O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) disse hoje (25) que acredita ser possível impedir a aprovação do impeachment
da presidenta Dilma Rousseff no Senado Federal. Silva participou de
plenária organizada pela Frente Brasil Popular para defender a
democracia e traçar estratégias para enfrentar o processo de impeachment de Dilma, que o grupo classifica de golpe.
A comissão especial que vai analisar a denúncia de crime de responsabilidade contra Dilma no Senado foi eleita nesta terça-feira.
Segundo Silva, há uma grande mobilização dos movimentos sociais
brasileiros para resistir à tentativa de “golpe” e a organização ganhou
força depois que a Câmara dos Deputados deu o aval para abertura do
processo contra Dilma, no último dia 17.
O deputado disse que o
próximo domingo, 1º de maio, Dia do Trabalhador, será o auge da
mobilização da Frente Brasil Popular, mas que outras ações também estão
previstas. “Haverá paralisações nas universidades, paralisações de
várias categorias profissionais e mesmo obstrução de algumas vias para
chamar atenção da população dos riscos que vive a democracia e sobretudo
dos riscos que temos de perder direitos”, disse Silva durante o evento,
que ocorreu no Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo,
Osasco e Região, no centro da capital paulista.
O presidente da
CUT-SP e coordenador da Frente Brasil Popular, Douglas Izzo, disse que o
ato no 1º de maio será “uma assembleia popular da classe trabalhadora
em defesa da democracia, contra o golpe, em defesa do direito dos
trabalhadores”. Além disso, a frente vai organizar atividades nas
periferias das grandes cidades, nos terminais de ônibus, de trem e de
metrô, para dialogar com a população e mostrar o que está por trás do impeachment.
Em
relação à possibilidade de uma greve geral caso Michel Temer assuma a
Presidência da República, Izzo disse que o tema será debatido na
mobilização no Dia do Trabalhador com as categorias.
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