Os estados e
os municípios continuarão a ter de economizar R$ 2,9 bilhões em 2015,
informaram há pouco os ministérios da Fazenda e do Planejamento. Em nota
conjunta, as duas pastas destacaram que apenas a meta do Governo Central –
Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – foi revisada para baixo.
De acordo com
o ofício enviado ao Congresso Nacional, o déficit primário de R$ 51,8
bilhões anunciado mais cedo refere-se somente à meta do Governo Central. Se
forem levados em conta os governos locais, a meta para o setor público
consolidado (União, estados e municípios) fica negativa em R$ 48,9 bilhões.
Esse é o valor do déficit que será levado em conta para avaliar o cumprimento
da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
As alterações
precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional porque o governo terá de
mudar a LDO de 2015, que estabelece as metas e os parâmetros para o Orçamento
deste ano. A equipe econômica esclareceu que as novas metas incorporam a
expectativa de que o governo arrecade R$ 11,05 bilhões com o leilão de
concessões de usinas hidrelétricas previsto para ser feito até o fim do ano.
Conforme
anunciado mais cedo pelo relator do projeto de lei que altera a LDO, deputado
Hugo Leal (PROS-RJ), o governo pretende incluir uma cláusula que permite
aumentar a meta de déficit, caso os leilões das usinas hidrelétricas não sejam
realizados e o Tribunal de Contas da União (TCU) obrigue o governo a reconhecer
os atrasos nos repasses a bancos públicos em 2015. Isso eliminaria a
necessidade de alterar a meta novamente.
Originalmente,
a meta de esforço fiscal para União, estados, municípios e estatais para 2015
correspondia a R$ 66,3 bilhões (1,1% do PIB). Desse total, R$ 55,3 bilhões
correspondiam ao Governo Central e R$ 10 bilhões para os governos locais.
Em julho, o governo
tinha reduzido a meta de superávit primário para R$ 8,747 bilhões (0,15%
do Produto Interno Bruto, PIB, dos quais R$ 5,8 bilhões (0,1% do PIB)
correspondem à meta do Governo Central; e R$ 2,9 bilhões, a dos estados e
municípios (0,05% do PIB). Como o projeto que alterava a LDO ainda não foi
votado pelo Congresso, o governo encaminhou uma emenda ao texto que tramita na
Câmara.
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