O
presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da
Câmara, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), disse hoje (4) que a comissão pode
concluir a apreciação da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República
contra o presidente Michel Temer até o próximo dia 12. Se a data se confirmar,
o plenário da Câmara poderá iniciar a discussão do processo no dia 13 e
encerrar antes do recesso parlamentar, previsto para começar no dia 18, como
defendem os aliados do governo.
“É
possível, sob o ponto de vista regimental, e dependendo do cumprimento dos
prazos pela defesa [do presidente], da apresentação do parecer do relator e da
própria dinâmica da discussão. Possível regimentalmente é, desde que se cumpra
fielmente o que determina o regimento”, disse o presidente da CCJ.
Em
relação aos requerimentos da oposição para que a CCJ realize audiências pública
para ouvir dentre outros, o empresário Joesley Batista, autor da gravação com o
presidente no Palácio do Jaburu, e o procurador-geral Rodrigo Janot, o deputado
informou que está avaliando jurídica e regimentalmente para verificar se os
requerimentos de convocação de depoentes podem ser admitidos.
“A
princípio, a tarefa e missão constitucional da Câmara dos Deputados é emitir
parecer sobre a admissibilidade do processamento criminal do presidente da
República no âmbito do Supremo Tribunal Federal. Em tese, a princípio, não
caberia dilação probatória no âmbito da Câmara”, disse.
Rodrigo
Pacheco informou, ainda, que deverá assegurar à defesa do presidente se
manifestar logo após a apresentação do parecer pelo relator e também ao final
das discussões do parecer pelos deputados. “Quanto mais se puder garantir a
ampla defesa, mais se garantirá a lisura do processo”, defendeu.
Relator
O
presidente da CCJ disse que o nome do relator já está definido, mas que só será
divulgado por volta das 18h. Segundo ele, o critério da escolha foi o de ter
conhecimento jurídico sólido para dar parecer com critério técnico em relação
ao assunto. Também foram observados os critérios de independência, de não estar
intimamente ligado ao governo nem à oposição, para que possa levar o processo
com isenção e competência.
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