Outros
quatro pedidos já haviam sido apresentados, um deles foi arquivado.
Por o Globo
RIO
— O pedido de impeachment do presidente Michel Temer feito pela Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) nesta quinta-feira foi o 13º apresentado desde o
último dia 17, depois que a gravação entre Temer e o dono da JBS, Joesley
Batista, foi revelada pelo GLOBO. Antes disso, outras quatro propostas de
impedimento já haviam sido protocoladas na Câmara dos Deputados, sendo que
uma delas foi arquivada (TUDO SOBRE A
"REPÚBLICA GRAMPEADA")
Cabe ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aprovar ou rejeitar os pedidos. Nesta quarta-feira, Maia afirmou que as solicitações não podem ser analisadas como em um "drive-thru".
Ainda
no dia 17 de maio, nas horas seguintes após as revelações sobre a delação da
JBS, dois pedidos foram apresentados, pelos deputados federais Alessandro
Molon (Rede-RJ) e João Henrique Caldas (PSB-AL), de acordo com informações da
Câmara.
No
dia seguinte, mais seis pedidos foram protocolados. Seus autores foram o
senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP); os deputado federais João Gualberto
Vasconcelos (PSDB-BA), Diego Garcia (PHS-PR) e Molon (que entrou com um segundo
pedido), o deputado estadual Major Araújo (PRP-GO) e Beatriz Vargas, professora
de Direito da Universidade de Brasília (UnB), que também entrou com dois
pedidos.
Também
entraram com propostas de impedimento os advogados Antônio Campos, irmão do
ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e Luís Carlos Crema, além de três
integrantes do Sindpúblicos (Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos
do Estado do Espírito Santo), Amarildo Batista Santos, Haylson de Oliveira e
Rodrigo da Rocha Rodrigues.
Todos
os 13 pedidos apresentados nos últimos dias são baseados na delação premiada de
executivos da JBS. Qualquer cidadão pode entrar com uma proposta de impedimento
do presidente.
Denúncia
de Calero motivou primeiro pedido.
O
primeiro pedido de impeachment contra o presidente foi apresentado no dia 28 de
novembro de 2016, pelo presidente do PSOL, Luiz Araújo.
Naquela
época havia outro escândalo: a denúncia feita pelo ex-ministro da Cultura
Marcelo Calero de que o então ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira
Lima (PMDB), o pressionou a interferir para liberação de empreendimento
imobiliário milionário, cuja construção estava impedida pelo Instituto do
Patrimônio Histório e Artístico Nacional (Iphan).
Na
denúncia, Calero também acusou Temer de reforçar a pressão. O presidente
confirmou que houve uma conversa com o antigo ministro, mas negou que o
tenha pressionado.
Nos
dias seguintes, outros dois pedidos foram protocolados com base na denúncia de
Calero, ambos por civis: José Manoel Ferreira Gonçalves e Alexandre Jose da
Conceição.
Em
fevereiro de 2014, um quarto pedido foi apresentado, dessa vez pelo Movimento
Estudantil Nova Mobilização. Baseado na "denúncia de crimes de
responsabilidade, atentado contra a Constituição e lesa-humanidade
diária", a proposta foi a única até aqui a ser arquivada por Rodrigo Maia.
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