Dados
estavam no aparelho telefônico do ex-ministro Geddel Vieira e estão associados
à denúncia contra o presidente, por obstrução de justiça e organização
criminosa.
Assim
como os vídeos contendo depoimentos do delator e operador financeiro Lúcio Funaro,
outros materiais relacionados à segunda denúncia contra o presidente Michel
Temer, de autoria da Procuradoria Geral da República (PGR), foram
disponibilizados no site da Câmara dos Deputados.
Entre
eles está o número de celular do próprio Temer, além dos contatos pessoais de
um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF); de nove ministros do governo
Temer; um governador; cinco senadores; oito deputados; um prefeito; um ministro
do Tribunal de Contas da União (TCU); e de três dos principais investigados na
Lava Jato.
Todos
os dados, de acordo com informações de O Globo, estavam no aparelho telefônico
do ex-ministro Geddel Vieira, alvo de uma das fases da força-tarefa e que se
encontra preso, após a Polícia Federal (PF) encontrar R$ 51 milhões, em espécie,
em um apartamento utilizado por ele, em Salvador (BA).
O
compartilhamento das investigações associadas à denúncia foi autorizado pelo
STF. No entanto, um impasse foi criado após o relator da Lava Jato no Supremo,
Edson Fachin, afirmar que não havia retirado o sigilo da delação de Funaro e,
portanto, os vídeos não poderiam ter sido divulgados.
O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, alegou, no entanto, que conversou com
Fachin e a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, no dia 25 de setembro,
sobre o assunto. Ainda segundo O Globo, na reunião, Maia teria recebido a
orientação sobre o que era sigiloso e o que poderia ser divulgado. Procurada, a
Câmara reafirmou que esteve com Fachin e que a determinação dele em relação à
denúncia está sendo cumprida.
Ao
ser questionado sobre ter seu número divulgado no site da Câmara, dentro do
material apreendido com Geddel, Temer disse não ver problema. "Se você
ligar para qualquer ministro ou qualquer ex-ministro, ou qualquer deputado, vai
encontrar esse número também. Acho que centenas de pessoas têm esse número.
(...) Aliás, umas das críticas que eu recebo é que eu atendo o meu
celular", disse o presidente.
No
material divulgado também consta uma tentativa de contato de Geddel, enquanto
ainda era ministro da Secretaria de Governo, com Temer, que já era presidente,
por meio de um e-mail não-oficial.
A
Secretaria de Imprensa da Presidência afirma que o e-mail privado de Temer
segue ativo, mas é pouco utilizado. Segundo o órgão, ele é mantido porque a
conta vem desde a Vice-Presidência e porque "o sistema do Palácio do
Planalto nem sempre é o mais eficiente".
muito bom,todos ligando pra esses canalhas...
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