O
empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, retornou ao Brasil
no último domingo (11) e prestou novo depoimento à Procuradoria-Geral da
República no Distrito Federal (PGR-DF) na manhã de segunda-feira (12). As
informações constam de uma nota divulgada pela assessoria do empresário e pela
PGR-DF.
Segundo
procuradoria, o empresário prestou esclarecimentos adicionais ao procurador
Ivan Cláudio Marx, dentro do inquérito que apura o suposto recebimento de
recursos ilegais no exterior pelo PT, por intermédio do ex-ministro da Fazenda
Guido Mantega.
“Os
recursos, originários de contratos com o BNDES [Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social], Funcef e Petros [fundos de pensão
estatais], teriam contas no exterior como garantia, cujos extratos seriam
mostrados por Mantega aos ex-presidentes Lula e Dilma”, diz a nota da PGR-DF.
Os
repasses foram relatados em depoimentos anteriores feitos por Joesley ao
Ministério Público Federal (MPF), e do executivo Ricardo Saud, diretor do
frigorífico JBS, uma das empresas do grupo. As informações foram então repassadas
ao Supremo Tribunal Federal (STF), que remeteu as investigações à primeira
instância da Justiça.
Segundo
informações repassadas pelo MPF ao Supremo, os delatores informaram que cada um
dos ex-presidentes tinha uma conta distinta no exterior. Do total, US$ 50
milhões teriam sido destinados a Lula e US$ 30 milhões a Dilma.
China
A
nota da assessoria do empresário informa que, após a divulgação de sua delação
premiada, Joesley Batista viajou para a China e não para “passear na Quinta
Avenida, em Nova York, ao contrário do que chegou a ser noticiado e
caluniosamente dito até pelo presidente da República”.
Segundo
a nota, o empresário participou de reuniões de trabalho em Brasília, na
segunda-feira, e em São Paulo, na terça. O texto informa que Joesley continua a
morar e a criar seus filhos no Brasil.
O
empresário saiu do país em um jatinho particular pouco depois da divulgação de
gravações feitas por ele de uma conversa com o presidente Michel Temer. O áudio
motivou a abertura de um inquérito contra o presidente no STF.
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