O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu hoje (31) que o
presidente Michel Temer poderá deixar de responder a perguntas que forem feitas
pela Polícia Federal (PF) sobre as citações a seu nome nas delações da JBS. O
presidente vai responder por escrito às perguntas da PF. Na mesma decisão,
Fachin negou novo pedido da defesa para suspender o depoimento à PF
até o fim da perícia de uma gravação que consta no processo.
Fachin
entendeu que não cabe um pronunciamento dele sobre o pedido feito pela defesa
para que Temer deixe de responder a perguntas que forem feitas pela PF sobre o
áudio em que o presidente foi gravado em uma conversa com o empresário Joesley
Batista, dono e delator da JBS. Para o ministro, o presidente tem o direito
constitucional de não produzir provas contra si.
Em
petição enviada a Fachin, relator do inquérito contra o presidente no STF, os
advogados sustentam que Temer não pode prestar depoimento porque ainda não foi
concluída a perícia que está sendo feita pela própria PF no áudio no qual
Joesley gravou uma conversa com o presidente. No caso de rejeição do primeiro
pedido, os advogados solicitaram autorização prévia para que Temer não fosse
inquirido sobre a gravação.
Depoimento por escrito
Ontem
(30), Fachin autorizou a PF a tomar o depoimento do presidente. De
acordo com a decisão, Temer deverá depor por escrito e terá 24 horas para
responder aos questionamentos dos delegados após receber as perguntas sobre as
citações nos depoimentos de delação da JBS.
Na
semana passada, a defesa de Temer recorreu ao Supremo para suspender a
tentativa da PF de ouvir o presidente, investigado na Corte após ter sido
citado nos depoimentos dos executivos da JBS. O pedido foi reiterado na manhã
de hoje.
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