Após
deixar o Ministério da Cultura, o deputado federal Roberto Freire (PPS-SP)
reassumiu hoje (19) a presidência nacional do Partido Popular Socialista que,
segundo ele, continuará apoiando o governo do presidente Michel Temer e as
reformas da Previdência e trabalhista, ambas propostas pelo Executivo. Freire
justificou a saída do ministério pelo fato de Temer não ter renunciado, como
foi sugerido pelo PPS. De acordo com o deputado, o partido nunca se furtou a
votar as reformas “que representam avanços para o país”.
“O
partido continua na sua luta pelas reformas que signifiquem avanços e garantam
um melhor desempenho do próprio governo e da nossa economia. Nesse sentido, o
partido continua firme apoiando as reformas deste governo de transição que
também possui o nosso apoio”, disse Freire.
Sobre
sua saída do ministério, Freire classificou a decisão de inevitável. “É bom que
o PPS compreenda que eu, por divergência na condução do processo, inclusive em
função da crise desses últimos dias, por conta do processo de delação que
atingiu a figura do presidente da República, não tive alternativa. O
afastamento [do Ministério da Cultura] se impunha.”
Ontem
(18), o presidente em exercício do partido, Davi Zaia, divulgou nota afirmando
que a legenda havia deixado a base aliada do governo. Na nota, o partido disse
que, diante da delação premiada “de sócios da JBS envolvendo o presidente
Michel Temer e da gravidade da denúncia”, decidiu deixar o governo federal.
Em
vídeo divulgado nesta sexta-feira, Freire disse que o PPS não rompeu com o
governo e que o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que é da legenda, vai
continuar à frente da pasta. “Não nos afastamos, nem rompemos com o governo”,
afirmou. “O partido admitiu a presença e continuidade do ministro da Defesa em
função de ser uma área sensível. Dito isso, fica esclarecida toda a nossa
posição: continuamos sendo o partido das reformas, apoiando a da Previdência, a
trabalhista e todas aquelas propostas pelo governo de transição para preparar o
Brasil para 2018.”
Reforma da Previdência
O
texto da reforma da Previdência aguarda votação no plenário da Câmara dos
Deputados. O relator da proposta, Arthur Maia (BA) é do PPS. Diante da crise
envolvendo o governo, Maia disse que “não há espaço” para avançar no tema.
“Certamente,
não há espaço para avançarmos com a reforma da Previdência no Congresso
Nacional nessas circunstâncias”, diz Maia. “É hora de arrumar a casa,
esclarecer os fatos obscuros, responder com verdade a todas as dúvidas do povo
brasileiro, punindo quem quer que seja, mostrando que vivemos em um país em que
a lei vale para todos.”
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Dag Vulpi