Até o fim do
ano, a população terá à disposição uma média das previsões do mercado para
indicadores fiscais. O Ministério da Fazenda pretende divulgar, a partir de
dezembro, uma pesquisa mensal com estimativas de instituições financeiras para
cinco variáveis: arrecadação da Receita Federal, receita líquida, despesa e
resultado primário do Governo Central (divulgados pelo Tesouro Nacional) e
dívida bruta do Governo Geral (divulgado mensalmente pelo Banco Central).
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Realizado pela
Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, o levantamento
se chamará Prisma Fiscal e funcionará nos moldes do Boletim Focus, pesquisa do
Banco Central (BC) com instituições financeiras. A diferença é que a divulgação
ocorrerá apenas uma vez por mês, em vez de semanal como é o relatório do BC.
As
instituições financeiras repassarão à SPE as projeções mensais de cada uma das
variáveis para os próximos 12 meses e as projeções anuais para os próximos três
anos. Apenas no caso da dívida bruta, as instituições repassarão apenas as
estimativas anuais. Os dados precisarão ser enviados até o quinto dia útil de
cada mês. A SPE consolidará os números e divulgará a média das previsões para
cada variável no fim do mês seguinte.
A partir de
junho de 2016, as três instituições que mais acertarem nas previsões terão o
nome divulgado num ranking por variável. O sistema é semelhante ao do Boletim
Focus, em que as cinco instituições com as estimativas mais precisas também têm
o nome divulgado. Além de instituições de mercado, universidades e institutos
de pesquisa poderão participar do Prisma Fiscal.
Desde janeiro,
o Ministério da Fazenda trabalha na elaboração do levantamento. O secretário
adjunto da SPE, Rogério Boueri, informou que a divulgação periódica da pesquisa
trará três efeitos positivos para as contas públicas: melhoria da comunicação
entre o governo e o mercado, aumento da transparência e acompanhamento das
variáveis fiscais pela sociedade.
“Existem
previsões não divulgadas oficialmente pelo Ministério da Fazenda e que hoje
circulam como opiniões individuais [sobre as contas fiscais]. A sistematização
desses dados representa sim, uma forma de transparência”, explica Boueri. Ele
acrescenta que, com o tempo, a população poderá monitorar se as estimativas da
SPE estão em linha com as do mercado.
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