Não será tão simples as garras da justiça alcançarem um político desse naipe. Apesar de toda a corrupção cometida, não por acaso ele caiu nas graças da maioria da sociedade de um pais como o Brasil. O Cunha é um político astuto e que soube driblar uma situação que tinha tudo, ao menos num país sério, para leva-lo para detrás das grades. Fosse outro, à essas alturas dos acontecimento já estaria preso faz tempo, porém, como coube a ele fazer a tal "justiça" que a maioria do povo brasileiro tanta aguarda, ele não somente satisfez o anseio daqueles, como de quebra, tornou-se o reflexo da justiça praticada por essas bandas tupiniquins. Certamente ele não somente sairá ileso, como ainda entrará para a história de nossa política como sendo o político que livrou o país de uma presidente que pedalou.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse
hoje (3) que a ação que pede seu afastamento do comando da Casa é
“inócua”. Cunha se manifestou a respeito de uma ação protocolada na
Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo partido Rede nesta
terça-feira.
O partido reforça o pedido de afastamento de Cunha
que aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e argumenta que o
deputado não deve permanecer à frente da Câmara por responder a
processo, com base no que diz a Constituição sobre o impedimento para o
cargo de presidente da República.
Cunha rebateu o questionamento com o argumento de que o tema já foi
apreciado pelo STF no voto do ministro Teori Zavascki que culminou na
abertura de inquérito contra ele. “Isso é matéria decidida por
unanimidade no plenário do Supremo. Então, vão querer rediscutir essa
mesma tese”, disse Cunha, que defende a suspensão do processo enquanto
estiver no exercício da presidência da Câmara.
Na ocasião, a
Corte decidiu que não se aplicava ao caso de Cunha a tese de afastamento
de suas funções com base no Artigo 86 da Constituição, por tratar
expressamente do Chefe do Poder Executivo da União, “não autorizando,
por sua natureza restritiva, qualquer interpretação que amplie sua
incidência a outras autoridades, notadamente do Poder Legislativo”.
Assumir presidência
Durante
coletiva, ao ser questionado se tinha condições de assumir a
presidência da República, em um eventual governo do vice-presidente
Michel Temer, Cunha disse que não ia comentar por se tratar de uma
“hipótese”. “Eu não vou comentar hipótese, eu não sou sucessor do
presidente da República, eu sempre estive na linha como substituto
eventual como está o presidente [do Senado] Renan [Calheiros] e o
[presidente do STF, Ricardo] Lewandovski”.
A respeito da decisão
do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de pedir a abertura de
mais um inquérito, Cunha ironizou. “Eu acho que a cada dia que passa,
desde que houve a votação do processo do impeachment, houve uma
aceleração e daqui a pouco até por multa de trânsito haverá uma abertura
de processo contra mim”, disse.
Aumento de gastos
O
presidente da Câmara disse que não colocará em votação projetos que
representem aumentos de gastos até que o Senado decida sobre o
afastamento da presidenta Dilma Rousseff. Segundo Cunha, apesar de ter a
urgência aprovada, o projeto que reajusta os vencimentos dos servidores
do Judiciário deve esperar pela definição dos senadores. “A urgência já
foi votada, mas o mérito vai ter que aguardar”, disse.
Cunha
disse ainda que dará “ajuda total” a Temer, caso ele assuma a
presidência. Segundo ele, Temer terá maior apoio no Congresso para
aprovar temas considerados essenciais. “Eu não tenho dúvida nenhuma que a
governabilidade dele [Temer] será muito mais facilitada por esse
processo de ajuntamento dos partidos, dos grupos políticos que o estão
apoiando. Então acredito que facilitará muito a tramitação das matérias
no Congresso Nacional”, disse Cunha ao comentar a afirmação do senador
Aécio Neves (MG) de que o PSDB dará apoio total a Temer.
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