O
ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu por ao menos
48 horas o interrogatório do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que seria realizado
hoje (26) no inquérito em que o parlamentar é investigado por corrupção passiva
e lavagem de dinheiro, suspeito de participar de um esquema de corrupção em
Furnas, estatal do setor elétrico.
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A
defesa de Aécio havia pedido a suspensão do depoimento para que o parlamentar
pudesse ter acesso ao que foi dito por outras testemunhas já ouvidas no
processo. A Polícia Federal defendia, como estratégia de investigação, que o
senador fosse interrogado antes de tomar conhecimento de outros depoimentos
colhidos no inquérito.
“É direito do investigado tomar conhecimento
dos depoimentos já colhidos no curso do inquérito, os quais devem ser
imediatamente entranhados aos autos”, escreveu Gilmar Mendes, determinando
que todos os depoimentos já colhidos sejam juntados aos autos do processo, que
são públicos.
O
ministro não marcou nova data para que Aécio seja ouvido. O senador é alvo de
mais seis inquéritos criminais no Supremo, cinco dos quais foram abertos no
início do mês pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF.
"Desde
o ano passado, o senador tem se colocado à disposição das autoridades para
prestar todos os esclarecimentos necessários a provar a absoluta correção de todos
os seu atos", disse o advogado Alberto Zacharias Toron, que representa
Aécio Neves, por meio de nota.
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