império norte-americano e uma esperança para quem defende um mundo multipolar, justo e livre da opressão imperialista.

terça-feira, 15 de julho de 2025

O Fim da Hegemonia do Dólar? Entenda o que os BRICS Estão Fazendo e Como Isso Pode Mudar o Mundo

Você já parou para pensar por que quase tudo no mundo é comprado e vendido em dólar, mesmo entre países que não têm nada a ver com os Estados Unidos? Pois é, os BRICS estão querendo mudar isso, e se conseguirem, o comércio mundial pode nunca mais ser o mesmo.

Por que o dólar domina o comércio mundial?

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o dólar se consolidou como a moeda padrão para transações internacionais. Isso significa que, mesmo quando o Brasil vende soja para a China ou quando a Índia compra petróleo da Rússia, geralmente a operação acontece em dólar.

Esse sistema surgiu nos Acordos de Bretton Woods (1944) e foi reforçado pelo poder econômico e militar dos EUA. Com isso, os EUA ganham vantagens como:

✅ Imprimir a moeda que o mundo todo usa;
✅ Atrair investimentos para seus títulos e bancos;
✅ Aplicar sanções econômicas com mais facilidade contra países que não seguem seus interesses.

O que os BRICS estão planejando?

Os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), agora com novos membros como Irã, Egito e Etiópia, estão discutindo formas de reduzir a dependência do dólar nas transações comerciais entre os membros. Isso pode acontecer de duas formas:

1️⃣ Uso de moedas locais nas trocas comerciais;
2️⃣ Criação de uma moeda própria para transações entre os BRICS.

O que pode mudar com isso?

Caso essa iniciativa avance, podemos ter:

Menos demanda global por dólares, reduzindo a hegemonia dos EUA;
Maior autonomia para os países, que deixam de depender do dólar para importar ou exportar;
Menos poder de sanções dos EUA, já que as transações passam a ocorrer fora do sistema financeiro controlado pelos americanos;
Possível reconfiguração da economia global, tornando-a mais multipolar.

Mas é tão fácil assim?

Não. O sistema atual está profundamente enraizado, e a transição para um novo modelo exige:

🔹 Confiança entre os países;
🔹 Infraestrutura financeira robusta;
🔹 Sistemas de pagamento alternativos ao SWIFT.

Além disso, os mercados podem reagir com instabilidade durante o processo, exigindo ajustes de bancos, empresas e governos.

Por que isso é importante para você?

📈 Essa mudança afeta diretamente o valor das moedas, investimentos internacionais e a economia de países como o Brasil.
⚖️ Pode reduzir a vulnerabilidade do país a flutuações do dólar e criar mais espaço para o desenvolvimento de políticas econômicas soberanas.

Conclusão:

A iniciativa dos BRICS de abandonar o dólar como moeda de câmbio não é apenas um detalhe técnico: é uma tentativa de redesenhar o sistema de comércio mundial que perdura há mais de 70 anos.

Se der certo, o dólar pode deixar de ser o “rei do comércio”, abrindo espaço para uma nova ordem econômica global.

E você, o que pensa sobre isso?
💬 Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe este artigo com quem precisa entender o que realmente está acontecendo no mundo.

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