Agência
Brasil
Deputados
paulistas e representantes de sindicatos patronais e de empregados participaram
ontem (10), na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), de audiência
pública sobre a reforma trabalhista. O deputado Antonio Goulart (PSD-SP),
primeiro vice-presidente da comissão que discute o tema na Câmara, disse que a
expectativa é que o relator do Projeto de Lei (PL) 6.787/16, Rogério Marinho
(PSDB-RN), finalize o trabalho até o dia 18. Ele destacou a necessidade de
mudança na lei por causa de transformações da sociedade. “O trabalhador que não se modernizar vai estar fora do mercado.”
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O
presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de
São Paulo, Antonio Ramalho, que é também deputado estadual pelo PSDB, é a favor
de mudanças na lei trabalhista. “O
negociado sobre o legislado, concordo plenamente desde que não seja obrigado.
Os sindicatos que têm condição de negociar, tanto trabalhadores quanto
empresários, maravilha.”
Ramalho
criticou, no entanto, o fim da contribuição sindical. “Vai prejudicar todo mundo, inclusive vocês, do patronal”, disse
ele, dirigindo-se à representante da Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp), Luciana Freire.
O
deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), por sua vez, elogiou a iniciativa de trazer
o tema ao debate, mas criticou a proposta. “Dizer
que, se não houver modernização, não haverá geração de empregos, chega a ser
cruel. Em 2013, o Brasil tinha o que os economistas chamam de pleno emprego,
quando a taxa fica abaixo de 5%. Qual era a lei? Esta lei de hoje”,
afirmou.
Para
Orlando Silva, este é o pior momento para propor uma reforma das leis
trabalhistas. “Há 13 milhões de
desempregados e, se observarmos os subempregados, estaremos falando de 20
milhões de brasileiros que vivem em condições muito difíceis. O debate que
fazemos é sobre esta realidade.”
A
diretora executiva jurídica da Fiesp, Luciana Freire, sustentou que o acordado
entre patrão e empregado sobre o legislado vai gerar empregos. “É um instrumento de desburocratização e
pode, sim, gerar mais empregos, porque traria mais segurança na relação entre
trabalhador e empregador na contratação e demissão. O empresário perde o medo
de empreender.”
Com
maior presença de entidades patronais na mesa, os participantes da audiência
destacaram ainda a necessidade de mudanças no encaminhamento dos processos
trabalhistas para conferir mais segurança jurídica ao empregador, entre outras
sugestões.
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