O aumento da
liberação de crédito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) amenizou o impacto da crise econômica iniciada em 2008, disse hoje (27)
o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.
Em depoimento
à CPI do BNDES na Câmara, ele declarou que os repasses de títulos públicos ao
banco de fomento a partir de 2009 ajudaram a segurar os investimentos das
empresas nos últimos anos.
“Em um bom
conjunto de anos, nós tivemos um resultado bastante favorável. O PIB [Produto
Interno Bruto, soma de tudo o que é produzido] seria menor se não houvesse esse
programa”, afirmou Mantega.
O saldo de
empréstimos saltou de R$ 43,2 bilhões, no fim de 2008, para mais de R$ 450
bilhões no fim de 2014, impulsionado principalmente pelo Programa de
Sustentação do Investimento (PSI), que financia a compra de máquinas e
equipamentos, investimentos em inovação e exportações.
O ex-ministro
ressaltou que o saldo do PSI é positivo, mesmo com a elevação de custos para o
Tesouro, que transferiu ao banco R$ 455 bilhões em títulos públicos de 2009 a
2014 a uma taxa de juros menor do que a que paga no mercado para captá-los.
Segundo
Mantega, que também presidiu o BNDES entre 2004 e 2006, o aumento do custo foi
compensado pelo crescimento da economia.
“Não acho que
foi um volume excessivo de recursos. Foi de bom tamanho”, declarou. Mantega
acrescentou que, à medida que cair a taxa Selic (juros básicos da economia que
equivalem ao custo do Tesouro Nacional), o impacto fiscal das transferências
para o BNDES também vai diminuir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi