O
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez hoje (11) um
apelo para que a denúncia contra o presidente Michel Temer seja votada “o mais
breve possível” pela Casa. Maia disse que a denúncia é “grave” e que “o Brasil
não pode parar” por causa da tramitação do processo.
“Eu
faço um apelo para que a gente possa respeitar qualquer acordo que tenha sido
feito e possa avançar na votação do parecer [sobre a denúncia] no prazo
mínimo que foi acordado entre os membros da comissão [de Constituição e
Justiça],. É importante que a comissão vote e que o plenário vote o parecer, o
Brasil não pode ficar parado. É uma denúncia contra o presidente da República,
é grave, eu espero que a gente consiga votar essa matéria o mais breve
possível”, disse.
O
parecer favorável à admissibilidade da denúncia, apresentado pelo deputado
Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), ainda está sendo analisado pelos membros da CCJ da
Câmara e ali deve ser votado até a próxima sexta-feira (14). Se aprovado, o
parecer segue diretamente para o plenário da Câmara. O presidente Michel Temer
foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por corrupção
passiva.
Fechamento de questão
Em
reunião amanhã (12), a Executiva Nacional do PMDB decidirá se fecha
questão em torno da votação da denúncia contra Temer na CCJ. Segundo o
vice-líder do governo na Casa, Carlos Marun (PMDB-MS), a tendência é que
o PMDB, partido de Temer, decida por fechar questão pelo voto contrário ao
prosseguimento da denúncia. O fechamento de questão significa que o partido
orienta seus membros sobre como devem votar determinado tema. Quem não seguir a
ordem pode ser punido.
Maia
espera que a denúncia já possa ser votada pelo plenário no início da próxima
semana. Ele admitiu que o quórum necessário para aprovação da matéria é alto.
Para ser aprovada, a denúncia precisa do apoio de pelo menos 342 deputados, o
que representa dois terços do total de 513 deputados.
O
parlamentar ressaltou que não gostaria de deixar a matéria para ser apreciada
em agosto, mas recusou-se a dizer se poderia ser suspenso o recesso parlamentar
da Câmara, previsto para começar na próxima semana. A suspensão impediria a
votação em plenário. “Se atrasarmos essa votação, quem perde é o Brasil,
independentemente do resultado”, afirmou Rodrigo Maia.
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