O juiz federal
Sérgio Moro disse hoje (22) que é preciso prevenir que dinheiro de origem
criminosa contamine as eleições municipais de outubro. A manifestação do juiz
está na decisão na qual ele decretou as prisões da 23ª fase da Operação Lava
Jato, deflagrada hoje (22). Por decisão do juiz, foram emitidos oito mandados
de prisão decretados, entre eles o do publicitário João Santana e de sua
mulher, Mônica Moura.
Para
justificar as prisões preventivas dos investigados, Moro disse que as medidas
são necessárias, devido à longa duração do cometimento dos crimes de corrupção.
“Seria também
ela [prisão] necessária para interromper a prática delitiva, o que parece ser
imperativo diante da aparente habitualidade dos investigados em aceitar
pagamentos sub-reptícios de serviços, máxime considerando que 2016 é ano
eleitoral no Brasil, e é preciso prevenir que dinheiro de possível origem
criminosa contamine as eleições vindouras”. Argumentou o juiz.
No despacho, o
magistrado também disse que as investigações da Lava Jato revelam o “grau de
deterioração da coisa pública”. Para o juiz, a parte da investigação que mostra
supostos pagamentos para parlamentares, com recursos desviados da Petrobras,
compromete “qualidade de nossa democracia”.
A defesa do
publicitário João Santana e de sua mulher, Mônica Moura, informaram ao juiz
federal Sérgio Moro que eles vão se entregar à Polícia Federal assim que
desembarcarem no Brasil. Santana e a esposa tiveram prisão decretada hoje (22)
na nova etapa da Operação Lava Jato, mas os mandados não foram cumpridos porque
ambos estão na República Dominicana.
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Dag Vulpi