O presidente
da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recorreu hoje (1º) ao Supremo
Tribunal Federal (STF) para modificar o julgamento no qual a Corte decidiu
invalidar, em dezembro do ano passado, a eleição da chapa avulsa para formação
da comissão especial da Câmara dos Deputados que conduzirá o processo de impeachment da
presidenta Dilma Rousseff.
No recurso,
Cunha voltou a defender votação aberta para eleição da comissão e a
obrigatoriedade do Senado para dar prosseguimento ao processo de impeachment de
Dilma. Segundo o presidente, ao aceitar recurso do PCdoB, que questionou a
validade do rito do impeachment, o STF interferiu no funcionamento interno da
Casa e restringiu direitos dos parlamentares.
"Os fatos
e a história não podem ser manipulados e propositadamente direcionados para
conclusões errôneas, precipitadas e graves. Talvez não se tenha notado ainda a
relevância dessa decisão não só quanto ao processo de impeachment em
si, mas ao futuro institucional da Câmara dos Deputados e do próprio Poder
Legislativo”, disse o presidente da Câmara.
Cunha entrou
com recurso antes da publicação do acórdão, o texto final da decisão. No final
do ano passado, o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, disse a Cunha que
não há margem para dúvidas sobre a decisão da Corte que anulou a formação da
comissão especial do processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff.
Durante a
audiência, o presidente do STF lembrou a Cunha que não há entendimento entre os
demais ministros sobre a aceitação de recurso contra uma decisão antes da
publicação do acórdão. Para Lewandowski, membros da Corte entendem que a
antecipação dos embargos é "exercício de futurologia".
Em dezembro do
ano passado, por 6 votos a 5, a Corte entendeu que a comissão deve ser formada
por representantes indicados pelos líderes dos partidos, escolhidos por meio de
chapa única, e não por meio de chapa avulsa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi