Os
nove deputados do PR, que votaram contra o parecer da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, que recomendava que não
fosse aceita admissibilidade da denúncia apresentada pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer, poderão
ser punidos pela legenda. Isso porque o partido havia fechado questão a favor
da aprovação em plenário do parecer da CCJ.
A
bancada do PR tem 40 deputados e integra a base de apoio do governo. O partido
ocupa o Ministério dos Transportes com o deputado Maurício Quintella (AL).
Em nota à imprensa, a Executiva Nacional do PR informou que vai notificar
os casos de desobediência ao Conselho de Ética e Disciplina do partido para que
sejam tomadas as providências necessárias para a punição dos deputados, que
descumpriram a decisão partidária.
Ontem
(2), na votação do parecer da CCJ, contrário à autorização para a investigação
do presidente da República, votaram a favor do parecer 263 deputados e 227,
contra. Com isso, a Câmara não autorizou o Supremo Tribunal Federal a abrir
processo de investigação contra o presidente.
“O
Conselho de Ética e Disciplina do PR procederá à abertura de processo
disciplinar que, ao arbitrar pena pela desobediência ao fechamento de questão,
tratará o comportamento do parlamentar no curso de outras votações como fator
agravante ou atenuante”, diz ainda a nota divulgada pelo partido.
O
PR acrescenta que, “encerrado o processo disciplinar, respeitando o direito de
ampla defesa, o parlamentar estará sujeito a sanções previstas no Estatuto,
segundo a gravidade da conduta apurada, além de punições que retiram do
parlamentar a preferência na composição das comissões permanentes da Câmara e o
impedimento prévio para relatorias e presidências”.
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Dag Vulpi