O
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) informou
hoje, no Rio de Janeiro, que o momento político vivido pelo país levou o
Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) a subir 9,3 pontos em maio,
passando para 128,1 pontos. Em abril, ele estava em 118,8.
Saiba
Mais:
O
economista Pedro Costa Ferreira, da Fundação Getúlio Vargas, disse que essa
elevação de incerteza da economia verificada em maio inverteu uma tendência de
queda do indicador, que vinha ocorrendo nos meses anteriores.
Segundo
ele, “essa mudança de trajetória pode ser creditada quase que totalmente à
crise política deflagrada pela divulgação da gravação de conversa do presidente
Temer com o empresário Joesley Batista. Ou seja, a incerteza política gerando a
incerteza econômica”.
Para
o economista, “a ligação direta entre incerteza política e econômica deve-se,
em grande parte, à conexão que especialistas e a mídia econômica fazem entre a
estabilização da economia e a aprovação das reformas, principalmente a
previdenciária”.
Mídia e Mercado
O
Indicador de Incerteza da Economia Brasil (IIE-Br), divulgado pela FGV, avalia
que o aumento do indicador, relativo a maio, ocorreu nos componentes Mídia e
Mercado.
Segundo
o levantamento, o fator que mais influenciou a elevação foi o IIE-Br Mídia, com
alta de 8,5 e contribuição de 7,6 pontos para a evolução do IIE-Br no mês. Já o
IIE-Br Mercado subiu 14,9 pontos, contribuindo com 1,9 ponto para o crescimento
do indicador agregado de incerteza.
O
IIE-Br Expectativa foi o único componente que teve queda de 0,8 e impacto de
-0,2 ponto no IIE-Br.
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Dag Vulpi