segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Meritocracia




Meritocracia  é um sistema que considera o mérito dos envolvidos para que possam alcançar posições de maior destaque.

O termo Meritocracia surgiu em 1958 e foi cunhado por Michael Young, que publicou um livro intitulado Levantar da Meritocracia. A obra de Young apresentava um conteúdo negativo para o termo através de uma narração que retrata uma sociedade na qual as posições sociais são definidas pelo QI e pelo nível de esforço de seus indivíduos. Diferentemente do sentido positivo que a palavra mérito ganhou por seus defensores, no livro ela é usada de forma pejorativa. Michael Young acabou levantando uma questão é muito comum nos dias atuais, o debate que divide os defensores e os opositores da Meritocracia. Muito embora Young tenha fixado o termo e o solidificado na cultura popular, algo parecido com um sistema meritocrático já havia sido utilizado na Antiguidade e também por Napoleão Bonaparte.

A Meritocracia define as posições hierárquicas com base no merecimento, pelo menos em tese. Seus opositores argumentam que essa é uma ideia arbitrária em função da ausência de uma medida específica dos valores habilidade, inteligência e esforço. De toda forma, ela é adotada e está muito associada ao Estado burocrático, que faz uso do sistema para construir seu quadro de funcionários. No entanto, a Meritocracia não se expressa de modo puro e total em lugar nenhum, pois ela é misturada com outros métodos para escolha de suas autoridades.

Os defensores da Meritocracia argumentam que ela proporciona maior justiça do que outros sistemas hierárquicos existentes, já que as distinções não são feitas por gênero, por riqueza ou qualquer outro fator biológico e cultural. Ela decorre do merecimento. E por isso alguns defensores dizem que ela estimula a competição, o aumento da produtividade e a eficiência. O termo Meritocracia tem sido usado recentemente justamente para descrever uma sociedade na qual a riqueza, a renda e a classe social são resultados da competição, considerando que os vencedores são merecedores de suas posições. Logo, não é muito difícil de perceber o motivo da crítica de seus opositores, que consideram a Meritocracia a causa da formação de sociedades agressivamente competitivas e com grandes diferenças de riqueza e pobreza, logo, distantes do ideal de sociedades igualitárias. Os defensores enfatizam que elementos como talento, educação e competência substituem diferenças de classe, etnia e gênero. Ou seja, uma das maiores dificuldades do sistema meritocrático é definir o que cada pessoa entende por mérito. Por fim, se um sistema se intitula meritocrático e não o é na prática, ele certamente será utilizado para mascarar privilégios.

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Dag Vulpi

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