Agência Brasil
O Indicador
Antecedente Composto da Economia (IACE) para o Brasil caiu 1,7% entre novembro
e dezembro de 2016, atingindo 101,2 pontos. O resultado foi divulgado hoje (18)
pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/IBRE) e
pelo The Conference Board (TCB), instituição norte-americana sem fins
lucrativos.
A queda foi a
primeira registrada em dez meses, segundo o superintendente de Estatísticas Públicas
do FGV/IBRE, Aloísio Campelo Júnior. No acumulado de janeiro a novembro de
2016, o indicador registra alta de 12,9 pontos.
O cálculo do
IACE leva em conta a Taxa referencial de Swap DI pré-fixada de 360 dias, o
Ibovespa e os índices de expectativas da indústria, dos serviços, do
consumidor, de produção física de bens de consumo duráveis, de termos de troca
e do comércio exterior e de quantum de exportações. Dos oito componentes, sete
contribuíram para a queda em dezembro.
Para janeiro,
há possibilidade de o IACE voltar a registrar alta por causa do comportamento
de alguns dos componentes usados no cálculo do indicador, segundo o analista da
FGV. “Por exemplo, a taxa de juros futura, a Swap de 360 dias, com essa queda
de juros [Selic], vai continuar caindo bem nos próximos meses. Produção de
duráveis está começando a melhorar e tende a colaborar positivamente com o
indicador. O Ibovespa já está subindo em janeiro. Essas sinalizações já mostram
que não é certo que este indicador vai continuar caindo em janeiro”, destacou.
ICCE
Já o Indicador
Coincidente Composto da Economia (ICCE) do Brasil, que mede as condições
econômicas atuais, subiu 0,3% entre novembro e dezembro de 2016 e chegou a 97,8
pontos. “É como se a economia estivesse aterrizando, no sentido de ainda não
está crescendo, mas está parando de cair. O Coincidente está sinalizando que
nesta virada de ano a economia está parando de cair e entrando em um ritmo de
crescimento nulo, que pode preceder um avanço”, disse Campelo Júnior.
De acordo com
o professor, a recuperação pode se tornar mais lenta por causa dos fatores que
levaram a economia brasileira a este estágio. O nível de endividamento das
famílias, por exemplo, dificulta a contração de novos empréstimos para bens
duráveis, imóveis ou automóveis.
Ainda assim,
segundo o superintendente do FGV/IBRE, é possível que o país saia da recessão
ainda este ano. “A economia tende a crescer próxima a zero no primeiro semestre
e positivamente no segundo semestre. Com isso, pelo critério tradicional de
período de expansão e recessão, a economia sairia da recessão ao longo do ano.
Só que seriam crescimentos ainda baixos.”
Indicadores
O IACE foi
criado em julho de 2013 com a intenção de antecipar a direção da economia
brasileira no curto prazo e o ICCE para medir as condições econômicas atuais e
a intensidade da atividade econômica mensalmente. Os dois fazem parte dos
Indicadores de Ciclo da Economia Brasileira realizados pelo FGV/IBRE e o TCB.
O IACE permite
uma comparação direta dos ciclos econômicos do Brasil com a China, os Estados
Unidos, a Zona do Euro, a Austrália, a França, a Alemanha, o Japão, o México, a
Coreia, a Espanha e o Reino Unido, já cobertos pelo TCB.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi