quinta-feira, 6 de julho de 2017

PF encerra grupo de trabalho exclusivo da Lava Jato e da Carne Fraca no PR


Com o fim do seu propósito a operação lava jato, conforme já esperado, vai definhando e caminhando rumo ao seu triste fim. Mas equivoca-se quem imaginar que a operação está acabando sem cumprir seu proposito. Certamente que alguns menos avisados influenciados por outros muito bem avisados, dirão que foi o Lula e a esquerda de uma forma geral, que causaram seu fim, mas na realidade, quem possui um pouquinho de discernimento acompanhado de bom senso e seriedade com tudo que envolve a justeza, sabe que a tal “operação” somente chegou ao seu fim por três motivos, o primeiro é pelo fato de ter conseguido mandar para a cadeia alguns dos "inimigos" do sistema, de terem conseguido colaborar na derrubada de um governo que não interessava aos propósitos daqueles que tomaram o poder e, principalmente, a operação chega ao seu fim pelo fato de ter perdido o controle e de estar indo além dos seus propósitos ao indicar inconscientemente o caminho que leva aos verdadeiros e maiores corruptos do país, que não por acaso coincide exatamente com os idealizadores da operação.

A Polícia Federal (PF) informou hoje (6) que os delegados federais designados para o grupo de trabalho responsável por investigar exclusivamente os fatos relacionados à Operação Lava Jato no Paraná serão reintegrados à Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas, passando a dividir seu tempo com outras investigações.

Segundo a PF, a decisão se aplica também ao grupo de trabalho no estado que se dedica à Operação Carne Fraca, que apura indícios da participação de agentes públicos em um suposto esquema fraudulento que permitia que alimentos com indícios de adulteração fossem comercializados sem serem devidamente fiscalizados.

A Polícia Federal informou que o fim dos grupos e reintegração à Delegacia de Combate à Corrupção é “priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, permitindo o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilitando o intercâmbio de informações”. 

“Com a nova sistemática de trabalho, nenhum dos delegados atuantes na Lava Jato terá aumento de carga de trabalho, que será reduzida em função da incorporação de novas autoridades policiais”, diz a PF em nota em que explica que a decisão de integrar os grupos à delegacia coube ao delegado regional de Combate ao Crime Organizado do Paraná, Igor Romário de Paula, coordenador da Operação Lava Jato no estado, e foi corroborada pelo Superintendente Regional, delegado Rosalvo Franco.

Críticas
A extinção dos grupos de trabalho, sobretudo do dedicado à Lava Jato, gerou críticas à corporação e ao governo federal. Em sua conta pessoal em uma rede social, o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba (PR), disse que a operação “deixou de existir”. Segundo Lima, assim como faltam recursos financeiros para a PF continuar emitindo passaportes, faltam verbas para “trazer delegados” - referindo-se à contratação de pessoal para suprir vagas abertas nos últimos anos.

“Políticos querendo dificultar as investigações. Se não formos vigilantes, acontecerá no Brasil o mesmo que aconteceu na Itália, onde, hoje, é mais difícil investigar e punir um corrupto do que era antes da Operação Mãos Limpas”, escreveu o procurador, referindo-se à operação italiana deflagrada em 1992 para investigar casos de corrupção e que, além de levar centenas de pessoas à cadeia, incluindo muitos políticos, serviu de exemplo para os membros da Lava Jato.

Segundo a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), há três anos nenhum novo delegado federal é contratado. No último concurso público, de 2012, 120 dos 150 aprovados para as vagas em aberto foram convocados. A entidade preferiu não se manifestar a respeito da decisão da corporação de extinguir os grupos de trabalho.


Em sua nota, a PF garante que o efetivo no Paraná é adequado à demanda e será reforçado caso seja necessário e que o modelo que será seguido já é adotado por outras superintendências que também investigam fatos relacionados a operações desmembradas a partir da Lava Jato, como Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.

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Dag Vulpi

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