A presidenta Dilma
Rousseff disse aos senadores e deputados que pretende discutir com o Congresso
Nacional a criação de um "limite global" para o crescimento do gasto
público e que será necessário adotar "uma margem de flutuação do resultado
fiscal para acomodar sua volatilidade". Dilma compareceu nesta terça-feira
ao Congresso para a abertura dos trabalhos legislativos de 2016 e defendeu
também a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira
(CPMF) para aumentar a arrecadação.
Segundo a
presidenta, no primeiro semestre deste ano, o governo pretende enviar propostas
de reforma para análise dos parlamentares, dentre elas a reforma da
Previdência. Ao ler a mensagem com as prioridades do Executivo para este ano
legislativo, ela informou que vai encaminhar uma proposta "exequível e
justa para o brasileiro". Dilma disse que pretende adotar medidas para
construir uma agenda que permitirá ao país passar do "ajuste fiscal para a
reforma fiscal". Com a leitura do texto, a presidenta indica que o governo
vai defender a adoção de uma meta variável para o superávit fiscal, e que
estuda a adoção de medidas para reduzir o gasto público.
Ao explicar os
motivos da necessidade desse tipo de reforma, ela ressaltou que a Previdência
precisa novamente ter sustentabilidade, "em um contexto de envelhecimento
da população". De acordo com a presidenta, o intuito é enviar uma proposta
que "aprimore a aposentadoria por idade e tempo de contribuição".
De acordo com
Dilma, a proposta não visa a "tirar direitos dos trabalhadores", e
haverá um ajuste gradual conforme a expectativa de vida da população. "A
proposta terá como premissas o respeito aos direitos adquiridos, envolvendo
adequado período de transição", afirmou.
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