A
Coreia do Norte anunciou hoje (8) que China e Rússia, dois de seus aliados mais
próximos, e outros países que apoiaram as últimas sanções da Organização das
Nações Unidas (ONU) contra o regime coreano por seus testes de mísseis,
deveriam "sentir vergonha" e "pagar caro" por isso.
Em
um texto publicado pela agência estatal de notícias Kcna, o regime lembrou que
o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerado pela Coreia do Norte
como o principal promotor das sanções, "estendeu seu agradecimento à China
e à Rússia por sua cooperação na adoção da resolução".
Os
países que apoiaram as sanções, segundo os coreanos do norte, o fizeram
"após abandonar suas crenças, suas consciência e obrigações, e deveriam
sentir vergonha perante a consciência do mundo, deveriam refletir profundamente
sobre os seus erros diante do tribunal severo da história e da humanidade e
pagar caro por isso".
Sanções aprovadas por
unanimidade
O
documento também acusa os 15 países que integram o Conselho de Segurança da ONU,
que apoiaram por unanimidade as sanções, de "estarem assustados pelas
ameaças dos Estados Unidos”.
Não
é habitual que a Coreia do Norte se dirija com tanta dureza aos governos da
China e Rússia, dois membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU com
direito a veto, mas que, assim como os outros 13 integrantes do órgão, deram
autorização para as novas sanções.
O
comentário parece refletir a deterioração das relações coreanas com seu entorno
mais próximo diante da escalada de seus testes de armas e também sua raiva por
esta nova punição da ONU.
A
resolução - aprovada no sábado - reduz em até US$ 1 bilhão por ano os
investimentos que o regime de Pyongyang obtém com as exportações.
O
texto inclui o veto às exportações de carvão da Coreia do Norte, o que
representará ao país a perda de US$ 401 milhões por ano; de ferro (US$ 250
milhões); chumbo (US$ 110 milhões) e mariscos (US$ 300 milhões), entre outras
medidas contra empresas e entidades que apoiem os programas armamentistas do
país.
As
sanções da ONU são uma resposta ao primeiro míssil balístico intercontinental
que o regime lançou no dia 4 de julho, um feito armamentista seguido pelo
lançamento de um segundo projétil deste tipo em 28 de julho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi