
Com
o fim do seu propósito a operação lava jato, conforme já esperado, vai
definhando e caminhando rumo ao seu triste fim. Mas equivoca-se quem imaginar
que a operação está acabando sem cumprir seu proposito. Certamente que alguns
menos avisados influenciados por outros muito bem avisados, dirão que foi o
Lula e a esquerda de uma forma geral, que causaram seu fim, mas na realidade,
quem possui um pouquinho de discernimento acompanhado de bom senso e seriedade
com tudo que envolve a justeza, sabe que a tal “operação” somente chegou ao seu
fim por três motivos, o primeiro é pelo fato de ter conseguido mandar para a
cadeia alguns dos "inimigos" do sistema, de terem conseguido
colaborar na derrubada de um governo que não interessava aos propósitos
daqueles que tomaram o poder e, principalmente, a operação chega ao seu fim
pelo fato de ter perdido o controle e de estar indo além dos seus propósitos ao
indicar inconscientemente o caminho que leva aos verdadeiros e maiores
corruptos do país, que não por acaso coincide exatamente com os idealizadores
da operação.

Segundo
a PF, a decisão se aplica também ao grupo de trabalho no estado que se dedica à
Operação Carne Fraca, que apura indícios da participação de agentes públicos em
um suposto esquema fraudulento que permitia que alimentos com indícios de
adulteração fossem comercializados sem serem devidamente fiscalizados.
A
Polícia Federal informou que o fim dos grupos e reintegração à Delegacia de
Combate à Corrupção é “priorizar ainda mais as investigações de maior potencial
de dano ao erário, permitindo o aumento do efetivo especializado no combate à
corrupção e lavagem de dinheiro e facilitando o intercâmbio de
informações”.
“Com
a nova sistemática de trabalho, nenhum dos delegados atuantes na Lava Jato terá
aumento de carga de trabalho, que será reduzida em função da incorporação de
novas autoridades policiais”, diz a PF em nota em que explica que a decisão de
integrar os grupos à delegacia coube ao delegado regional de Combate ao Crime
Organizado do Paraná, Igor Romário de Paula, coordenador da Operação Lava Jato
no estado, e foi corroborada pelo Superintendente Regional, delegado Rosalvo
Franco.
Críticas
A
extinção dos grupos de trabalho, sobretudo do dedicado à Lava Jato, gerou
críticas à corporação e ao governo federal. Em sua conta pessoal em uma rede
social, o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra
a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba (PR), disse que a operação “deixou de
existir”. Segundo Lima, assim como faltam recursos financeiros para a PF continuar
emitindo passaportes, faltam verbas para “trazer delegados” - referindo-se
à contratação de pessoal para suprir vagas abertas nos últimos anos.
“Políticos
querendo dificultar as investigações. Se não formos vigilantes, acontecerá no
Brasil o mesmo que aconteceu na Itália, onde, hoje, é mais difícil investigar e
punir um corrupto do que era antes da Operação Mãos Limpas”, escreveu o
procurador, referindo-se à operação italiana deflagrada em 1992 para investigar
casos de corrupção e que, além de levar centenas de pessoas à cadeia, incluindo
muitos políticos, serviu de exemplo para os membros da Lava Jato.
Segundo
a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), há três anos
nenhum novo delegado federal é contratado. No último concurso público, de 2012,
120 dos 150 aprovados para as vagas em aberto foram convocados. A entidade
preferiu não se manifestar a respeito da decisão da corporação de extinguir os
grupos de trabalho.
Em
sua nota, a PF garante que o efetivo no Paraná é adequado à demanda e será
reforçado caso seja necessário e que o modelo que será seguido já é adotado por
outras superintendências que também investigam fatos relacionados a operações
desmembradas a partir da Lava Jato, como Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito
Federal.
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