As
vendas do comércio lojista da cidade do Rio de Janeiro caíram 6,2% em agosto,
em comparação ao mesmo mês de 2016. Foram ouvidos cerca de 750 estabelecimentos
comerciais da capital fluminense. Essa foi a oitava redução consecutiva das
vendas do varejo, de acordo com a pesquisa Termômetro de Vendas, divulgada hoje
(26) pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro
(CDL Rio). “Nem o Dia dos Pais salvou o mês. Vamos ver agora em outubro,
com o Dia da Criança, o que vai ser”, lamentou o presidente do CDL Rio, Aldo
Gonçalves.
No
acumulado dos oito primeiros meses do ano, a retração das vendas atingiu 7,4%,
em relação a igual período do ano passado. Já comparativamente a julho de 2017,
a queda foi de 0,2%.
A
pesquisa aponta que todos os produtos do chamado ramo duro (bens duráveis)
tiveram queda de vendas, com as maiores reduções registradas nos segmentos
joias (-10,7%), óticas (-7,5%), eletrodomésticos (-6,9%) e móveis (-6,4%). No
ramo mole (bens não duráveis), apenas o segmento de calçados foi positivo
(0,7%). As maiores baixas no ramo mole foram observadas em tecidos (-5,1%) e
confecções (-3,2%).
Desemprego
“O
grande problema permanece, que é o desemprego, além da sensação de insegurança
da população que tem medo de perder o emprego amanhã. Isso tem afetado muito”,
disse Aldo Gonçalves. No caso do Rio de Janeiro, lembrou que há outros
agravantes, como a questão da segurança pública e da desordem urbana, com o
comércio informal de camelôs.
Para
o comércio voltar a crescer, Gonçalves acredita que o emprego tem que voltar a
ter números positivos no país. Ele considera a questão do desemprego “mortal”
para o comércio. “Quem não trabalha, não tem emprego, não pode comprar, não
pode consumir”.
Inadimplência
O
Termômetro de Vendas mostra crescimento de 1,6% da inadimplência em agosto, em
relação ao mesmo mês do ano passado, no comércio lojista da cidade do Rio de
Janeiro. Foi o menor índice para o mês desde 2015, de acordo com o Serviço
Central de Proteção ao Crédito (SCPC) do CDL Rio. As dívidas quitadas caíram
0,1% e as consultas recuaram 8,9%.
No
acumulado janeiro a agosto de 2017, ante o mesmo período de 2016, houve
expansão das dívidas quitadas e da inadimplência da ordem de 0,6% e 1,5%,
respectivamente, enquanto as consultas caíram 8,1%.
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