A Organização
Mundial de Comércio (OMC) aceitou hoje (28) pedido do Japão para abertura de
painel para examinar medidas tributárias brasileiras. Os japoneses questionam
benefícios fiscais no setor automotivo e na indústria de tecnologia e
eletroeletrônica, além de contestar vantagens para exportadores.
No setor
automotivo, por exemplo, o Programa de Incentivo e Adensamento da Cadeia
Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto) diminui o Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) no caso de carros produzidos com certo número
de componentes nacionais. Em 2014, a União Europeia já havia apresentado queixa
à OMC, alegando discriminação aos produtos importados.
O Ministério
das Relações Exteriores manifestou-se por meio de nota sobre o assunto,
afirmando que todas as medidas brasileiras “encontram pleno respaldo nos textos
internacionais e nas normativas da própria OMC”. A nota diz ainda que os
programas brasileiros de incentivo são importantes para o desenvolvimento
econômico e tecnológico do país.
“As exigências
brasileiras não discriminam em relação à origem dos insumos, nem dos bens
finais. Trata-se de medidas de fomento à tecnologia, proteção ao meio ambiente
e à qualificação de mão de obra e da capacidade produtiva nacional em
indústrias estratégicas”, afirma o Itamaraty. Segundo a nota, as exigências da
lei buscam garantir etapas produtivas no Brasil e investimento local em
pesquisa. “Insumos importados e domésticos podem ser usados indistintamente”,
acrescenta o ministério.
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