O presidente
do Congresso Nacional e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje (29)
que, caso o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff seja
aprovado na Câmara, ele definirá junto com o Supremo Tribunal Federal (STF) um
cronograma para a análise do Senado.
“Se esse
processo chegar ao Senado, e eu espero que não chegue, vamos, juntamente com o
Supremo, decidir um calendário. A Constituição prevê que esse julgamento
aconteça em até seis meses”, afirmou.
Renan não compareceu
à reunião do seu partido, o PMDB, na qual foi decidido que a legenda não
apoiará mais o governo. Ele explicou que optou por não ir e comunicou ao
vice-presidente da República e presidente nacional do partido, Michel Temer,
para não contaminar sua atuação como presidente do Congresso com uma decisão
partidária.
“Não compareci
à reunião do PMDB para não partidarizar o papel que exerço como presidente do
Senado Federal. Acho, mais do que nunca, que a instituição precisa ser
preservada”, destacou o senador.
Renan voltou a
dizer que deve agir com isenção e independência na condução do processo de impeachment caso
ele chegue ao Senado. Acrescentou que, por isso, já tinha optado por não
participar do governo com a indicação de cargos. Agora, segundo ele, o partido
faz bem em também entregar os cargos que tem.
Para o
presidente do Congresso, o momento é de agir com “calma e bom senso” para dar
as respostas que o país cobra.
“O momento
político é conturbado. É preciso muita calma e bom senso para que possamos dar
a resposta que o país quer que o Legislativo dê. Acho que temos muita
responsabilidade. É preciso encadear fatos políticos positivos. Há uma cobrança
muito grande da sociedade e precisamos reverter a expectativa com relação a
economia”, concluiu Renan Calheiros.
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