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terça-feira, 15 de julho de 2025

O Fim da Hegemonia do Dólar? Entenda o que os BRICS Estão Fazendo e Como Isso Pode Mudar o Mundo

Você já parou para pensar por que quase tudo no mundo é comprado e vendido em dólar, mesmo entre países que não têm nada a ver com os Estados Unidos? Pois é, os BRICS estão querendo mudar isso, e se conseguirem, o comércio mundial pode nunca mais ser o mesmo.

Por que o dólar domina o comércio mundial?

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o dólar se consolidou como a moeda padrão para transações internacionais. Isso significa que, mesmo quando o Brasil vende soja para a China ou quando a Índia compra petróleo da Rússia, geralmente a operação acontece em dólar.

Esse sistema surgiu nos Acordos de Bretton Woods (1944) e foi reforçado pelo poder econômico e militar dos EUA. Com isso, os EUA ganham vantagens como:

✅ Imprimir a moeda que o mundo todo usa;
✅ Atrair investimentos para seus títulos e bancos;
✅ Aplicar sanções econômicas com mais facilidade contra países que não seguem seus interesses.

O que os BRICS estão planejando?

Os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), agora com novos membros como Irã, Egito e Etiópia, estão discutindo formas de reduzir a dependência do dólar nas transações comerciais entre os membros. Isso pode acontecer de duas formas:

1️⃣ Uso de moedas locais nas trocas comerciais;
2️⃣ Criação de uma moeda própria para transações entre os BRICS.

O que pode mudar com isso?

Caso essa iniciativa avance, podemos ter:

Menos demanda global por dólares, reduzindo a hegemonia dos EUA;
Maior autonomia para os países, que deixam de depender do dólar para importar ou exportar;
Menos poder de sanções dos EUA, já que as transações passam a ocorrer fora do sistema financeiro controlado pelos americanos;
Possível reconfiguração da economia global, tornando-a mais multipolar.

Mas é tão fácil assim?

Não. O sistema atual está profundamente enraizado, e a transição para um novo modelo exige:

🔹 Confiança entre os países;
🔹 Infraestrutura financeira robusta;
🔹 Sistemas de pagamento alternativos ao SWIFT.

Além disso, os mercados podem reagir com instabilidade durante o processo, exigindo ajustes de bancos, empresas e governos.

Por que isso é importante para você?

📈 Essa mudança afeta diretamente o valor das moedas, investimentos internacionais e a economia de países como o Brasil.
⚖️ Pode reduzir a vulnerabilidade do país a flutuações do dólar e criar mais espaço para o desenvolvimento de políticas econômicas soberanas.

Conclusão:

A iniciativa dos BRICS de abandonar o dólar como moeda de câmbio não é apenas um detalhe técnico: é uma tentativa de redesenhar o sistema de comércio mundial que perdura há mais de 70 anos.

Se der certo, o dólar pode deixar de ser o “rei do comércio”, abrindo espaço para uma nova ordem econômica global.

E você, o que pensa sobre isso?
💬 Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe este artigo com quem precisa entender o que realmente está acontecendo no mundo.

As origens das reservas de ouro dos EUA na época do acordo de Bretton Woods


Dag Vulpi

No período pós-Segunda Guerra Mundial, as nações do mundo buscavam estabelecer um novo sistema monetário internacional estável para evitar as dificuldades enfrentadas durante a Grande Depressão da década de 1930. Esse esforço culminou na criação do Acordo de Bretton Woods, firmado em julho de 1944, nos Estados Unidos.

Uma das questões centrais abordadas no acordo era a definição de uma reserva internacional confiável. O ouro, historicamente considerado como uma forma estável de valor, desempenhou um papel fundamental nesse contexto. Os Estados Unidos, sendo a principal potência econômica e detentora de uma quantidade significativa de ouro na época, assumiram um papel central na formação do sistema.

Durante a década de 1930, os EUA passaram por um período de crise econômica, conhecido como a Grande Depressão. Para estabilizar sua economia, o presidente Franklin D. Roosevelt adotou uma série de medidas, incluindo a proibição da posse privada de ouro e a desvalorização do dólar. O governo dos Estados Unidos implementou políticas que buscavam estimular a recuperação econômica e garantir a estabilidade financeira.

Com o início da Segunda Guerra Mundial, muitas nações transferiram suas reservas de ouro para os Estados Unidos por questões de segurança. A neutralidade dos Estados Unidos no início do conflito permitiu que o país fosse visto como um refúgio seguro para o ouro de outras nações, evitando o risco de perda durante a guerra.

No período que antecedeu o Acordo de Bretton Woods, os Estados Unidos acumularam uma quantidade substancial de ouro em suas reservas. As reservas de ouro dos EUA cresceram ainda mais com a venda de títulos do Tesouro norte-americano para financiar os esforços de guerra dos Aliados.

Com o estabelecimento do Acordo de Bretton Woods, foi acordado que o dólar dos Estados Unidos seria a principal moeda de reserva internacional. Os países participantes concordaram em fixar suas moedas em relação ao dólar, enquanto os Estados Unidos garantiam a conversibilidade do dólar em ouro a uma taxa fixa de US$ 35 por onça.

Essa fixação do valor do dólar em relação ao ouro deu aos países confiança na estabilidade da moeda americana e facilitou o comércio internacional. No entanto, ao longo dos anos, o aumento dos gastos do governo norte-americano, especialmente durante a Guerra do Vietnã, levou a um déficit crescente na balança de pagamentos dos Estados Unidos e a uma diminuição das reservas de ouro.

Em 1971, o presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, suspendeu a convertibilidade do dólar em ouro, encerrando efetivamente o sistema de Bretton Woods. A partir desse momento, o dólar flutuou livremente em relação a outras moedas, e o ouro deixou de ser o principal respaldo das reservas internacionais.

No entanto, mesmo após o fim do sistema de Bretton Woods, as reservas de ouro dos Estados Unidos continuaram a ser uma parte importante das reservas internacionais e da política monetária global. As informações mais recentes, datadas de setembro de 2021, afirmavam que o país possuía aproximadamente 8.133,5 toneladas de ouro em suas reservas. Essa quantidade coloca os EUA como o país com as maiores reservas de ouro do mundo.

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