O Supremo Tribunal Federal (STF) deve divulgar por volta das 12h a íntegra da delação premiada dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos do grupo JBS, controlador do frigorífico Friboi. Os depoimentos preencheram cerca de 2 mil páginas, e as oitivas foram gravadas em vídeo.
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Ontem
(18), após retirar o sigilo dos depoimentos, o STF divulgou o áudio gravado
pelo empresário Joesley Batista em uma reunião com o presidente Michel Temer. A
prova faz parte da investigação que foi aberta contra o presidente na Suprema
Corte. Também foram citados os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Zezé Perrela
(PMDB-MG), além de pessoas ligadas a eles, no entanto, essa parte ainda não
havia sido divulgada oficialmente.
O
áudio tem cerca de 40 minutos. Na conversa, Temer e Batista conversam sobre o
cenário político, os avanços na economia e também citam a situação do
ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que foi preso na Operação Lava Jato, por
volta dos 11 minutos. Ouça o áudio abaixo.
Em
pronunciamento na tarde de ontem, Temer afirmou que não irá renunciar
ao cargo e exigiu uma investigação rápida na denúncia em que é citado, para que
seja esclarecida. "Não renunciarei. Repito não renunciarei", afirmou.
Sem
seguida, em nota divulgada à imprensa, o Palácio do Planalto informou que o
presidente não acreditou na veracidade das declarações de Joesley.
“O
presidente Michel Temer não acreditou na veracidade das declarações. O
empresário estava sendo objeto de inquérito e por isso parecia contar vantagem.
O presidente não poderia crer que um juiz e um membro do Ministério Público
estivessem sendo cooptados”, disse a assessoria do Palácio do Planalto, em
nota. A expectativa do governo é que o STF investigue e arquive o inquérito”,
diz a nota.
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