Um
grupo de manifestantes contrários à reforma da Previdência tentou invadir a
Câmara de Deputados. Os manifestantes, em sua maioria policiais civis, chegaram
a passar pela chapelaria, entrada principal da Câmara que dá acesso aos salões
Negro e Verde. Eles quebraram parte dos vidros da portaria principal da Câmara,
mas foram contidos pela Polícia Legislativa, que formou uma barreira de
segurança e reagiu com bombas de gás lacrimogêneo.
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Após
a confusão, parte do grupo dirigiu-se à rampa do Congresso Nacional. Não há
informações sobre feridos ou detidos. A segurança nas portarias foi reforçada,
e a circulação entre o Senado e a Câmara está restrita. Após o tumulto, um
grupo de manifestantes entrou para uma reunião com o relator da reforma da
Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA).
Desde
o final da manhã, o grupo formado por cerca de 3 mil policiais civis, militares
e guardas municipais, entre outros profissionais da segurança pública,
posicionou-se em frente ao gramado do Congresso Nacional para protestar contra
a proposta de reforma da Previdência. O texto original encaminhado pelo governo
previa o fim da aposentadoria especial para a categoria. No Senado, as saídas
foram fechadas, e alguns manifestantes chegaram a bater nos vidros da entrada.
Mobilização
O
protesto foi organizado pela União de Policias do Brasil (UPB), que pretendia
protocolar um pedido de retirada dos policiais da proposta de reforma do
governo.
O
presidente da Frente Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luís Antônio
Boudens, informou que mantém contato com os demais líderes sindicais para que
recuem e não criem confusão com os policiais legislativos. A expectativa de
Boudens é de que, entre hoje e amanhã, haja uma “última tentativa de diálogo”
com o relator da PEC antes da apresentação do parecer, prevista para esta
quarta-feira (19).
Para
a Fenapef, as mudanças propostas pelo governo federal, mesmo com algumas
flexibilizações, ainda não agradam às categorias policiais. “A idade mínima não está em discussão para
nós. Já temos a previsão de aposentadoria por tempo de serviço, e o governo
quer criar uma segunda”, disse Boudens, acrescentando que as mobilizações
vão continuar se o relatório não for alterado de acordo com as sugestões dos
policiais. Para o próximo dia 28 está marcada uma greve geral contra as
reformas.
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