O novo
secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Luiz Antônio de Souza Teixeira
Júnior, considerou muito grave e alarmante o número de casos de microcefalia no
estado. Para ele, é preciso prestar mais esclarecimentos às grávidas sobre os
riscos que elas correm com a exposição ao mosquito Aedes aegypti,
transmissor da dengue, da chikungunya e do vírus Zika, esse último associado à
microcefalia.
“A gente precisa
mudar o nosso foco, para que a gestante tome as medidas e para que não venha a
contrair o vírus Zica”, disse.
Teixeira pediu
que a população faça a sua parte no combate ao mosquito evitando deixar água em
locais onde o inseto possa se reproduzir. “Que ajude dentro da sua casa, da
casa do seu vizinho e no seu deslocamento. Esse trabalho com o mosquito é um
trabalho comunitário”.
Na avaliação
do novo secretário, os casos já registrados de microcefalia vão provocar
reflexos futuros. “Eu vou brigar todos os dias para que o Rio de Janeiro tenha
um menor número de casos de gestantes com Zika, porque isso vai gerar uma
sequela de muitos anos para o nosso estado”, disse.
Balanço
De 1º de
janeiro a 29 de dezembro de 2015, houve 115 casos de microcefalia no estado do
Rio de Janeiro, ante dez registros em 2014, segundo dados da Superintendência
de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde, divulgados no
último dia 30.
Quanto à
dengue, Teixeira espera que o estado não enfrente uma epidemia da doença, mas
acrescentou que, se isso ocorrer, o governo fluminense tem um plano de
contingência. “Se a gente enfrentar uma epidemia, estamos com hospital de
campanha, com as nossas estruturas, contamos com cada prefeitura. O governo do
estado vai usar toda a sua força para não deixar isso levar ao aumento no
número de mortes por dengue”, acrescentou.
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