Em nota
divulgada ontem (31), o Instituto Lula diz que adversários do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva tentam criar um escândalo, “a partir de
invencionices” no episódio envolvendo a suposta propriedade de um apartamento
em um condomínio no Guarujá, litoral paulista.
Na semana
passada, o Ministério Público de São Paulo intimou o ex-presidente e a mulher
dele, Marisa Letícia, para prestar depoimento como investigados, no dia 17 de fevereiro, sobre um imóvel
tríplex, no Condomínio Solaris, no Guarujá. A suspeita do Ministério Público
Federal é de que proprietários de apartamentos do condomínio usaram o nome de
terceiros para ocultar patrimônio.
Na ocasião, o
ex-presidente divulgou nota em sua página no facebook, afirmando serem infundadas as suspeitas dos promotores
e levianas as acusações de suposta ocultação de patrimônio.
Mostrando
imagens de documentos relativos ao processo, a nota faz um histórico a respeito
da cota em um empreendimento da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São
Paulo (Bancoop). Segundo o texto, a mulher de Lula, Marisa Letícia, pagou,
entre maio de 205 e dezembro de 2009, as prestações mensais e intermediárias do
carnê da Bancoop. "Como fez para cada associado, a Bancoop reservou
previamente uma unidade no futuro edifício - no caso, o apartamento 141,
uma unidade-padrão, com três dormitórios (um com banheiro) e área privativa de
82,5 metros quadrados.
Ao fim desse
período, de acordo com o texto, a Bancoop passava por crise financeira e estava
transferindo vários de seus projetos a empresas incorporadoras, entre elas a
OAS. A família, mesmo não tendo aderido ao novo contrato com a
"incorporadora OAS, manteve o direito de solicitar a qualquer tempo o
resgate da cota de participação na Bancoop e no empreendimento" e como não
houve adesão ao novo contrato, a unidade foi vendida para outra pessoa.
Na nota, o
instituto diz que o ex-presidente, na condição de cônjuge em comunhão de bens,
declarou ao Imposto de Renda “regularmente a cota-parte do empreendimento
adquirida por sua esposa” e que a informação consta da declaração de bens de
Lula como candidato à reeleição, registrada no Tribunal Superior Eleitoral em
2006.
Segundo o
texto, um ano depois de concluída a obra do Edifício Solaris, o ex-presidente
Lula e Marisa Letícia visitaram, junto com o então presidente da OAS, Léo
Pinheiro, o apartamento triplex que estava disponível para venda e que foi a
única vez em que Lula esteve no local. “Marisa Letícia e seu filho Fábio Luís
Lula da Silva voltaram ao apartamento, quando ele estava em obras. Em nenhum
momento, Lula ou seus familiares utilizaram o apartamento para qualquer
finalidade”.
O texto
acrescenta que a família desistiu da compra, "mesmo tendo sido realizadas
reformas e modificações no imóvel (que naturalmente seriam incorporadas ao valor
final da compra) e que as "notícias infundadas, boatos e ilações romperam
a privacidade necessária ao uso familiar do apartamento".
O instituto
conclui afirmando que fracassaram todas as tentativas de envolver o nome do
ex-presidente no processo da Lava Jato, “apesar das expectativas criadas pela
imprensa, pela oposição e por alguns agentes públicos partidarizados, ao longo
dos últimos dois anos”, que também fracassarão as tentativas de envolver o
ex-presidente na suposta venda de medidas provisórias e que a denúncia “restará
sepultada nos autos e perante a história”.
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