Integrantes da
Frente Brasil Popular (movimentos sindicais e sociais) fizeram hoje (11) um ato
na Praça da Sé, região central da capital paulista, em protesto ao pedido de
prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apresentado esta
semana pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A mobilização, que teve
como mote Não vai ter Golpe e Lula eu defendo, Lula eu confio, começou por
volta de 11h da manhã e terminou às 13h.
O presidente
da CUT-SP, Douglas Izzo, esclareceu que o ato foi uma vigília para que os movimentos
sindicais e sociais expressassem sua indignação ao que consideram abusos do
MP-SP. Para Izzo, a denúncia contra o ex-presidente não tem fundamentos.
“Quisemos dar uma resposta para aqueles que utilizam o MP-SP e a Operação Lava
Jato para desconstruir a imagem do presidente Lula e seu legado. Ele construiu
as políticas mais consistentes para as populações trabalhadora e mais pobre”.
Segundo ele, a
militância continua mobilizada para os atos nacionais marcados para os dias 18
e 31 de março. Não há previsão de nenhuma manifestação no domingo (13), quando
um grupo contrário ao governo fará uma manifestação na Avenida Paulista. “Nossa
única manifestação será um café solidário em frente ao prédio do ex-presidente,
já que a garrafa térmica e o pão com manteiga são uma tradição nossa nas
assembleias”.
Justiça
A Polícia
Militar não divulgou o número de pessoas que participaram do ato. De acordo com
a organização, foram 1,5 mil participantes.
O Ministério
Público de São Paulo pediu a prisão preventiva de Lula e de outras seis
pessoas. Os promotores Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique
Moraes de Araújo apresentaram no dia 9 denúncia contra Lula. Eles alegaram que
o ex-presidente cometeu crimes de lavagem de dinheiro – na modalidade ocultação
de patrimônio – e falsidade ideológica sobre o apartamento triplex, no Guarujá
(SP). Os promotores detalharam ontem (10) a denúncia.
Os promotores
pedem a prisão preventiva também de: José Adelmário Pinheiro, Leó
Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS; Fábio Hori Yonamine e Roberto
Moreira Ferreira, executivos da OAS; ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto,
preso na Operação Lava Jato; Ana Maria Érnica, ex-diretora da Bancoop; e Vagner
de Castro, ex-presidente da Bancoop.
A Justiça não
tem prazo para decidir se aceita ou não o pedido e a denúncia apresentados
ontem.
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