O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, após o término da reunião
da Comissão Processante do Impeachment, recebeu o primeiro recurso contra uma decisão da comissão,
apresentado pelo senador Aluysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) contra o
número de testemunhas que serão ouvidas na próxima fase do processo de
afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Mais cedo, a comissão
estabeleceu que serão ouvidas oito testemunhas para cada fato apontado
contra a presidente afastada, tanto para a acusação quanto para a
defesa. Isso significa um total de 48 testemunhas para cada lado, se
cada decreto de suplementação orçamentária que motivou o pedido de
impeachment for considerado separadamente.
O recurso do senador paulista pede que os seis decretos sejam
considerados como um único fato, a ser somado às chamadas pedaladas
fiscais, que deverá ser considerado outro fato, reduzindo-se, desta
forma, o número de testemunhas a serem ouvidas pela comissão.
“O
recurso é dirigido ao presidente da comissão, que vai juntar as notas
taquigráficas e encaminhar oficialmente ao presidente do Supremo, que é a
instância recursal. Eu examinarei e decidirei oportunamente. Por
enquanto, esse é o único recurso que temos”, disse Lewandowski.
O presidente do STF é também o presidente do processo de Impeachment
e a última instância de recurso quando houver inconformismo com as
decisões e procedimentos adotados pelo presidente da Comissão
Processante, Raimundo Lira (PMDB-PB).
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