O governo
federal conseguiu reduzir a conta de restos a pagar no encerramento de 2015 em
R$ 41,7 bilhões. Os restos a pagar são despesas empenhadas, mas não pagas até o
dia 31 de dezembro. De acordo com o Tesouro Nacional, no encerramento do
exercício, o estoque ficou em R$ 186,3 bilhões de restos a pagar (RAP), o que
representa uma redução 18,3% em relação ao observado ao final de 2014 (R$ 228
bilhões).
Segundo o
Tesouro Nacional, o resultado, que reflete o esforço do governo federal para
redução dessa rubrica, altera a trajetória crescente verificada desde 2007.
O Tesouro
informou também que, em relação ao total do Orçamento do ano, a proporção de
RAP está em trajetória declinante desde o final de 2013. Além disso, a queda no
estoque pode ser atribuída a esforços feitos em 2015 em três aspectos: aumento
do cancelamento dos RAP, aumento dos pagamentos de RAP e redução das novas inscrições
em RAP, devido à melhora na gestão das despesas empenhadas.
“Enquanto o
pagamento e o cancelamento controlam o estoque prévio de restos a pagar, o
aperfeiçoamento da administração do empenho de despesas no ano é relevante para
o controle do fluxo, diminuindo inscrições de despesas do exercício em RAP para
o exercício seguinte”, destaca nota do Tesouro.
Causas
Dessa forma,
explica o Tesouro Nacional, a diminuição de R$ 41,7 bilhões no valor nominal
inscrito em 2015/2016 pode ser creditada à redução de R$ 14,5 bilhões em
reinscrição (valores que já eram restos a pagar de exercícios anteriores),
resultado dos esforços de cancelamento e pagamento dos RAP em 2015 (controle do
estoque), e à diminuição da inscrição de despesas empenhadas no ano anterior em
R$ 27,2 bilhões, "fruto do aperfeiçoamento na gestão do empenho destas
despesas".
Bancos
Públicos
De acordo com
o Tesouro, para quitação dos passivos referentes ao acórdão com Tribunal de
Contas da União incluindo regularização de passivos do governo com bancos
públicos, foram realizados pagamentos no montante de R$ 72,4 bilhões. Os
pagamentos mais expressivos de RAP estão relacionados a passivos de despesas
registradas nos bancos públicos – Banco de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) e Banco do Brasil –, respectivamente. Foram registrados ainda
cancelamentos no valor total de R$ 8 bilhões, grande parte referente a
adiantamentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o Programa
Minha Casa, Minha Vida.
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