O Supremo Tribunal Federal (STF) julga hoje (27) o mérito das
liminares concedidas a alguns estados e que tratam da questão das
dívidas com a União. Na pauta da sessão está previsto o julgamento dos
mandados de segurança de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas
Gerais. As três ações são têm como relator o ministro Edson Fachin.
Santa
Cataria foi a primeira unidade da Federação a conseguir a decisão
liminar. No início de abril, o STF concedeu a liminar para que o estado
não sofresse sanções legais por parte da União ao realizar o pagamento
da dívida de forma linear e não capitalizada, ou seja, fazendo uso de
juros simples e não compostos. A liminar é provisória e vale até a
decisão final do plenário do STF. Na ação, o estado questiona a maneira
como os juros são cobrados pela União.
Depois de Santa Catarina, o Rio Grande do Sul também conseguiu uma
liminar. Dessa vez, a decisão foi do relator, o ministro Edson Fachin.
Assim como no caso de Santa Catarina, a decisão também impede que
sanções sejam aplicadas ao estado por pagar a dívida repactuada com a
União fazendo uso de juros simples. Logo depois, foi a vez de Minas
Gerais, que também teve a liminar concedida pelo ministro Fachin.
Após
a decisão, diversos outros mandados de segurança deram entrada no STF
questionando os juros da dívida. Outros estados procuraram a Corte e
obtiveram liminares: Sergipe, Alagoas, Goiás, Rio de Janeiro, Pará, Mato
Grosso do Sul e São Paulo. Bahia, Distrito Federal e Amapá e município
de Bauru entraram com ações mas aguardam decisão.
Impactos
Em
reuniões com os ministros do STF, o ministro da Fazenda, Nelson
Barbosa, apresentou uma estimativa feita pela assessoria econômica do
Senado Federal com dados de 2013. Os cálculos estimam um impacto de R$
313,3 bilhões nas contas públicas se todos os estados endividados
conseguirem obter na justiça a mudança de cálculo. O ministro defende
que a melhor solução para o tema da dívida dos estados é um projeto de
lei que está em tramitação no Congresso Nacional.
No último dia
19 o ministro do STF, Edson Fachin intermediou uma audiência entre
governadores dos estados endividados e representantes do governo. Na
reunião, ambos os lados apresentaram pontos sobre o tema da dívida.
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