sexta-feira, 24 de junho de 2016

Após prisão do marido, Gleisi Hoffmann não comparece à Comissão do Impeachment




A prisão do ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo na manhã de hoje (23) atingiu o núcleo de defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff na Comissão Processante do Impeachment do Senado.

Em fase de oitiva de testemunhas de defesa, a comissão abriu a sessão desta quinta-feira sem a presença da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), esposa de Paulo Bernardo e integrante da linha de frente da defesa de Dilma na comissão, ao lado de Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lindbergh Farias (PT-RJ).

“Hoje a senadora não vem, ela está em casa com os filhos”, confirmou Lindbergh. “Mas com certeza estará aqui amanhã, estará aqui na próxima semana e vai continuar participando da comissão da mesma forma”, acrescentou ele.

O senador petista questionou sobre possíveis motivações políticas no fato de a operação ter sido deflagrada no momento atual, em que o Senado julga o impeachment de Dilma, mas buscou negar que isso vá afetar a defesa da presidenta afastada. “Se acham que nós vamos mudar nossa posição aqui na Comissão do Impeachment estão enganados.”

Para o senador José Medeiros (PSD-MT), que integra o bloco que faz oposição a Dilma na comissão, a prisão de Paulo Bernardo terá grande influência no julgamento da presidenta afastada.

“Tenho em mente que isso encurta essa caminhada do impeachment. Vejo que isso tem um impacto direto nessas discussões”, disse Medeiros sobre a prisão de Bernardo. “Um fato dessa magnitude, ele impacta aqui no juízo de valor, no livre convencimento dos senadores que estão na comissão”

Nesta manhã, os senadores questionaram o subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Anderson Lozi da Rocha, uma das testemunhas de defesa de Dilma. Neste momento, a ex-secretária de Orçamento Federal, Esther Dweck, presta seu testemunho aos parlamentares.

Operação Custo Brasil
A Operação Custo Brasil é um desdobramento da Operação Lava Jato e investiga um esquema de pagamento de propina de mais de R$ 100 milhões para diversos funcionários públicos e agentes políticos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, entre os anos de 2010 e 2015. O ex-ministro Paulo Bernardo foi preso em Brasília e será levado para São Paulo.

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Dag Vulpi

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