O
ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal
Federal (STF), retirou o sigilo das delações premiadas do casal de
publicitários João Santana e Mônica Moura, bem como de André Santana, auxiliar
de ambos. Os acordos haviam sido homologados - tornados juridicamente válidos -
no início de abril.
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Os
depoimentos dos três deram origem a 22 petições protocoladas pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, junto ao STF. É possível que os
documentos sejam solicitações para a abertura de novos inquéritos contra
pessoas com foro privilegiado na Corte, embora possam também se referir a
outros tipos de providências.
No
mesmo despacho em que retirou o sigilo, datado de ontem (10) e divulgado nesta
quinta-feira (11), Fachin deferiu também o pedido para a abertura de contas
judiciais, na qual deverão ser depositados R$ 6 milhões pelo casal, a título de
multas. Eles também perderam o saldo de contas na Suíça, no valor de US$ 21,6
milhões.
João
Santana e Mônica Moura foram os marqueteiros responsáveis pelas campanhas
eleitorais de Dilma Rousseff à Presidência em 2010 e 2014. Em depoimento ao
juiz Sérgio Moro, no mês passado, ambos afirmaram terem sido pagos pelos
serviços por meio de caixa dois. O dinheiro teve como origem a Odebrecht.
O
casal disse ter recebido ao menos R$ 15 milhões entre 2010 e 2011 como
pagamentos não registrados para a campanha do PT ao Planalto.
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