
O
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem (18) que, apesar das
mudanças na proposta original de reforma da Previdência feitas pelo relator da
matéria na Câmara, o deputado citado nas delações da operação lava jato, Arthur
Maia (PPS-BA), 70% do texto enviado pelo governo federal serão mantidos.
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“Dissemos que as mudanças não poderiam
comprometer uma percentagem muito grande do plano original, tinha que ser algo
que ficasse com um decréscimo de 30%, isto é, uma reforma superior a 70%
daquela que foi colocada no projeto original. Pelas nossas expectativas, isso
deve ser aprovado”, destacou o ministro após participar do encerramento de
uma conferência internacional promovida pelo Itaú em São Paulo.
Entre
as mudanças, que serão apresentadas no relatório a ser lido hoje (19)
por Maia, estão a redução de 49 para 40 anos do tempo de contribuição
necessário para ter direito ao teto da aposentadoria e a diferenciação da idade
mínima para que homens e mulheres se aposentem: 65 anos
para eles e 62 para elas.
Segundo
Meirelles, caso 70% do texto do governo não seja mantido pelo Congresso, serão
propostas medidas complementares para alcançar o equilíbrio das contas da
Previdência. “As medidas não estão na
mesa no momento porque a reforma está andando segundo o planejado.”
O
ministro negou que as mudanças no texto até agora representem derrotas para o
governo e disse que as alterações fazem parte do processo de negociação com os
parlamentares. “Não é uma questão de o
governo estar cedendo, não são atos do Executivo, é uma decisão, em última
análise, do Legislativo”, ressaltou. “Estamos
levando as argumentações, mostrando que não poderia haver mudanças muito
grandes, que prejudicassem o ajuste fiscal e o crescimento econômico, é um
trabalho de diálogo e esclarecimento da realidade fiscal do país.”
Mais
cedo, Meirelles tomou café da manhã com deputados da base aliada para discutir
a votação da reforma da Previdência e se disse confiante na aprovação das
mudanças. “Nós nos reunimos hoje pela
manhã com quase 300 deputados, isso nos dá ainda maior confiança de que a
reforma deve, de fato, ser aprovada, isso é muito importante porque é parte
crucial do nosso processo do ajuste fiscal do Brasil.”
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Dag Vulpi