A prisão do ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo na manhã de hoje (23) atingiu o
núcleo de defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff na Comissão Processante
do Impeachment do Senado.
Em fase de
oitiva de testemunhas de defesa, a comissão abriu a sessão desta quinta-feira
sem a presença da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), esposa de Paulo Bernardo e
integrante da linha de frente da defesa de Dilma na comissão, ao lado de
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lindbergh Farias (PT-RJ).
“Hoje a
senadora não vem, ela está em casa com os filhos”, confirmou Lindbergh. “Mas
com certeza estará aqui amanhã, estará aqui na próxima semana e vai continuar
participando da comissão da mesma forma”, acrescentou ele.
O senador
petista questionou sobre possíveis motivações políticas no fato de a operação
ter sido deflagrada no momento atual, em que o Senado julga o impeachment de
Dilma, mas buscou negar que isso vá afetar a defesa da presidenta afastada. “Se
acham que nós vamos mudar nossa posição aqui na Comissão do Impeachment estão
enganados.”
Para o senador
José Medeiros (PSD-MT), que integra o bloco que faz oposição a Dilma na
comissão, a prisão de Paulo Bernardo terá grande influência no julgamento da
presidenta afastada.
“Tenho em
mente que isso encurta essa caminhada do impeachment. Vejo que isso tem um
impacto direto nessas discussões”, disse Medeiros sobre a prisão de Bernardo.
“Um fato dessa magnitude, ele impacta aqui no juízo de valor, no livre
convencimento dos senadores que estão na comissão”
Nesta manhã,
os senadores questionaram o subsecretário de Planejamento, Orçamento e
Administração do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Anderson Lozi da
Rocha, uma das testemunhas de defesa de Dilma. Neste momento, a ex-secretária
de Orçamento Federal, Esther Dweck, presta seu testemunho aos parlamentares.
Operação Custo
Brasil
A Operação
Custo Brasil é um desdobramento da Operação Lava Jato e investiga um
esquema de pagamento de propina de mais de R$ 100 milhões para diversos
funcionários públicos e agentes políticos do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, entre os anos de 2010 e 2015. O ex-ministro Paulo Bernardo
foi preso em Brasília e será levado para São Paulo.
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