Previsão de crescimento da economia caiu de 0,97% para 0,9%.
Estimativa de inflação para este ano recuou de 6,44% para 6,41%.
A economia
brasileira deverá crescer menos em 2014 e a inflação tende a registrar uma alta
menor do que o estimado anteriormente. Essas são as previsões dos economistas
do mercado financeiro, captadas na semana passada por meio de pesquisa feita
pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras.
Segundo o relatório
de mercado, divulgado nesta segunda-feira (28) pelo BC, a previsão dos
economistas dos bancos para a alta para o PIB neste ano caiu de 0,97% para
0,9%. Foi a nona queda seguida. Para 2015, a previsão do mercado de alta do PIB
ficou estável em 1,5%.
O PIB é a soma de
todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da
nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia.
Para conter a
inflação, o BC subiu os juros entre abril do ano passado e maio deste ano,
influenciando também o ritmo de atividade. Com taxas maiores, há redução do
crédito e do dinheiro em circulação, assim como do número de pessoas e empresas
dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços caiam ou parem de
subir.
No fim de maio, o
IBGE informou que a economia do país registrou expansão de 0,2% nos três
primeiros meses de 2014, em relação ao quarto trimestre de 2013, com destaque
para o bom desempenho da agropecuária.
A expansão do PIB
do país previsto para 2014 pelo mercado financeiro, de 0,90%, continua abaixo
do estimado no orçamento federal, de 1,8%, e também menor que a previsão
divulgada pelo Banco Central no fim de junho, de alta de 1,6%.
Menos
inflação
O mercado
financeiro também previu menos inflação para este ano. Os economistas dos
bancos reduziram de 6,44% para 6,41% sua previsão de 2014 para o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial
do país e calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Foi a segunda queda seguida do indicador.
Com isso, o valor
se distanciou um pouco mais do teto de 6,5% do sistema de metas de inflação
para o ano. A previsão chegou a ultrapassar o teto em abril, mas depois recuou.
Para 2015, a expectativa dos economistas dos bancos para o IPCA, porém, subiu
de 6,12% para 6,21% – na segunda elevação consecutiva.
Pelo sistema que
vigora atualmente no Brasil, a meta central tanto para 2014 quanto para 2015 é
de 4,5%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais
para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem
que a meta seja formalmente descumprida.
Taxa de
juros
A previsão do
mercado financeiro para a taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira,
por sua vez, foi mantida em 11% ao ano até o fechamento de 2014. Na semana
retrasada, o BC manteve a taxa estável neste patamar pelo segundo encontro
seguido do Comitê de Política Monetária (Copom). Para o fim de 2015, a previsão
dos analistas para o juro básico da economia permaneceu em 12% ao ano.
Câmbio,
balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do
relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim
de 2014 ficou estável em R$ 2,35 por dólar. Para o término de 2015, a previsão
dos analistas para a taxa de câmbio permaneceu em R$ 2,50 por dólar.
A projeção para o
superávit da balança comercial (resultado do total de exportações menos as
importações) em 2014 permaneceu em US$ 2 bilhões na semana passada. Para 2015,
a previsão de superávit comercial recuou de US$ 9,8 bilhões para US$ 9,4
bilhões.
Para este ano, a
projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu
em US$ 60 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte de
investimentos estrangeiros ficou estável em US$ 55 bilhões.
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