A
força-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) pediu ao
juiz federal Sérgio Moro para que sejam ouvidas mais três testemunhas de
acusação em um dos processos em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é
réu. O pedido se refere ao caso do trilplex do Guarujá (SP). O requerimento foi
enviado hoje (11) à Justiça Federal do Paraná (JFPR), um dia depois do
interrogatório de Lula em Curitiba.
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Segundo
o documento, durante os depoimentos de testemunhas e réus foram mencionados
nomes de pessoas que teriam conhecimento dos fatos investigados pela ação
penal. "A análise do conteúdo de referidos depoimentos demonstrou que se
faz de suma importância a oitiva das pessoas supramencionadas", completa o
MPF.
Um
dos nomes apontados pela força-tarefa é o de Joilson Santos Goes, funcionário
da OAS Empreendimentos. Ele foi citado durante o depoimento do ex-presidente da
empresa, Léo Pinheiro, como responsável pela criação do centro de custo
"2º Zeca Pagodinho (Praia)" que, segundo Pinheiro, foi utilizado pela
empreiteira para lançar as despesas relacionadas a Lula.
As
outras duas pessoas que o MPF deseja interrogar são a ex-funcionária da OAS,
Jéssica Monteiro Malzone, e o ex-executivo do Grupo Odebrecht, Marcio Faria. Os
procuradores pedem que Moro autorize a oitiva destas testemunhas antes da
próxima etapa do processo, a fase de alegações finais, que antecede a fase de
sentença.
Lula
é réu na ação em que é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões em propina por
conta de três contratos entre a OAS e a Petrobras. O MPF alega que os valores
foram repassados a Lula por meio da reforma de um apartamento no Guarujá e do
pagamento do armazenamento de bens de Lula, como presentes recebidos no período
em que era presidente. O ex-presidente é réu por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro. A defesa nega as acusações.
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